Failure

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A mão de Paulo estava entre meus cabelos, não deixando separar nossos lábios, confesso que ele me pegando daquele jeito me deixava excitada, meu Deus, o que eu estou pensando. Sua língua movimentava-se rapidamente em minha boca, me deixando completamente sem sentidos, apenas focada naquele beijo, por que ele tem que beijar tão bem? Paulo chupou minha língua com força, ah vai se fuder, cara! Em um movimento rápido pulei para seu colo, taquei minhas costas naquela porra de volante, doeu um pouco, mas não estava interessada nisso. Segurei no pescoço de Paulo dando intensidade ao beijo, enquanto suas duas mãos estavam em minhas coxas, as apertando com força e friccionando minha intimidade em seu membro. Uma de suas mãos subiu por debaixo da minha blusa, apertando minha cintura de leve e indo em direção aos meus seios, ele passou as mãos por cima me causando arrepios, mordi seu lábio inferior e rebolei de leve em seu membro, ele gemeu entre o beijo. Senhor, me dê forças pra parar. Ouvi buzinas, eram os garotos com certeza, separamos nossas bocas e dei uma olhada para trás, o trem já havia passado. Meu Deus, como ele foi rápido... Os garotos continuavam buzinando, acho que eles colocaram a mão em cima e esqueceram-se de tirar.

- Ah filhos da puta. – Paulo murmurou e tirou sua mão de dentro da minha blusa.

Eles não iriam parar até Paulo dar partida, porque onde estávamos só tinha espaço para passar um automóvel e eles não iriam passar por cima de nós.

- JÁ VAI SEUS FILHOS DE UMA PUTA MAL COMIDA! – Paulo colocou a cabeça para fora e berrou, eu ri.

Ele pousou suas mãos em minha cintura e selou nossos lábios novamente. Em seguida voltei para o meu banco, e me afundei lá de novo. Mas cara, tinha subido um fogo sobrenatural, nem sei se estávamos perto ou longe, mas andar em meio de puro mato dava tédio, pelo menos eu estava entediada.

- Cadê os capangas? – perguntei.

- Estão já lá na frente. – ele respondeu atento a estrada.

- Ah. – murmurei e voltei a encarar bastante mato.

Depois de alguns minutos, finalmente pude visualizar alguns galpões e uma pista de pouso, ouvi alguns tiros.

- Eles já estão fazendo a parte suja para nós. – Paulo disse como se tivesse lido meus pensamentos, o olhei e olhei para frente.

Paramos um pouco afastados, e descemos do carro, peguei minha arma e destravei, Paulo fez o mesmo. Quando olhei para o lado vinha Valéria, Jaime, Mário e Davi, também armados.

- Vamos lá, ele chegará aqui em minutos. – Paulo disse e fomos numa caminhada depressa.

O cenário era de morte, impossível identificar de quem levou a maior, mas não tinha nenhum capanga do Abelardo pra contar história. Paulo chegou perguntando e alguns dos nossos homens afirmaram que alguns fugiram e outros foram mortos, o que restava era esperar.

- Ei gata, que parada foi aquela em? – Valéria perguntou rindo do meu lado enquanto os garotos conversavam em uma rodinha com alguns capangas.

- Qual? – perguntei me fingindo de desentendida, já sei o que a vadia queria saber, ri de leve.

- Aquela do cruzamento do trem que vocês ficaram horas lá parados enquanto nós buzinávamos feitos loucos. – ela riu e gargalhei também.

- Foi nada ué. – dei de ombros.

- Tá bom, e eu sou virgem. – gargalhei alto, ela riu também. – Diz logo.

- Nos beijamos, Val. Foi isso. – disse normalmente e ela teve quase um surto do meu lado.

- Huuuuuuum, sabia que vocês iam ainda se pegar!

- Meu amor, você anda mal informada, nós já nos beijamos diversas vezes.

Dangerous Life - Paulicia Onde histórias criam vida. Descubra agora