Epílogo

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Zayn McCann

Finalmente podia acordar, sabendo que mal descesse as escadas, encontraria a minha mãe no sofá a ver televisão. Embora todos os hematomas que possuia, ela estava novamente comigo e isso era tudo o que podia pedir. Desde que saíra do hospital, há três dias, que não sai de casa. Passei os dias a ajudá-la com tudo o que podia e não podia.

Fazia-lhe companhia, pois sabia que era do que precisava. Caso ficasse sozinha, todas as memórias e dúvidas iriam apoderar-se da sua mente, destruindo-a lentamente.

Ela já conseguia andar por sim, embora custasse e necessitasse de um apoio. Anda então com uma canadiana, permitindo-lhe facilidade. O Harry e o Liam costumavam visitar-me várias vezes, tal como a Samantha, visto que as acusaçoes contra ela, haviam sido retiradas.

Algo, me fazia crer, que o meu pai fizera algo para que isso acontecesse.

Encontrava-se na sala com a minha mãe, a ver um filme qualquer que passava na Fox. Ela parecia entusiasmada com o filme, enquanto eu estava completamente abstraído. Sentia a falta de algo, sentia-me meio vazio sem a sua presença. O facto de me ter ocultado algo que procurava saber, fizera com que me sentisse traído.

Não estava chateado com ela, apenas magoado. Não deixava de responder ás suas mensagens, só não as mandava. Igualmente com as chamadas, não as fazia, mas atendia as que apareciam no meu telemóvel.

Não a via há pouco mais de uma semana. Sentia a falta da Saphyra. Da presença, do toque, da voz e da tranquilidade que me transmitia.

- Fala com ela. - Olhei para a minha mãe. - Não achas que a tua birra já está a durar muito tempo?

Dei de ombros.

Haiva-lhe contado sobre as chamadas que o meu pai e a Emily lhe fizeram, pedindo para que não referisse nada quando estivesse comigo. O que ela escolheu fazer sem hesitar. Ou pelo menos, não se mostrou preocupada com nada. Portanto, deduzo que não hesitou.

- Zayn, eu compreendo perfeitamente que te sintas dessa forma. - Murmurei. - Mas aquela rapariga passou por muitas coisas e nunca desistiu de ti. Vais fazê-lo por causa disto?

Voltei a balançar os ombros, embora reconhecendo que estava certa.

O meu telemóvel tocou, entretanto. Tirei-o do bolso, vendo o seu nome no ecrã. Engoli a seco, virando o ecrã do telemóvel para a minha mãe, vendo-a a sorrir. Acabei por abrir a mensagem.

' Provavelmente sou a última pessoa que queres ver à frente, mas preciso mesmo de te contar uma coisa. Vem ter ao nosso sítio e trás a tua mãe. Por favor. '

- A Saphyra pediu que fossemos ter com ela. - Informei a minha mãe.

- E... O que tencionas fazer?

- Vamos ter com ela. - Suspirei.

' A caminho '

[...]

Durante todo o caminho, a minha mãe perguntava-me onde íamos, pois não conhecia o caminho. Na minha mente, apenas se criavam várias imagens e diálogo possíveis, para quando encarasse a Saphyra, depois de tanto tempo. Não sabia como a encarar ou o que lhe dizer.

Desliguei o motor, saindo do carro, dando-lhe a volta, para ajudar a minha mãe. Ela apoiou-se em mim e eu ajudei-a a caminhar até ás traseiras da casa.

Apercebi-me do quão arranjada a casa se encontrava. No lugar de plantas mortas, encontrava-se um jardim. As cores cinzentas da casa, haviam sido cobertas por um branco limpo, com alguns pormenores em redor das janelas e das portas, essas que também pareciam novas. Franzi as sobrancelhas ao entrar na casa, visto que estava tudo arrumado e decorado.

O que raio, havia aquela rapariga, feito?

Cortinas limpas e claras, móveis... Tapetes. A Saphyra passara a última semana a remodelar a casa, tornando-a confortável e decorada.

