O Amor é mais forte que o Feitiço.

Escapar você não vai não.

Momentos antes, na saída de kaito com o Taum para a fazenda...

-Amor era aquele senhor de novo? Layla pergunta preocupada.

-Sim, mas não se preocupe tem um guardião com nosso menino.

-Você não mandou o seu cachorro filhote com ele né? Sabe que ele ainda está em treinamento, não tem como ele exercer o papel muito bem.

-aaã... não. Mandei não.

Liro sorri nervoso e sua amada acaba percebendo, afinal não tinha como ela não saber após anos vivendo juntos. Ela se aproxima e aponta pras sobrancelhas do amado.

-Mentiroso. -ela ri levemente, e ele abaixa a cabeça derrotado.

-hah... Desculpe eu irei lá, tá bom? Só pra checar, eu prometo.- Liro suspira e toca levemente sua própria cabeça frustrado.

-prometeu tem que cumprir, vossa alteza.- Layla sorri e o beija carinhosamente.

-sim... Minha Senhorita.

Liro sorri com o carinho demonstrado por sua esposa e a abraça, terminando logo após o selo.

-Amor? eu já vou.

Liro diz apossando-se das chaves, já vestido com seu capote e botas, Layla o ouve e vai em sua direção o desejando sorte e cuidado, ele a beija em um sinal de até logo, e dá a partida em sua moto.

Ao chegar na fazenda de Taum Krisfar, notou algo diferente no ar, franzindo as sobrancelhas nota o fazendeiro em um canto da fazenda, com o arado puxado por bois, do outro lado ele sente uma energia suja se apossar de metade do campo.

Deixando a moto estacionada, ele vai em direção ao fazendeiro escondendo sua energia, para o que quer que fosse aquela energia, ela não se alertasse.

-Boa tarde senhor Taum Krisfar, onde está meu filho?

-Boa tarde alteza, eu o pedi que trouxesse o gadanho que se encontrava no depósito, mas o mesmo não retornou a alguns minutos, acredito que ele esteja bebendo água na fonte... -Taum deduz pela sua breve mente.

- Qual a direção dele? -Liro se alerta.

-Não será difícil encontrar alteza, siga pela direita do milharal e irá encontrar uma casinha pequena, do lado tem um chafariz para beber a água. -Krisfor ensinou.

-Obrigado.

Liro rapidamente corre em direção ao milharal, e segue pelo caminho mostrado, ao chegar no local, ele vislumbra o caos ali presente.
Uma casa que virava e se revirava a todo segundo, uma luta imbatível entre um aprendiz e um feiticeiro, e o campo destruído.
Liro se concentrou em saber o destino que aquilo levaria, deixando com que eles seguissem com suas disputas, mas ao perceber a insensibilidade do feiticeiro em relação ao aprendiz de guardião, e a suposta intensão do seu "irmão" em relação ao seu querido filho, não pôde se conter.

Rapidamente avançou contra ambos, separando o aprendiz d feiticeiro, ao pousar seus pés rápidos no chão, se virou contra o feiticeiro e traçando com palavras um círculo em volta do feiticeiro, recitou.

-Retiro de palabra Shiro en plata, cadena de bronce.

Após o aparecimento do príncipe, e sua energia ser alastrada pelo local, o feiticeiro rapidamente tentou se teletransportar para outro lugar, mas foi preso pelo círculo energético que o príncipe pôs nele, sentindo a pressão usou de sua magia para lutar ou pelo menos fugir dali, não conseguindo, ao ver o príncipe recitar aquelas palavras incompreensíveis para alguns, se viu em agonia, usou um artefato e quebrou a corrente que o prendia dentro do círculo, fugindo das palavras ele fez uma barreira.

Mas a palavra "Shiro retiro" anulou a barreira criada pelo feiticeiro, logo o mesmo fez um ataque de fogo, porém a prata entrou na frente e resistiu, o fogo do feiticeiro não era forte o suficiente.
Ao ser atingido pela prata, uma cadeia de bronze se formou a sua volta, e o prendeu, impedindo -o de ultilizar sua magia, e de ser ajudado.

Nesse exato momento a casa parou de se mover, e pousou no chão cuidadosamente, como se nunca houvesse saído de lá, o campo destruído voltou a ser verde e natural novamente, e seu aprendiz de guardião estava de joelhos pedindo perdão pelo erro de não conseguir proteger o menino.

-Não foi erro seu, foi minha precipitação, você não estava pronto e eu exigi muito de ti, volte para casa e descanse. -Liro viu uma pontada de desespero no fundo do olhar de seu subordinado, e entendeu a causa.
-Treine quando se recuperar, você não vai estar dispensado, só quero que se recupere.

Aquelas palavras foram bastantes para que seu aprendiz se sentisse aliviado, e após uma reverência retornou às sombras da terra.

-Quanto a você... Não adianta tentar invocar ou produzir magia. Esta cela é especial, diminui seu poder e aumenta a defesa dela mesma, e mesmo que você não a alimente ela é auto sustentável, com surpresas incríveis dentro de si, perfeita pra tipos como você.

Liro sorri maníacamente com a ideia a qual lhe surgiu, e vendo o olhar agonizante do feiticeiro, chama um carcereiro ordenando ao mesmo, determinada cela para o convidado ilustre.

-não se preocupe, seu companheiro de quarto é muito cuidadoso, vocês vão se dar bem.

Liro não esconde o sorriso, para o desespero do feiticeiro, saiu de uma dívida para entrar em uma armadilha, sua vida estava fadada a se ferrar mesmo, assim o feiticeiro pensava.

Após seus problemas de fora estarem resolvidos, Liro se concentrou no seu bem precioso, fez de tudo para fingir que não se importava com o menino em frente aos olhos curiosos da mata, mas ao entrar dentro do armazém/depósito... Seu coração apertou.