11. Jealous

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Boa leitura!





A casa dos Urrea não era enorme, mas também não era minúscula, era adorável. À primeira vista, era decorada em tons de bege e branco, os móveis pareciam de modelos antigos. O corredor entre a porta de entrada e a sala de estar era precariamente iluminado, mas, segundo Robert – que era arquiteto – propositalmente, para que o imóvel não perdesse seu caráter intimista, até mesmo um pouco colonial.

A sala de jantar era separada da sala de estar por um pequeno desnível, apenas dois degraus dividiam o espaço que não era muito grande, mas, ainda assim era amplo. O carpete, o sofá e as poltronas, assim como as cortinas e as paredes, tudo era claro, destoando da pouca iluminação do hall de entrada. Robert ia explicando suas ideias à Josh, que ouvia a tudo, gostando da atenção que recebia, mas, pouco interessado nos pormenores da decoração.

Já o escritório de Robert era decorado em tons de preto e cinza, era sóbrio, elegante e imponente, assim como ele. O sofá de couro vinho era a única coisa que se destacava, segundo Wendy, seu toque pessoal no espaço para que Robert não se esquecesse dela nem mesmo enquanto trabalhava.

- Como se fosse possível. – Josh o ouviu comentar, admirando o olhar apaixonado que ele direcionava à ômega.

Quando passaram pela cozinha, Noah e Amelia já haviam subido para o andar decima, deixando Robert, Wendy e Josh sozinhos. O cômodo em tons de chumbo e metal fazia o tipo moderno, Wendy sempre gostou de cozinhar, por isso Linsey e Noah lhe deram de presente todo aparato necessário para que ela pudesse fazer o que amava. Todos os utensílios e eletrodomésticos eram de última geração.

Robert apontou orgulhoso para o refrigerador, nele, além de todos os imãs que provavelmente haviam sido quinquilharias compradas em alguma viagem, três desenhos se sobressaíam. Dois deles feitos por Linsey e Noah, e um deles feito por Amelia, os três estavam assinados e plastificados.

- Nós não queríamos que os desenhos das nossas crianças ficassem deteriorados com o tempo, queremos guardá-los e, se possível, mantê-los aí. – Wendy comentou sorridente.

Josh achou adorável o fato de a ômega incluir Linsey e Noah quando se referiu às “nossas crianças”. Robert pretendia continuar a pequena tour no andar de cima do imóvel, porém, foi interrompido pelo barulho da porta da frente sendo aberta.

- Michael, em nome de Jesus, me deixa em paz. – uma voz feminina e nervosa preencheu a casa fazendo com que o casal sorrisse um pouco mais largo e o ômega juntasse as sobrancelhas, confuso.

- Venha, querido. Vamos conhecer a irmã do Noah. – Wendy se aproximou do ômega envolvendo-lhe pelos ombros e puxando-o para sala.

- Linsey, em nome de Jesus, nós viemos passar dez dias, por que você trouxe tanta mala? – a voz do alfa parecia ofegante e Josh pôde ouvir a risada gostosa de Robert logo atrás de si.

- Porque nós temos um filhote recém-nascido que costuma golfar e fazer cocô regularmente o que significa que ele precisa de muitas roupas, fora o fato de que ele precisa de mamadeiras, chupetas, fraldas descartáveis, lenços umedecidos, pomada pra assadura... Não vamos esquecer que a casa da minha mãe não tem mais nenhum filhote recém-nascido então nós precisamos do carrinho dele e... – a ômega parou de reclamar assim que viu a mãe surgir na entrada da cozinha – Mãe! – apertou o passo até Wendy abraçando-a com cuidado, já que segurava o pequeno Thomas nos braços.

- Querida, por favor, pare de reclamar. – ela ouviu a mãe dizer risonha.

- Fala com ele pra parar de reclamar comigo, eu acabei de parir o filhote dele, ele precisa ter paciência. – ela choramingou ainda nos braços de Wendy.

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