Estabanada

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Carlos deixou os remédios em cima da cômoda, foi até a cozinha preparar algo nutritivo, já

estava amanhecendo, o nascer do sol podia ser visto pela ampla janela de seu

apartamento, era uma visão deslumbrante.

"Isso é romântico" pensou ele, imaginando como seria compartilhar aquela visão com outra

pessoa, mas logo varreu esses pensamentos ordinários da sua mente.

Carlos subiu com uma bandeja de café da manhã, mas para sua surpresa Débora estava

deitada toda largada em sua cama, ele apoiou a bandeja no criado, a beijou na bochecha.

Deitou-se ao lado dela na cama, tendo o cuidado de não perturbar o sono dela. Ele a

observou dormir e nem se deu conta quando ele próprio adormeceu.

Débora acordou, confusa, esfregou os olhos com preguiça, olhou para o lado e não

reconheceu o quarto, quando viu Carlos dormindo ao seu lado seu coração falhou uma

batida.

Ela o observou com a mente ainda turva. Ele era muito lindo. Os ângulos do seu rosto eram

marcantes, havia algo de cativante na forma dos lábios. Seus cílios descansavam

suavemente contra sua pele. Ele era alto e o corpo era musculoso, mas não em excesso,

era muito atlético. Ela levantou a mão para tocar o cabelo macio ou as bonitinhas sardas no

nariz dele, mas parou de repente.

Sua mente estalou e de forma automática Débora chutou-o para fora da cama. Ela se

encolheu com o baque do corpo dele encontrando o assoalho.

— Porra! - Ele praguejou. — Débora, por que fez isso? - Ele tocou a parte de trás da cabeça,

sentando-se no chão.

Débora o ignorou, olhou para baixo, ele estava vestida pelo menos. Se levantou e cruzou os

braços.

— Como... como eu cheguei aqui? - Ela murmurou, correndo os olhos pelo quarto de

Carlos. — O que nós fizemos?

Seu rubor não passou despercebido por Carlos, que a brindou com um dos seus belos

sorrisos marotos.

— Você ficou muito bêbada ontem. Muito bêbada. Me chamou de "gato" e aqui estamos.

Você queria muito conhecer a minha casa... se é que você me entende.

Débora sentiu suas bochechas arderem e sua respiração descompassada.

— Impossível, não mesmo, ainda mais com essa barriguinha, de "preciso malhar"

totalmente fora do meu padrão. - Obviamente era uma mentira, ele tinha um tanquinho

invejável que dava água na boca.

Carlos riu e respondeu com escárnio — Sua bunda é flácida, mas você não me ouviu dizer

isso. - Ele fez uma careta — Oops.

— Flácido deve ser seu pau. - A resposta saiu mais rápido do que ela podia controlar.

Ela, levou as mãos a boca tão rápido quanto as palavras a deixaram, mas era tarde demais.

Carlos deu uma gargalhada. — Quem diria que palavras tão rudes poderiam sair dessa sua

CEO : Ego feridoOnde histórias criam vida. Descubra agora