5. The A Team

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⚠️AVISO DE GATILHO NESSE CAPÍTULO!⚠️

ESSE CAPÍTULO ABORDA ASSUNTOS PESADOS. POR FAVOR NÃO PROSSIGA SE FOR SENSÍVEL A QUESTÕES DE PROSTITUIÇÃO E MENÇÃo DE ESTRUPO.

TODOS OS CAPÍTULOS QUE ABORDAREM ASSUNTOS PESADOS EU IREI DEIXAR AVISADO NO COMEÇO DO CAPÍTULO!

*Dias antes*

Sentado em frente à uma mesa de madeira parcialmente comida por cupins, Josh segurava uma caneca azul, sendo essa a única lembrança que tinha da própria casa. Dentro dela, havia uma quantidade absurda de café, não dormia há dias. Talvez anos. Olhou a sua volta e respirou fundo, bebendo mais um gole da bebida fumegante.

Ouviu passos no corredor e se amaldiçoou por ter sido tão rápido dessa vez. Nos últimos meses ele quase não tinha intervalos, seu apartamento era um dos mais frequentados. Dia e noite. A campainha tocou. Josh encarou a porta. Talvez... Talvez se o ignorasse, ele decidiria partir. A campainha tocou outra vez, dessa vez acompanhada de fortes batidas na porta.

- Josh! – a voz grave fez o ômega ter vontade de vomitar. – Vamos, querido, abra a porta, eu sei que está aí dentro.

Um lágrima teimosa cobriu a bochecha sem cor, mas Josh a seco imediatamente. Respirou fundo e se levantou. Caminhou até a cozinha, bebendo os últimos goles da sua bebida preferida. Encheu a caneca de água e colocou na pia para lavá-la depois. A pessoa do lado de fora continuou a insistir. Ele se apoiou na bancada da pia e tombou a cabeça para frente.

Moveu o próprio corpo para a frente e para trás, fechou os olhos. Era seu aniversário, mas, não havia velas para que ele pudesse apagar e fazer um pedido. Há alguns anos ele não fazia mais pedidos. Não havia razão para comemorar, apesar de existir um pedido que ele gostaria de fazer.

- Josh! Não me faça perder a paciência. Você sabe o que acontece quando me deixa nervoso. Abra a merda da porta.

As batidas ficaram mais fortes e o ômega sabia o que aconteceria caso ele demorasse mais alguns segundos. Então ele contou. Um... Dois... Três... Quatro. Um baque. A porta foi arrombada e ele pode ouvir os passos firmes. Cinco... Seis... Sete... Oito. Seu pescoço foi agarrado com força e ele finalmente pode vê-lo.

- A vadia ficou surda? Ou estava ocupada demais pra atender a porta?

- Eu já estava indo...- O ômega respondeu baixinho, agora que ele estava ali, o pânico tomava conta do seu corpo, nunca era uma boa ideia irritá-lo.

- Ah estava... – segurou o rosto moreno, forçando seus lábios ásperos contra os de Josh – Você não fez a barba? – passou as mãos sobre o maxilar sentindo os pelos que começavam a nascer. – Você está ficando desleixado Josh.

- Não tive tempo. – a resposta saiu um pouco amargurada, fazendo com que o alfa erguesse a sobrancelha em desaprovação – Tive muito trabalho, John.

- Teve sim. Claro que teve. – deu dois tapas no rosto do ômega. – Sua sorte é que hoje é o seu aniversário. E que você é o meu preferido.

Agora me espere no quarto, vou colocar sua porta no lugar.

O ômega assentiu e caminhou à passos lentos pelo curto corredor.

Ouviu os barulhos da caixa de ferramentas do alfa e sua porta sendo parafusada no batente outra vez. Só aquele mês haviam sido três.

Precisaria de uma porta nova. Entrou em seu quarto e sentou-se em sua cama. Entrelaçou os dedos, apoiando as mãos em suas pernas.

Encarou a janela aberta por cerca de cinco minutos até que o alfa entrou abruptamente. Retirava o cinto enquanto tirava os sapatos com a ajuda dos pés. O mega o encarou e seu estômago embrulhou.

How to Save a Life • abo || N.B Onde histórias criam vida. Descubra agora