CEO : Ego ferido

Reunião

Na hora do almoço, Débora se preparava para a reunião que teria. Com muito esforço ela lutava para equilibrar as malditas pastas e a bolsa que não auxiliava em nada no trabalho de tornar aquela tarefa mais fácil.

Quando ela conseguiu pegar o elevador, parabenizou a si mesma. Se conseguisse chegar ao carro com todos aqueles documentos sua batalha com as pastas estaria vencida. Mas assim que chegou ao hall de entrada, ela se atrapalhou e as pastas vieram abaixo.

Debbie respirou fundo, passou as mãos pelos fios de cabelo e fechou os olhos, contando até cinco para tentar conter o estresse e a frustração.

— Minha doce princesinha. - Tyler murmurou com um tom de voz irônico. — Cansou de dar ordens por aí? Você tem o que? Centenas de funcionários. Poderia simplesmente mandar alguém trazer para você. - Ele deu de ombros. —Pelo menos não ia se estressar tanto.

— Não enche, Tyler. Não estou tendo um bom dia. — Débora se abaixou para pegar as drogas das pastas.

Tyler revirou os olhos e respirou profundamente.

— Hey, você! - Ele disse apontando para a secretária de Débora que parecia muito entretida em uma conversa para

prestar atenção ao redor. — Pare de perder tempo com fofocas e ajude a sua chefe. Você não está sendo paga para

fofocar!

A garota correu para ajudar, organizando e recolhendo os papéis o mais rápido que podia. — Desculpe, senhorita,aqui estão. - Ela esticou os braços com os documentos para Débora.

— Eu levo. - Tyler disse, pegando as pastas das mãos da secretária.

Eles se afastaram em direção ao estacionamento deixando a secretária para trás.

— Você não pode simplesmente dar ordens aos meus funcionários. Você não ficaria feliz se eu desse ordens aos seus,ficaria?

— Não. - Ele debochou. — Afinal, ao contrário de você eu sei lidar com as pessoas que trabalham para mim.

— Por que você não vai se foder? - Débora disse irritada, apertando o passo e deixando o rapaz para trás.

— Mas o que diabos, há de errado com essa garota? - Tyler questionou baixinho, ele balançou a cabeça negativamente.

— Vamos no meu carro.

— Não, nós vamos no meu carro. - Ele destravou a porta.

— E por quê?

— Porque eu quero. - Ele deu de ombros, entrou no banco do passageiro. — E porque sei que meu carro é limpo e organizado. - Ele jogou as chaves para ela. - Você dirige.

— Tá dizendo que eu não sou limpa? - Ela perguntou com raiva, assim que entrou no carro.

— Não. Estou dizendo que confio no meu senso de limpeza. - Ele minuciosamente organizou os papéis e as pastas um a um e as colocou no banco de trás.

— Você parece ter um tipo de T.O.C - Resmungou ela, colocando a chave na ignição.

— Não tenho toque. - Ele riu e então a provocou. — Mas, eu estive na sua sala, é uma bagunça total. Uma zona. E eu gosto de tudo limpo e no lugar, princesa.

Débora lançou um olhar de ódio para ele. — Vá se foder, sério.

Tyler riu.

— Só se for com você.

— Nos seus sonhos.

— Dá última vez, você disse que nunca me beijaria... - Débora tirou uma das mãos do volante e o socou no braço.