Family Love

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Josh se incomodou com os raios solares que passavam pela cortina de tecido fino, resmungou irritado sabendo que precisava levantar, mas, permaneceu deitado por alguns minutos antes de se dar por vencido e mover-se na cama sentindo o braço do alfa em sua barriga. Depois de algum tempo os dois acabaram desistindo de ter mais filhotes, as tentativas provaram-se falhas, isso os deixava desapontados e o alfa cada vez mais obcecado com aquela parte do corpo do ômega. Empurrou-o com cuidado e Urrea se mexeu, virando-se para o lado oposto e deixando espaço para que o menor se levantasse.

O relógio sobre o criado mudo marcava 06:30 – ainda há tempo – ele pensou, caminhou até a janela e agradeceu mentalmente pelo primeiro dia de aula das crianças ser ensolarado, aquilo era um bom sinal. Fechou as cortinas um pouco mais evitando que a luz que o acordou incomodasse o alfa – Noah havia saído de madrugada para atender uma emergência na clínica e chegado pouco depois das cinco da manhã – certificou-se de apertar o laço da calça de moletom que usava e vestiu uma camisa qualquer antes de sair do quarto.

Alguns poucos passos e já entrava no quarto de Amelia, aproximou-se da cama calmamente, a menina que havia acabado de completar 12 anos, estava enrolada em sua colcha verde – sua cor favorita desde sempre – somente os cachos castanhos apareciam por sobre o travesseiro, o ômega retirou o fone de ouvido que ela usava e acariciou os cabelos, fazendo-a se virar manhosa.

– Já amanheceu? – Ame perguntou baixinho, com a voz chorosa de quem acabou de acordar.

– Sim... – sorriu pequeno, curvando-se para beijar a testa da menina.

– Só mais 5 minutinhos pai... – choramingou, erguendo os braços para abraçá-lo.

– Cinco minutos... – Josh concordou, levantando-se da cama enquanto a filha caía no sono de novo.

Foi até o closet de Amelia e escolheu as roupas que ela deveria usar naquela manhã, calça jeans e uma blusa com mangas longas, não estava tão frio, mas, também não estava calor, precisava aquecê-la de alguma forma. Deixou as peças dobradas sobre a cadeira, olhando mais atentamente percebeu que o computador dela ainda estava ligado no que parecia ser um trabalho da escola. Foi até o banheiro, acendeu a luz e pegou uma toalha dentro do armário, deixando-a ao alcance da menina. Voltou ao quarto e se aproximou dela novamente, mexendo nos cabelos e fazendo-a grunhir sonolenta.

– Ditadura. – resmungou – Essa casa parece uma ditadura. – ergueu os olhos para o ômega que estava de pé em frente à cama.

– Você deixou algum trabalho pra imprimir hoje? – Josh ignorou o comentário dela enquanto ela se levantava apressada.

– Claro que não. É o primeiro dia de aula, não tem trabalho pai. – foi até a própria escrivaninha e desligou o computador às pressas.

– A que horas você foi dormir ontem? – Josh perguntou enquanto esticava a colcha sobre o lençol, arrumando a cama da garota.

– Meia-noite. – disse baixinho.

– Meia-noite... Sei... – Amelia bufou e rosnou irritada. – Isso foi um rosnado? – Josh fingiu irritação – Você acabou de rosnar pra mim?

– Talvez.– rosnou novamente, encarando-o firme, o ômega rolou os olhos em resposta.

– Você sabe que eu vou perguntar o que era isso no seu computador né? Porque você foi muito nervosa desligar isso.

– Privacidade o nome.

– Você tem 12 anos, a única privacidade que você vai ter é aquela supervisionada por mim. – ficaram em um silêncio absoluto durante alguns minutos enquanto Amelia encarava o carpete do quarto. – Você vai me dizer agora ou eu vou precisar descobrir sozinho?

How to Save a Life • abo || N.B Onde histórias criam vida. Descubra agora