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Débora esperou que Carlos e Tyler voltassem da sua reunião particular. Enquanto esperava não podia deixar de sentir o nervosismo corroer suas entranhas, o ar era uma camada espessa e era difícil respirar, havia aquela sensação gelada de desespero que, ela nem mesmo sabia de onde vinha, mas estava lá e a atormentava toda vez.

Seu cérebro era uma armadilha perversa.

Quanto mais tempo demoravam, mas em pânico, ela se sentia, não entendia porquê, não havia qualquer razão lógica por trás do sentimento.

Ela fechou os olhos e tentou respirar profundamente, quando as respirações surtiram efeito, ela pegou o celular, plugou os fones e tentou se distrair com vídeos engraçados na internet. E finalmente a sensação de desespero e angústia que sentia foi diminuindo.

Ela sentiu antes de ver,  Tyler gentilmente tocou o ombro dela, desviando seu foco do vídeo que assistia.

Debbie o encarou e percebeu que o cabelo dele estava molhado e ele parecia ridiculamente limpo e suas roupas ridiculamente passadas. Ela desviou a atenção para Carlos que também estava no mesmo molde.

Debbie arqueou uma sobrancelha, olhando os dos rapazes, com um olhar divertido.

— Que olhar é esse?  - Ele deu um peteleco na testa dela. — Pare de assistir Doramas, isso está derretendo seu cérebro.

— Aí! - Debora protestou, colocando a mão na testa. — Bem, boa coisa que eu tenho você para me lembrar que a ficção e a realidade são diferentes.

 — Sempre aqui para colocar seus pés no chão. - Ele deu a ela um sorriso sarcástico. — Mas, pelo menos, você pode dizer que eu tenho a beleza de um idol.  Você pode se gabar sobre isso para suas amigas, isso pode aumentar alguns pontos de popularidade.

— Você é tão cheio de si que deve achar que a palavra humildade é um erro de digitação.  - Débora rebateu, revirando os olhos.

— E não é? - Ele fingiu choque absoluto.

Tyler se sentou ao lado de Debbie, mas não tocou nela. Ele queria envolver seus braços ao redor dela, mas já tinha forçado a si mesmo o suficiente ao tocá - la quando ela era uma incubadora de germes ambulantes depois que abraçou Carlos.

— Ah, então... - Débora começou, olhando para Carlos que ainda estava parado diante deles.

Carlos observou a dinâmica confortável entre eles e sentiu seu estômago se contorcer, embora seu rosto não demonstrava nenhuma reação, ele sabia que tinha perdido espaço, muitas coisas ficaram claras para ele na Itália. Coisas que o atormentaram por um bom tempo, mas que ele esperava poder remediar.

— Por que não atendeu minhas ligações? - Ela sabia que não podia perguntar sobre as coisas da família dele, mas se jogasse direito poderia ter as respostas para a maioria das suas perguntas.

— Fiquei enrolado por um tempo. - Carlos murmurou.  — Eu não deixaria de te ligar, se houvesse uma opção.

— É só isso que vou receber?

— É complicado. Faz parte do trabalho. - Carlos olhou para Tyler, como se pedisse ajuda, mas Tyler só deu de ombros e deu a ele um olhar de; Isso é problema seu. —  Quanto menos souber, mais seguro é.

Débora revirou os olhos para ele, seriamente tinha esquecido o quão frustrante Carlos podia ser. Ele deve ter visto o olhar de irritação nos olhos dela, porque emendou logo em seguida.

— A questão é que, se eu falasse com você, poderia te colocar em perigo. - Ele olhou para Tyler e depois para ela novamente. — Minha família é mais parecida com a do Tyler do que você imagina.

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⏰ Última atualização: Oct 04, 2023 ⏰

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CEO : Ego feridoOnde histórias criam vida. Descubra agora