Capítulo 63

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Fátima (Cidadã - Mãe da Clarisse)

Primeiro Crepúsculo 


- Por isso que precisam se preparar nessa batalha - explicando Tara - Sei que estão muito preocupados pela Clarisse, mas se Zaki estive certo, ela voltará pra nós e até lá é melhor treinarem a se defenderem dos Sombrios.

- Ela está certa - falei em voz alta por Aparecido ao meu lado - Não sabemos nada sobre os Sombrios e nem como lutar contra eles.

- Mas, Clarisse - murmurou ainda querendo achar a Clarisse.

- Aparecido, ela é nossa filha - falei séria - Ela mais forte que nós, e acredito que Clarisse voltará pra nós. Precisamos aprender mais sobre mundo que ela aprendeu durante meses, eu não vou conseguir lutar contra os Sombrios e nem sei como ajudar...

- Fátima - Aparecido tocou no meu ombro e disse firme pra Tara - Me ensinem como lutar contra os Sombrios, só eu, não quero que minha esposa se arisque nessa batalha.

- Muito bem - ouvimos Ursão assim que ele se aproximou com um outro homem, alto, muito musculoso e tem cara bem assustador - Esse é Rômulo, e nós vamos ensiná-lo pra tudo que precisar, entendeu?

- Sim, entendi - assentiu Aparecido.

- Ótimo, espero que não seja tão fraco - disse Rômulo sádico.

- Se Clarisse puxou a força do pai - riu Ursão - Então não precisamos nos preocupar.

- Ok, vamos logo cidadão - chamou Aparecido.

- Fátima... - Aparecido olhando pra mim preocupado.

- Não se preocupe, cuidaremos dela - disse Tara.

Desejei boa sorte, ele assentiu indo com Ursão e Rômulo pra floresta.

- Ele vai ficar bem - disse Tara vendo minha preocupação - Afinal, Ursão er... É mentor da Clarisse.

- O que ele ensinou pra Clarisse? - perguntei curiosa.

- Como controlar a alma animal dela, lutas, defensas, caçadas e muito mais. - respondeu Tara - Se quiser ficar na cabana, tudo bem.

- Sim, vou querer - falei, ainda estou assustada com as pessoas da aldeia.

- Ok, eu tenho que ajudar as mulheres - disse Tara - Qualquer coisa pode me chamar.

- Certo.

Fiquei dentro da cabana por algum tempo e ainda estou surpresa que o filhote de onça está me fazendo companhia. Ele sentando na minha frente e me encarando, ele é bem fofo, mas tenho muito medo de animais selvagens. Por curiosidade, olhei na janela vendo muitas mulheres, homens e até crianças trabalhando, me senti mal por não fazer nada e pensando como a Clarisse ficou aqui por meses.

Depois de respira fundo muitas vezes, finalmente tomei coragem sai da cabana pra olhar a aldeia. Claro que as pessoas me encarram e quase me deu vontade de entrar na cabana, até que aquele filhote de onça foi na minha frente e olhou pra mim como se quisesse que eu o seguisse.

- Quer que eu seguia você? - perguntei rindo de mim mesma por está falando com um filhote de onça.

Ele andou e parou pra me encarar, por curiosidade eu o seguir. Ele me levou até a cabana onde está muitas mulheres e é ao lado de uma horta.

- Onde estão as ervas medicinas? – assustei ouvindo o grito da Dona Alice chamando atenção de todas as mulheres que estavam trabalhando na horta.

- Aqui – uma criança veio correndo trazendo nas mãos cheias de ervas, foi até Dona Alice e a entregou – Desculpe a demora.

Coração de TigresaOnde histórias criam vida. Descubra agora