Vibrava… Vibrava vezes sem conta, impedindo-me de adormecer novamente.
Quem me estaria a ligar a meio da noite? Acendi a pequena luz do candeeiro na mesa de cabeceira, olhando para Emily que dormia profundamente. Sai da cama lentamente, pegando no telemóvel, saindo do quarto em silêncio. Assim que enconstei a porta, atendi a chamada e fui descendo lentamente as escadas, para não acordar o meu pai.
«- Sim? – Saphyra? – A própria, com quem estou a falar? – Já não reconheces a minha voz? »
Zayn McCann.
Como teria arranjado o meu número? E porque raio estava a ligar-me ás seis da manhã?
« - Já viste as horas? – Hum… Apeteceu-me ligar-te. – Apeteceu-te? Como assim apeteceu-te seu idiota? São seis da manhã! – Eu sei. Ouvi dizer que a minha irmã está em tua casa. – Sim.. Ela está cá em casa. Porque perguntas? – Estou fodido, sabes? Sou uma pessoa totalmente fodida. »
Ele parecia bebedo, contudo conseguia falar de forma a que percebesse. O que me assustava, pois ele estava a dizer coisas sem sentido. Por trás da sua voz, conseguia ouvir a batida da música, algumas vozes e gritos histéricos. Gargalhadas e até saltos-alto a bater no chão.
Sentia-me novamente preocupada. Invadira-me o corpo todo, deixando-me totalmente nervosa. E se acontecesse alguma coisa, enquanto ele estivesse no estado em que está?
Se Luke tentasse…
« - Onde estás? – Numa festa…E tu? – Zayn… Vai para casa. – Não posso. O Harry e o Liam estão com miúdas. Obviamente que não vou caminhar a estas horas. – E… - Mas devia, sabes? Podia aparecer alguém e esfaquear-me logo. Ia desta para muito… - Zayn, por favor. Não digas uma coisas dessas. Eu quero ir buscar-te, portanto diz-me onde estás. – É tão óbvio que não vens aqui. Eu estou todo fodido, que diferença faz? – Estou a pedir-te Zayn, diz-me onde estás. – Em Brooklyn… No Sanders. – Vou tentar encontrar-te. »
Como não chegou a responder-me, limitei-me a deixar a chamada ligada, enquanto procurava os fones e os colocava nos ouvidos, caso ele dissesse alguma coisa. Pedi que se mantivesse em chamada comigo e que não saísse da vista de seguranças, para que nada lhe acontece. Obviamente, que começou a resmungar, a dizer que não aceitava ordens.
Decidi nem argumentar contra. Ele não estava bem.
Vesti uma sweatshirt bastante comprida, quase até aos joelhos, cobrindo os calções e o top que usava como pijama. Calcei uns ténis velhos, peguei nas chaves do carro e sai de casa, apressando-me a trancar a porta e a entrar no carro.
Dentro de uma hora, o meu pai acordaria para iniciar o trabalho. Se desse pela falta do carro, estava tramada.
Sujeitava-me a um castigo. Ou até a um interrogatório, que de qualquer forma, resultaria de um castigo.
Dirigi até Brooklyn com alguma velocidade, querendo chegar rapidamente até ele e certificar-me que nada lhe aconteceria entretanto. Queria cuidar dele, ainda mais por estar bebedo e vulnerável. Talvez obtesse respostas dele. Algo que me fizesse perceber o seu comportamento, as suas atitudes, para além das descobertas que fizera nestes últimos dias.
Ele precisava de alguém.
[…]
Uma hora se passara. Há dez minutos que vagueava pelas ruas de Brooklyn, sem sinais do tal ‘Sanders’. A ligação havia terminado há uns minutos, o que me deixava ainda mais inquieta. Nervosa e desejosa de o encontrar.
Comecei a seguir uma multidão de carros e entretanto o meu telemóvel voltou a vibrar.
Era o meu pai que me ligava. Ohmeudeus, ele havia percebido que o carro não estava lá. Desliguei a chamada e mandei-lhe mensagem a dizer que depois lhe explicaria tudo, para não se preocupar que estava bem e em segurança.
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BROOKLYN ➛ ZAYN MALIK
FanficNão conseguia ouvi-lo mais. Estava tão desiludida, tão surpreendida e chocada com o que acabara de ouvir. Ele arruinou as nossas vidas. Ele precisa de ajuda, precisa de se recompor. Ele não está bem psicologicamente e eu estou cansada de aguentar co...