3 dias depois
Passaram três dias desde que a equipe saíram pra buscar os remédios, nesse momento o Curandeiro está esforçando muito para que os parasitas não aumentam. Agora são sete crianças, as mães sempre visitam e choram por elas, os bebês são únicos os mais jovens que não estão doentes. Ainda não temos notícias da equipe, todas as noites eu rezo para que eles voltem bem e com remédios.
Às tardes o Ursão me treinar para distrair, e todas ás noites, antes de dormir, visito Lisa. O corpo dela está coberta de ervas, tossindo sangue e está começando aparece manchas pretas como as outras crianças.
Hoje depois de treinar no rio, fui caçar. Pequei cinco peixes e dois cachos de banana, voltei na aldeia, indo para armazenamento e encontrei Dona Alice fazendo sopa.
- Oi Dona Alice. - a chamei.
- Oi Clarisse – Dona Alice pegou os peixes e bananas – Que bom que trouxe, estamos precisando muito de comida, está bem?
- Mais ou mesmo – olhei por chão.
- Eu sei, também estou muito preocupada. – Dona Alice ergueu minha cabeça – A Tara vai na cidade para buscar umas roupas usadas, vai com ela.
- Tudo bem.
Fui à cabana e vi Tara se vestindo as roupas de cidade.
- Oi Clarisse.
- Oi Tara, posso ir cidade com você?
- Claro, preciso mesmo de muita ajudar. – disse Tara aliviada– Primeiro mudar pouco seu visual.
É claro.
Com certeza uns policias ainda devem está me procurando, foi há muito tempo, mas se conheço meu pai, com certeza conversou com a polícia de todas as cidades da Amazônia.
Tara cortou três dedos no meu cabelo e fez uma trança. Vesti blusa verde sem mangas, calça preta longa e enrolei minha cauda na cintura.
- Pronto – disse Tara mostrou meu reflexo no espelho - Nem se parece um pouco com uma garota da cidade.
Verdade, concordei olhando pra garota de pele branca e pouco bronzeada, cabelos morenos meios despenteados e ganhando músculos por todo corpo. Nesse meu reflexo mostrar que mudei muito, de dentro e por fora, minha parte da cidade está sumindo aos poucos.
- Bem, vamos? - perguntou Tara me tirando dos pensamentos.
- Vamos.
Fomos direto da cidade andando, que levou dois horas a pé, depois indo num rio, nós pegamos um pequeno canoa e nos levou até uma cidade chamada Itamarati.
Com muito cuidado, nós andamos sem chamar atenção das pessoas até finalmente chegamos na feira onde doam roupas usadas e calçados. Pegamos três sacolas de muitas roupas usados, voltamos na canoa, estávamos quietas até Tara quebrou silêncio me perguntando.
- Você e Raoni não estão se falando, não é?
Suspirei e virei minha cabeça, não quero falar disso, desde aquela noite, Raoni e eu não estamos nos falando e estou meio que o evitando.
- Sei que ainda está brava por ele não deixá-la ir com a equipe. – disse Tara – Ele falou isso porque não queria que alguma coisa ruim acontecer, principalmente agora que os Sombrios devem estarem loucos pra matar você.
- Não importa quando vidas dessas crianças estão em riscos. – resmunguei.
- Admiro sua coragem, mas agora a gente tem que rezar pra que tudo saia certo – Tara tocou meu ombro – Faz as pazes com Raoni.
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Coração de Tigresa
AdventureDesde que fez 12 anos, Clarisse sempre receber sonhos estranhos e um dom de entender os felinos. Uma garota vivendo na cidade, até que perto dos seus 16 anos, veio o sonho que a guiará para encontrar as respostas dos seus sonhos. Sua vida mudar comp...