22. Arlo

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Antes

– Eu vou sentir falta disso. – Noah comentou abraçado ao tronco de Josh, com o ouvido sobre a barriga, sentindo o filhote chutar a cada vez que ele dizia alguma coisa. – Eu vou sentir muita falta disso, sério, eu poderia te deixar grávido pra sempre...

– Eu vou sentir falta de você obcecado com isso... – o ômega comentou sorridente enquanto passava os dedos por entre os cabelos embaraçados. – E sobre me deixar grávido pra sempre, não sei se a Ame vai concordar... Algo me diz que não vai...

– Algo me diz que vamos ter que convencê-la... – fez uma careta e ergueu os olhos para encara-lo – Se for menina, como nós vamos chama-la?

– Eu tinha prometido a Ame que chamaria de Amelia, mas, eu acho que duas Amelias na mesma casa não vai dar muito certo. – fez uma pausa – O que você acha de Violet?

– Lindo... E se for menino? – o moreno não conseguia esconder a animação, algo que não passou despercebido aos olhos de Josh.

– Você quer escolher? – o alfa assentiu freneticamente fazendo o ômega rir – Vá em frente.

– Arlo. – disse vitorioso, com um sorriso enorme no rosto.

– Arlo? – Josh juntou as sobrancelhas desconfiado.

– É, eu andei pesquisando, significa “colina fortificada”

– Noah, é o nome do dinossauro daquele filme “O Bom Dinossauro” – Noah deu uma risadinha – Coincidentemente, é o filme preferido da Ame, mas, tudo bem, eu vou acreditar que você “andou pesquisando” Sr. Urrea.

O moreno deixou mais um beijo na barriga do ômega levantando-se logo em seguida para beija-lo nos lábios. Assim que deixou a cozinha, Josh pôde ouvir claramente a vozinha da menina “deu certo papai?”, meneou a cabeça em negação, sorrindo para o nada imaginando que Noah e Amelia pareciam ter a mesma idade quando estavam juntos. E que eles precisavam parar de deixar que a garota escolhesse os nomes dos filhotes.

Agora

Josh já estava no quarto há alguns dias, havia recebido várias visitas, mas, Samuel, Noah e Taylor ficavam mais tempo ao lado dele, dormiam no hospital, e, mesmo que o quarto não comportasse o alfa moreno, Victoria se recusava a sair de lá sem saber se o ômega estava bem, passava as noites na recepção certificando-se de que estavam todos seguros.

Somente os três sabiam da sua presença ali e era o suficiente, ele não queria muita comoção ou curiosidade sobre a sua identidade, assim era mais fácil, evitavam-se as perguntas sobre como haviam se conhecido. Passou aqueles dias em claro, é bem verdade, hora vigiava a porta do quarto onde Noah, Josh e Taylor dormiam, hora o berçário onde o filhote estava. Sempre atento a entrada do hospital, sempre atento aos olhos curiosos. Por várias vezes foi perguntado por que estava ali, sempre inventava desculpas, sempre era acobertado por Noah, sempre tinha notícias de Josh, estava satisfeito.

Já Beauchamp visitou o filhote todos os dias, mesmo que ainda não pudesse segura-lo nos braços. Por ser um bebe prematuro, precisava ganhar um pouco de peso e se fortalecer antes de sair da incubadora. A decisão do nome havia ficado de lado, por assim dizer, preocupações maiores os rodeavam.

– Eu estou bem, pode ir pra casa... – Josh disse de modo carinhoso, segurando a mão livre do alfa, que mantinha a outra firmemente em sua cabeça.

– Você não vai me contar o que aconteceu? – Victoria pediu baixinho, aproveitando os poucos instantes que tinha Josh sozinho.

– Não foi nada demais, o Krystian se perdeu numa rua e...

How to Save a Life • abo || N.B Onde histórias criam vida. Descubra agora