I - Sister's House

1.1K 36 0
                                    

Sister's house

Durante longos e torturantes quarenta e cinco minutos, não conseguia parar de pensar no lugar onde vivia, na sua aparência e maneira de ser.

Perguntava-me se vivia numa casa pequena, mas agradável e confortável, se continuava com a sua pele clara, cabelos loiros e olhos claros.

Talvez, tivesse pintado o cabelo de preto e feito desenhos pretos ou a cores na pele. Incluindo, furado a pele com diferentes diamantes, em diferentes sítios. Se se vestia completamente de preto e tinha um aspeto horrível, devido a drogas e bebida.

Imaginava qual seria a sua reação. Se ainda se lembrava da sua 'pequena princesa' de cinco anos, que deixara após o seu aniversário.

Lembrava-me da morada que havia escrito no fim da última carta que me havia escrito, há seis anos atrás.

Tinha ela feito os 18 anos, longe da família. Na carta que lhe enviei como resposta, informara-lhe do acidente, desde ai, nenhuma outra carta da sua autoria chegou ao correio.

O que me deixou bastante triste. Eu idolatrava-a.

Ela tinha os seus 14 anos e eu havia feito 8 anos, quando assisti a uma briga entre ela e os meus pais. Desde esse dia, nunca mais a vimos.

Começámos a receber cartas, apesar de conterem apenas o meu nome e serem dirigidas a mim. A última vez que a vi, foi há seis anos, no funeral da nossa mãe.

Escondida atrás de uma árvore, totalmente perdida e vazia.

Sai do táxi perto da rua onde ela morava. Onde esperava que ela ainda morasse.

Arrastei a mala durante uns dois minutos, o tempo que levei a subir a rua e a encontrar a casa onde esperava que morasse. Número 13, número do azar. Boa escolha Alana, boa escolha.

Toquei à campainha, ouvindo um som rouco e baixo.

As pilhas não durariam muito mais que duas semanas. Ouvi um doce 'Já vou', o que me fez supirar e vibrar por dentro. Estava ansiosa, assustada e sem saber o que esperar.

Quando a porta se abriu, revelando uma rapariga alta, com longos cabelos loiros e olhos bastante azulados, sem piercings ou tatuagens visíveis, tudo o que sentia evaporou-se, dando lugar a uma imensa saudade e vontade de a abraçar.

- Conheço-te?

Aquela simples pergunta, foi como uma facada.

Não conseguia responder, estava demasiado chocada com a sua pergunta.

Como é que ela não me reconhecia? Abri a boca para falar, mas nada saiu.

Não sabia o que dizer.

- Estou a brincar Saphyra, não tenhas um ataque.

Suspirei mais aliviada e senti lágrimas nos meus olhos. Não ia chorar, não gostava de chorar.

- Não pensei que te ia assustar tanto! – Ela aproximou-se de mim.

- Apanhaste-me de surpresa.

- Posso dizer o mesmo de ti. O que fazes aqui?

BROOKLYN  ➛  ZAYN MALIK  Onde histórias criam vida. Descubra agora