- Callie, Arizona, levante-se e brilhe! - uma voz familiar disse.
Callie e eu suspiramos, sentando cansadas em nossas camas quando ouvimos a fechadura da porta da frente batendo e, de repente, a porta se abriu para revelar uma Sra. Cade muito presunçosa.
- Bom dia, senhoritas. É tão bom poder vê-las novamente! - cantarolou alegremente - Só vim ver se vocês resolveram suas diferenças.
- Resolvemos - Callie e eu dissemos simultaneamente, olhando um para a outra e sufocando uma risada.
- Oh, mais isso é maravilhoso! - Sra. Cade exclamou, batendo palmas alegremente - Façam suas malas, meninas, vocês voltarão para suas cabanas originais agora
A mesma sentou-se sobre a mesa de jantar enquanto Callie e eu silenciosamente fizemos nossas malas, ocasionalmente trocando olhares uma para a outra e tentando esconder nossos sorrisos. Depois que colocamos tudo de volta em nossas malas, Sra. Cade nos levou para fora da cabana, e eu não pude deixar de me virar e dar uma última olhada nas quatro paredes e um teto que acabaram por virar minha vida de cabeça para baixo. Nós duas arrastamos nossas malas pelo caminho sinuoso logo chegando ao acampamento comum.
- Agora, senhoritas. O café da manhã é em meia hora, então eu sugiro que vocês entre em suas cabanas e encontrem seus amigos. Vejo vocês duas no refeitório - ela disse, antes de se virar e caminhar até sua sala.
Callie e eu ficamos lá em silêncio, com as malas na mão, sem saber como partir. As chances de as pessoas nos verem agora eram reais, e eu não tinha certeza do que Lauren pensava disso.
- Então, eu te vejo no café da manhã... certo? - perguntei sem jeito.
- Sim... vejo você então - ela respondeu.
Ficamos ali sem jeito por um momento, e então Callie estendeu a mão e me puxou para perto dela, seus braços envolvendo meu corpo. Eu retribuí segurando-a firmemente, com a cabeça apoiada confortavelmente em seu ombro. Quando nos separamos, ela deu um beijo firme em minha minha testa.
- Até mais tarde - ela disse, calmamente antes de se virar e arrastar a mala até a cabana. Quando ela alcançou a porta, se virou, me dando um pequeno aceno antes de abri-la e entrar. Depois que ela desapareceu de vista, suspirei profundamente, me virando e subindo os degraus da minha cabine.
Assim que entrei, fui derrubado no chão, cinco corpos se empilhando em cima de mim enquanto todos se esforçavam para me abraçar.
- Arizona! - todas elas gritaram, e eu consegui manobrar meus braços sob o peso delas para abraçá-las de volta.
- Senti falta de vocês! - disse-lhes.
- Nós mal ouvimos falar de você! - Eliza disse - Pensamos que Callie poderia ter te matado!
- Não tínhamos sinal lá! Desculpe! - menti.
Me senti mal mentindo para elas, mas não estava exatamente pronta para dizer que havia perdido a virgindade com a garota que me intimidou durante os últimos três anos.
- Como foram as coisas com a Callie?- Jo me perguntou.
- Foi tudo bem, e o principal: ficamos fora do caminho uma da outra... - menti novamente, e todas assentiram.
- Suponho que poderia ter sido muito pior - disse Kepner, e eu assenti em concordância.
A campainha do café da manhã tocou às 07:30hrs, eu e as meninas fomos para o refeitório. Quando entramos, vi Callie sentada com seu grupo de amigos e meu coração se apertou. Eu não sei o que estava esperando, porém, não é como se ela fosse abandoná-los completamente e correr até mim.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Isoladas - Calzona
JugendliteraturQuando duas inimigas Arizona Robbins e Callie Torres são forçadas a ficarem uma semana juntas isoladas em uma cabana depois de terem brigado no acampamento da escola, temperamentos e tensões aumentam. Será que nesse tempo em que estarão sozinhas for...