Sai pela porta das traseiras com a minha mãe, ficando chocado com o que vi. Uma mesa de doze lugares de madeira escura. As cadeiras ocupadas, sobrando apenas duas. Aos meus olhos, salientaram-se duas figuras familiares. O meu pai e a minha irmã, estavam naquele lugar. Atrás de ambos, a Saphyra com os olhos vermelhos e inchados.

A minha mãe afastou-se um pouco de mim, apressando-se a puxar a Emily para os seus braços. Já eu, abracei o meu pai, ouvindo-o a sussurrar um pedido de desculpas pelo que me fez passar. Quando me separei dele, puxei a minha irmã para os meus braços, abraçando-a com imensa força mesmo.

Logo, ouvi-a a soluçar contra o meu ombro.

- Foi horrível, Zayn. - Ela murmurou. - A única força que tive para aguentar com tudo, foi o pensamento de que estavas a salvo. - Voltou a sussurrar com a voz frágil e chorosa. - Desculpa.

- Não tens que te desculpar. - Murmurei de volta.

Afastei-me dela, limpando-lhe as lágrimas. Olhei de relance para a Saphyra, que tinha as mãos a cobrir os olhos. Ao olhar para o peito dela, percebi que estava a chorar. Fui na sua direção, puxando-a contra mim, abraçando-a. Ela não descobriu os olhos. O choro dela tornou-se mais intenso. Não sabia o que fazer para que ela parasse de chorar, então limitei-me a abraçá-la.

- Pensei que te ia perder. - Ela murmurou entre soluços. - Estes dias...

- Eu amo-te tanto. - Murmurei, beijando o seu ombro.

Ela respirou fundo, afastando-se de mim e passando a camisola pelos olhos e bochechas, pretendendo limpar minimamente as lágrimas. Quando olhou para mim, levei a mão à bochecha dela, trazendo os seus lábios aos meus. Beijei-os levemente, beijando a sua bochecha e voltando a abraça-la.

Como sentia a falta daquela miúda.

Ao fim de uns minutos, estávamos sentados à mesa. O pai e a madrasta da Saphyra também lá estavam, tal como a Kiara. Os meus pais conversavam animadamente entre eles, tal como a Saphyra e a minha irmã. Samantha e Harry também lá estavam. A pequena Suzzie brincavam com o Liam, enquanto eu terminava de colocar a carne na travessa.

Pousei a travessa na mesa, sentando-me ao lado da Saphyra. Entrelacei os meus dedos nos dela, beijando a sua bochecha. Ela repetiu o gesto, esboçando um sorriso enorme.

- Gostei do que fizeste à casa. - Murmurei, enquanto conversas cruzadas se ouviam. - Não me importava de viver aqui.

- A sério?

- Se isso significasse acordar todos os dias ao teu lado, sim a sério. - Ela voltou a sorrir, embora as suas bochechas ganhassem um tom rosado.

- Hum... Talvez?

Sorri-lhe, beijocando os seus lábios. Ela sorriu de volta e ambos tomámos atenção ás conversas aleatórias que estavam a acontecer à nossa volta. Sentia-me em casa, sentia-me completamente feliz com o final desta guerra. Nós vencemos, eles perderam. E não há nada melhor que recomeçar do zero, nada.

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Acho que é um dos primeiros finais, que até me agrada!!

Espero que tenham gostado da história, peço desculpa pelos erros ortográficos ao longo da mesma, pois tenho noção que deixo imensos passar, com a vontade e a pressa de escrever o que me vai na cabeça, mas pronto... É algo que já faz parte das minhas histórias e que tento sempre mudar!

Esta história chegou ás nove mil leituras e eu não podia estar mais agradecida! Deixem comentários com a vossa opinião, sobre o que mais gostaram e desgostaram, essas coisas. E não se esqueçam, acompanhem a Compton [Angel and Devil, edição] e a Double, com o Cameron Dallas!!

Diana xx

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