Mais cedo naquele dia, Krystian havia comentado com Bailey que recorreria ao bordel por razões estritamente fisiológicas, nas palavras do rapaz se ele "tivesse que lidar com mais algum ômega puritano que levava uma vida inteira para abrir as pernas, ia vomitar". De fato ele não costumava pagar por sexo, mas, ultimamente estava tendo problemas para convencer ômegas a passar seu hut com ele, parecia uma epidemia monogâmica da moral e dos bons costumes, quando soube por um de seus amigos a respeito daquela rua, não pensou duas vezes.
Além do mais, todo o estresse causado pela presença de Josh deixava seus hormônios à flor da pele, não era novidade que ele se interessava por qualquer ser que se movesse e respirasse, mas, a existência daquele ômega elevava seus instintos à níveis alarmantes, fosse por ser tão cheiroso que seu cérebro só conseguia formular pensamentos obscenos, fosse por estar onde estava, Josh Beauchamp enlouquecia o rapaz, parecia um dejavu.
Assim que parou em frente ao prédio, o alfa chinês engoliu o seco, pagar para transar como o rapaz naquela loja vagabunda havia dito, era realmente humilhante, e ele já começava a se perguntar se era mesmo uma boa ideia... Mesmo assim, não era como se ele tivesse algum tipo de escolha. Suspirou profundamente e uma mistura de cheiros deixou-o atordoado. A presença maciça de uma quantidade razoável de ômegas deixava-o um tanto aceso.
O edifício tinha um pequeno bar no térreo, bem vagabundo ele diria, algumas, muito poucas, mesas estavam espalhadas e duas ou três ômegas serviam os alfas que estavam sentados. Caminhou lentamente até o balcão e sentou-se numa das banquetas. A ômega que preparava as bebidas o encarou com um olhar sugestivo e se aproximou, era alta e magra, tinha o cheiro doce, mas, não era enjoativo. Krystian a encarou e devolveu o sorriso sacana.
– O que você vai querer? - a moça perguntou, parecia interessada.
– Primeiro, saber o seu nome. – deu uma piscadela, tombando a cabeça um pouco para o lado para vê-la melhor.
– Sugar. – ela deu de ombros.
– Seu nome de verdade.
– Você ainda não pagou o suficiente pra saber o meu nome de verdade.
– Justo... Whisky então.
– Mais barato do que o meu nome de verdade.
A ômega serviu a dose num copo pequeno e entregou ao rapaz. Krystian aceitou de bom grado, deixando uma nota de vinte no lugar e tomando-a de uma vez enquanto olhava o local.
– É a sua primeira vez aqui? – o alfa assentiu – Parece meio deslumbrado mesmo... Logo vi que era um virgem.
– Virgens têm desconto? – voltou a olha-la interessado.
– Virgens pagam mais caro, inexperientes não sabem bem o que fazer e tempo é dinheiro.
– Só sou inexperiente no lugar, docinho.
– Claramente, até porque, eu não estou no cardápio e você já quer me comer... – Krystian piscou surpreso – Eu sou só a bartender... Docinho.
– Ouch... Que fora. – fechou a cara fingindo arrependimento.
– Comum em virgens. Mas, fica tranquilo garanhão. Os pratos principais chegam já já. Enquanto você espera, acho melhor tomar mais algumas doses.
– Sim senhora. – repôs o copo que foi novamente cheio, depositou outra nota de vinte e bebeu novamente.
– A propósito, não precisa se dar ao trabalho de cantar ninguém. Aqui você paga pelo serviço, você tem o serviço.
– E a arte da conquista? – fez-se de indignado.
– Bom, se você a dominasse não estaria aqui.
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How to Save a Life • abo || N.B
Fanfiction[CONCLUÍDA] ADAPTAÇÃO AUTORIZADA!! AUTORA @lourrystt Amelia e Josh tiveram uma ligação instantânea, imediata. Ninguém saberia dizer porque, mas, o que importava é que nada a faria se afastar dele. Nada. Adaptação autorizada!