XII - Zayn McCann

426 25 4
                                    

Vibrava… Vibrava vezes sem conta, impedindo-me de adormecer novamente.

Quem me estaria a ligar a meio da noite? Acendi a pequena luz do candeeiro na mesa de cabeceira, olhando para Emily que dormia profundamente. Sai da cama lentamente, pegando no telemóvel, saindo do quarto em silêncio. Assim que enconstei a porta, atendi a chamada e fui descendo lentamente as escadas, para não acordar o meu pai.

«- Sim? – Saphyra? – A própria, com quem estou a falar? – Já não reconheces a minha voz? »

Zayn McCann.

Como teria arranjado o meu número? E porque raio estava a ligar-me ás seis da manhã?

« - Já viste as horas? – Hum… Apeteceu-me ligar-te. – Apeteceu-te? Como assim apeteceu-te seu idiota? São seis da manhã! – Eu sei. Ouvi dizer que a minha irmã está em tua casa. – Sim.. Ela está cá em casa. Porque perguntas? – Estou fodido, sabes? Sou uma pessoa totalmente fodida. »

Ele parecia bebedo, contudo conseguia falar de forma a que percebesse. O que me assustava, pois ele estava a dizer coisas sem sentido. Por trás da sua voz, conseguia ouvir a batida da música, algumas vozes e gritos histéricos. Gargalhadas e até saltos-alto a bater no chão.

Sentia-me novamente preocupada. Invadira-me o corpo todo, deixando-me totalmente nervosa. E se acontecesse alguma coisa, enquanto ele estivesse no estado em que está?

Se Luke tentasse…

« - Onde estás? – Numa festa…E  tu? – Zayn… Vai para casa. – Não posso. O Harry e o Liam estão com miúdas. Obviamente que não vou caminhar a estas horas. – E… - Mas devia, sabes? Podia aparecer alguém e esfaquear-me logo. Ia desta para muito… - Zayn, por favor. Não digas uma coisas dessas. Eu quero ir buscar-te, portanto diz-me onde estás. – É tão óbvio que não vens aqui. Eu estou todo fodido, que diferença faz? – Estou a pedir-te Zayn, diz-me onde estás. – Em Brooklyn… No Sanders. – Vou tentar encontrar-te. »

Como não chegou a responder-me, limitei-me a deixar a chamada ligada, enquanto procurava os fones e os colocava nos ouvidos, caso ele dissesse alguma coisa. Pedi que se mantivesse em chamada comigo e que não saísse da vista de seguranças, para que nada lhe acontece. Obviamente, que começou a resmungar, a dizer que não aceitava ordens.

Decidi nem argumentar contra. Ele não estava bem.

Vesti uma sweatshirt bastante comprida, quase até aos joelhos, cobrindo os calções e o top que usava como pijama. Calcei uns ténis velhos, peguei nas chaves do carro e sai de casa, apressando-me a trancar a porta e a entrar no carro.

Dentro de uma hora, o meu pai acordaria para iniciar o trabalho. Se desse pela falta do carro, estava tramada.

Sujeitava-me a um castigo. Ou até a um interrogatório, que de qualquer forma, resultaria de um castigo.

Dirigi até Brooklyn com alguma velocidade, querendo chegar rapidamente até ele e certificar-me que nada lhe aconteceria entretanto. Queria cuidar dele, ainda mais por estar bebedo e vulnerável. Talvez obtesse respostas dele. Algo que me fizesse perceber o seu comportamento, as suas atitudes, para além das descobertas que fizera nestes últimos dias.

Ele precisava de alguém.

[…]

Uma hora se passara. Há dez minutos que vagueava pelas ruas de Brooklyn, sem sinais do tal ‘Sanders’. A ligação havia terminado há uns minutos, o que me deixava ainda mais inquieta. Nervosa e desejosa de o encontrar.

Comecei a seguir uma multidão de carros e entretanto o meu telemóvel voltou a vibrar.

Era o meu pai que me ligava. Ohmeudeus, ele havia percebido que o carro não estava lá. Desliguei a chamada e mandei-lhe mensagem a dizer que depois lhe explicaria tudo, para não se preocupar que estava bem e em segurança.

BROOKLYN  ➛  ZAYN MALIK  Onde histórias criam vida. Descubra agora