- Para aonde vamos? – perguntei ao meu pai pela milésima vez.
- Não te interessa, vá se arrumar.
- É claro que me interessa, vai me mandar matar? Perca de tempo. – ironizei. Ele me fuzilou com os olhos.
- Não tenho tempo pra besteiras, e não mandaria ninguém. Eu mesmo faria isso, suba e arrume-se e não tire minha paciência.
Revirei os olhos e subi pro meu quarto. E eu ainda estava sem saber aonde iria, nem pra dizer a ocasião, e que roupa eu vou? Que dúvida cruel. Como eu não sei pra onde eu vou, qualquer coisa tá bom demais. Vesti minha lingerie preta e uma roupa que eu havia comprado semana passada.
Estava fazendo muito frio. Passei meu perfume, uma maquiagem leve, nunca fui de me maquiar muito, as pessoas costumavam falar que meus olhos castanhos já realçavam do que qualquer maquiagem, tá né. Peguei meu celular e desci cantarolando.
- Estamos atrasados. – ele disse me olhando.
- Pra onde vamos? – perguntei saindo de casa, entrei no carro, ele deu a volta e entrou.
- Quando chegar você vai saber.
Bela lógica a dele. Ele andava em alta velocidade, e eu morria de medo. Na verdade, acho que ele é um louco, mas não admite isso. Foi quase 1 hora dentro daquele carro, naquele silêncio horrível e tendo que ficar calada. Entramos em uma rua, e eu pedia que fosse naquela, porque eu precisava sair e me movimentar, nem sentia mais minhas pernas. A rua tinha mansões extremamente luxuosas, minha boca ficou aberta em um perfeito "o", iríamos mudar para cá? Claro que não, acorda, Alícia.
Chegamos a última que era destaque naquela rua toda, os muros eram altos pra caralho, e o portão maior ainda, tendo quatro seguranças em frente, todos bem vestidos de preto e óculos pretos e armas na cintura, okay... Comecei a ficar com medo. Muito medo.
- O que viemos fazer aqui? – perguntei ao ver ele parando o carro em frente ao portão enorme e baixando o vidro.
- Cale a boca. – falou entre dentes.
Um dos seguranças, aproximou-se do carro, eu apenas observava tudo.
- O chefe está? – meu pai perguntou.
- Sim. – respondeu o segurança. – Liberem a passagem, é o Hugo. – falou para os outros três.
Imediatamente um comunicou-se por um interfone e o portão foi aberto. Hugo ligou o carro e entramos, se eu disse que era linda por fora, imagine a mansão por dentro. Extremamente incrível, o carro foi estacionado em frente à entrada.
- Pela última vez, o que eu vim fazer aqui? Quero ir pra casa. – protestei.
- Desça.
- Não. – disse.
- DESÇA AGORA, OU TE DESÇO A FORÇA.
Bufei e desci. Desgraçado. Ele segurou em meu braço e caminhamos até a porta. Ele digitou uma senha e entramos, meu Deus... Onde estamos? Era totalmente linda por dentro, mas passei a ignorar a beleza ao ver vadias, isso mesmo VADIAS seminuas no sofá com uns guris. Dei um solavanco, e me soltei do Hugo.
- Onde ele está? – Hugo perguntou.
Os guris nos olharam, e bem... Que gatos. E junto com seus olhares maliciosos vieram os das vadias com nojo. Revirei os olhos e cruzei os braços na frente dos seios.
- No escritório. – respondeu um. – Mercadoria nova Hugo? – me olhou de cima a baixo.
- Filho da... – iria xingar ele.
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Dangerous Life - Paulicia
Fiksi PenggemarEla é Alícia Gusman. Atraente, olhos castanhos. Dona de um corpo escultural e onde passa rouba olhares. É um doce de mulher, mas também pode ser fria e calculista. Ele é Paulo Guerra. Bonito, sorriso encantador, rude, frio, grosso, corpo desenhado p...