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Cole Sprouse

Há tempos que alguém não me fazia sentir daquela maneira. Desde o meu último – e conturbado – relacionamento, eu fui incapaz de olhar para qualquer mulher de uma forma mais sentimental. Passei a viver no automático na questão amorosa e não fiz mais do que sair por uma noite ou duas com poucas garotas. Tudo vinha sendo muito vazio e monótono, as mulheres que me cercavam estavam ali pelo meu nome, fama ou dinheiro. Mas a Lili era diferente.

Estava claro que para ela pouco importava meu histórico na mídia, as séries e filmes que gravei ou qualquer peso que minha imagem tenha em Hollywood. Para a Lili eu era só um cara comum com quem ela poderia implicar vez ou outra. Era divertido aquele joguinho entre nós dois e eu me divertia vendo-a ficar vermelha de raiva quando eu era inconveniente. As poucas interações que tive com ela foram as mais autênticas que já vivi.

Isso me deixou fascinado de certo modo. Levei minha câmera fotográfica para a nossa entrevista apenas para esperar uma desculpa que me desse uma brecha para tirar uma foto dela. Ela tinha uma beleza tão natural e delicada que fiquei extremamente tentado a capturar.

Fiquei preocupado quando vi que as pessoas foram como uma avalanche até o perfil dela. Apesar disso, Lili não pareceu chateada, o que me deixou aliviado. Uma colunista de uma revista de fofocas de quem eu era amigo até chegou a me perguntar se Lili seria meu novo affair, mas eu fiz questão de negar para que isso não se propagasse de forma errada. Por sorte, as coisas não se espalharam e se limitaram às curtidas no meu post.

— Você tem sorte de nenhum paparazzi estar por perto quando você saiu com essa garota. — Madelaine disse ao meu lado. — Toda vez que somos vistos com alguém desconhecido isso vira uma bola de neve.

Estávamos no meu trailer no set de gravações durante uma pausa.

— Eu não vou ficar com medo de fazer amigos só por causa da imaginação fértil das pessoas.

— Afinal, o que essa garota tem? — sorriu de forma sugestiva. — Você passou o fim de semana inteiro falando o quanto a Lili é legal. E cá entre nós, eu nunca vi você publicar fotos de alguém que acabou de conhecer.

— Eu não sei, ela só é diferente. — dei de ombros. — Ela me trata de uma maneira tão única, sabe? É difícil de explicar como eu me sinto. Sei que parece estranho, porque realmente eu acabei de conhecê-la, mas eu já tenho uma afeição por ela.

— Afeição ou atração, Cole?

— Bem... — pendi minha cabeça para o lado e soltei uma risada descontraída. — Talvez os dois.

— Por que não a convida pra sair?

— Eu fiz isso. A chamei pra tomarmos um café e depois fiz um convite pra fazermos uma trilha. Você acha que foi precipitado? Ela me chama de chato o tempo todo. E se ela estiver falando sério?

— Com certeza você é bem chato, mas não é o tipo de chato entediante. — riu.

— Engraçadinha. — forcei um sorriso. — Eu pretendo vê-la hoje. Vou até a livraria depois da gravação. Ela é sempre a última a sair de lá, então mais uma vez eu posso arranjar uma desculpa para ficarmos sozinhos.

— Só diz que você quer sair com ela e pare de torturar a garota. — revirou os olhos.

— Não sou um selvagem que parte para o ataque assim. Ela vai gostar de mim antes que eu avance o sinal.

— Ou talvez ela perca a paciência com você.

— Agora você está sendo a chata aqui.

Terminamos aquele dia de gravações e antes de eu resolver ir até a livraria, passei em casa para descansar um pouco. Assim que olhei o relógio e me dei conta de que provavelmente eles tinham acabado de fechar, eu saí tendo em mente o meu destino.

Behind the Scenes ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora