Isoladas - Calzona

| Capitulo 11 |

Não dormi muito na noite anterior, pois estava muito ocupada pensamento sobre os eventos que aconteceram no spa. Minha mente repetiu a experiência de novo e de novo e eu me vi querendo mais dela... mas ela queria mais de mim?

Ouvi Callie se mexendo em sua cama, sem dúvida acordando de um sono profundo que não tive a sorte de ter. Eu a ouvi gemer quando ela se esticou e estalou suas articulações, e então ouvi seus passos se aproximarem de minha cama. Rapidamente fechei os olhos e fingi estar dormindo, respirando profunda e uniformemente. De repente, senti sua mão alguns fios de cabelo de meu rosto, sentindo sua respiração sobre minha pele enquanto ela se ajoelhava ao meu lado. Tive que fazer um grande esforço para não sorrir ou abrir os olhos, e fico feliz por não ter feito isso pois a senti pressionar um beijo leve em minha testa antes de se levantar e ir embora.

Esperei um pouco mais para "acordar", sair da cama e rapidamente tomar banho, me barbeando e depois me juntando a ela do lado de fora na mesa do pátio.

- Bom dia - eu disse suavemente.

- Dia - respondeu, não me olhando nos olhos.

- Você está bem? - perguntei

- Sim, e você? - respondeu baixinho.

- Callie, o que há de errado?

Ela respirou fundo antes de olhar para mim, abrindo e fechando a boca várias vezes antes de finalmente dizer algo

- Sobre ontem... eu só estou preocupada, eu acho. Eu não forcei você, não é? - ela disse nervosamente, com os olhos cheios de preocupação.

Eu queria alcançá-la e abraçá-la, dizer que ela era o oposto de forçada. Que ela era gentil, carinhosa e perfeita.

- Não, você não me forçou a nada - optei por dizer.

- Tem certeza? Eu fico pensando sobre isso, eu não deveria ter... - ela ia continuar mas eu a interrompi.

- Você não me forçou a nada Callie. Se eu não quisesse, eu teria lhe dito - respondi.

Ela suspirou aliviada, seus olhos preocupados agora se fecharam quando um pequeno sorriso apareceu em seus lábios.

- Posso te perguntar uma coisa? - perguntei baixinho

- Claro

- Foi... quero dizer, eu... foi bom? - perguntei sem jeito, instantaneamente sentindo um rubor rastejar em minhas bochechas.

- Sim... acho que sim. Eu realmente não sei - disse ela da mesma maneira sem jeito.

- Oh... você nunca...? - perguntei e ela balançou a cabeça.

E então houve um silêncio entre nós. Não foi estranho, nem confortável. Nós duas nos ocupamos observando as árvores balançarem com a brisa, os pássaros voando de galho em galho, as nuvens flutuando perfeitamente pelo céu azul brilhante. O silêncio foi interrompido por Callie que arrastou sua cadeira alto contra o piso de concreto enquanto se levantava, sorrindo desajeitadamente para mim antes de entrar pela porta dos fundos.

Eu a segui sem pensar, como se estivesse hipnotizada por seus olhos de chocolate toda vez que eles faziam contato com os meus. Fechei a porta dos fundos atrás de mim, alertando-a para a minha presença. Ela se assustou um pouco, virando-se para olhar para mim.

- Então você nunca... - comecei a dizer.

- Fiz sexo? Não - ela disse sem jeito, olhando para o chão.

- Você quer? - perguntei, e ela olhou para mim - Quero dizer... com um garoto?

- Oh ... eu acho, eu realmente não sei - respondeu.