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Seleção Final | 1913

Então, o tempo de arcar com sua decisão chegara..

A garota deixou seu banheiro junto ao vapor de seu banho quente, finalizado poucos segundos atrás.

Ela vestiu suas roupas escuras, anteriormente dobradas em cima de sua cama, e penteou seus cabelos molhados.

Era manhã, a luz do sol ainda era muito fraca no céu e a seleção final ainda levaria muitas horas para ter um início. Mas era necessário que ela partisse logo.

Para chegar ao monte fujikasane, ela deveria caminhar mais de trinta quilômetros desde onde morava. Além disso, essa distância pedia paradas para descanso se ela quisesse ter energia para lutar contra demônios mais tarde.

Ela amarrou seus longos cabelos em um rabo de cavalo, de forma que eles não se soltassem facilmente, para manter seu campo de visão livre de qualquer limitação possível.

Sua jaqueta favorita pairava sobre seus ombros. A jaqueta que seu mestre lhe dera pouco antes de sua morte.

Ela encaixou sua katana presa á sua cintura, passando lentamente seu olhar pela pequena corda de enfeite no cabo da espada. Ela havia retirado aquele enfeite da katana de seu mestre, assim, sentia que carregava um pedaço dele sempre consigo.

Ela respirou fundo, verificando os arredores de seu quarto com o olhar, garantindo que já havia pego tudo de que precisava. Não havia nada muito importante. Até que aquele objeto estivesse em seu campo de visão..

Se parecia com um pequeno tótem de madeira com a silhueta de uma garotinha de cabelos longos esculpida em sua extensão.

Ela caminhou até ele e tomou o objeto em suas mãos, afastando-o da superfície de sua cômoda.

Também haviam muitas coisas escritas, eram como códigos, ela nunca conseguiu entender o que eles diziam.

Quem o esculpiu tratou tão cuidadosamente de cada detalhe. Era agradável para os olhos.

Hideki lhe disse que isso estava escondido em seus cobertores quando ele a levou para casa. A garota não permitia que ele afastasse o objeto dela nem por um segundo quando era um bebê.

Ela não se lembrava da origem desse objeto, mas ela conseguia sentir uma conexão com ele, ela se sentia inexplicavelmente segura e confiante na presença dele. Ela precisava dele..

Sem pensar muito, ela rapidamente o guardou em um dos bolsos de sua jaqueta, deixando o cômodo logo em seguida.

Pegou sua garrafa de água e algumas frutas na cozinha, para que não sentisse sede ou fome no caminho.

E assim, ela caminhou para fora da casa e fechou a porta atrás de si, suspirando enquanto admirava o lugar que foi seu lar por tantos anos.

Ela caminhou até o túmulo de seu mestre e ajoelhou-se á frente dele, curvando suas costas e reverenciando-o.

— Talvez eu nunca mais possa voltar, Hideki-san.. — Ela levantou seu rosto moderadamente, passando seus olhos por todas as lindas folhas que cobriam a cova e então sorrindo sem demora. — Nunca vou me esquecer de tudo que vivemos aqui. Obrigada por ter feito o que podia por mim. — Ela levantou-se, produzindo uma pequena risada melancólica nasal. — Eu cresci muito, não é? — Sentiu seus cílios se tornando úmidos. — Preciso deixar este lugar por um bem maior agora.. até algum dia. Eu te amo, Kanji-san.

𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈 𝐍𝐎 𝐂𝐇𝐈 - Demon Slayer: Kimetsu No Yaiba OCOnde histórias criam vida. Descubra agora