- Não mesmo, você não manda em mim. E não quero ninguém na minha cola, não viaja ok? Eu sei me cuidar.
- Eu não disse que era pra você aceitar. Eu disse que você só sairá daqui, se for junto comigo, nem que seja pra puta que pariu, só vai se for comigo. Ninguém pode colocar água pro Abelardo beber.
- Não acredito nisso! – protestei indignada.
- Isso é um jogo, Alícia. E só os melhores que vencem, está apenas começando.
- Eu já disse que sei me cuidar, não venha me impor regras!
Os garotos estavam tão acostumados com as nossas discussões que voltaram para o jogo.
- Já impus, obedeça Alícia. É pro seu bem.
- Desde quando você quer, meu bem? Você não é nada meu, então não queria que eu te obedeça, ok? A vida é minha porra, e dela eu faço o que eu quiser.
- Pode falar o que quiser, você vai obedecer calada, não me faça te por trancada dentro de casa. – disse ríspido sem expressão nenhuma no rosto.
- Tenta pra você ver. – eu estava soltando fumaça de raiva, cansei dessa porra. Se for pra me pegar o Abelardo que seja sozinha, não aguento mais.
Peguei Pietro que começou a chorar porque estava se divertindo e entrei em casa batendo pé.
- O que tá pegando dessa vez? – disse Valéria vindo atrás de mim.
Enquanto meus pensamentos estavam voltados apenas no contrato, vou pegá-lo e rasgá-lo em mil pedaços, cansei dessa palhaçada. Não suporto Paulo Guerra, que ódio.
- Alícia, o que aconteceu? – entrei no quarto e coloquei Pietro em cima da cama.
- Não dá mais Valéria, cansei. Vou acabar com o contrato e viver livre do Paulo, não dá mais pra mim. – andava de um lado para o outro passando a mão entre os cabelos.
- Como assim acabar com o contrato? – perguntou perplexa.
- É acabar, não vai ter mais contrato de porra nenhuma, vou pegar o Abelardo sozinha, e o nosso plano depois concluímos, mas não dá pra me viver sob o mesmo teto desse infeliz. Vou ligar para o Renan alugar um hotel sei lá, enquanto minha mansão não fica pronta.
- Pra qualquer hotel que você for, vai ser o primeiro lugar onde Abelardo vai procurar.
- Que aquele fudido se lasque, que ele venha logo mesmo, é bom que não vou ter trabalho de procurá-lo.
- Você enlouqueceu de vez, Alícia? As coisas não funcionam assim, está pondo em risco a vida de pessoas inocentes, já pensou no Pietro? – ela estava visivelmente alterada.
- Você diz isso porque não convive com esse infeliz, e ainda tenho que aguentar essas provocações e ele querer mandar em mim. Ninguém manda em mim.
- Mas você está aguentando tudo isso por um bom motivo, não vou deixar você desistir agora, a parte mais difícil era ele aceitar a droga desse contrato, agora que estamos tão perto do nosso objetivo você não vai fazer essa merda de desistir, eu não vou deixar, tá ouvindo?
- Val... – suspirei, por um lado ela tinha razão.
- O que ele disse ou fez dessa vez? – ela suspirou colocando as duas mãos na cintura e me encarando.
- Ele reclamou porque saímos sem escolta, e os capangas do Abelardo estavam atrás de nós, ele viu o estado do carro e disse que eu só sairia se fosse com ele. Concluindo, ele acha que é meu dono.
- Você mal sai de casa, Alícia, então faz esse esforço de quando você sair for com ele, e acho que ele não vai querer sair com você todas às vezes, vocês não se suportam.
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Dangerous Life - Paulicia
FanfictionEla é Alícia Gusman. Atraente, olhos castanhos. Dona de um corpo escultural e onde passa rouba olhares. É um doce de mulher, mas também pode ser fria e calculista. Ele é Paulo Guerra. Bonito, sorriso encantador, rude, frio, grosso, corpo desenhado p...