* Não revisado *
𓈈𓂃 ࣪˖ ִֶָ ⎚-⎚ 𓂃 ࣪˖ ִֶָ 𓈈Adora ficou encarando o papel amassado em mãos por longos segundos, e quando pegou a melhor caneta esferográfica que tinha do estojo — um presente do seu falecido avô —, desejou que ao escrever uma resposta naquele papel, ela realmente desse sorte.
Seu avô era completamente fissurado por canetas de todos os tipos. As clássicas, luxuosas, feitas em diferentes países, esferográficas ou tinteiros. Tinha até um cômodo na sua mansão apenas para suas coleções separadas por categorias.
Adora ganhou uma revestida em platina no seu aniversário de dezesseis anos. Pouco antes do Sr. Grayskull vir a dar seu último suspiro. Ele dizia que aquela era especial, pois dava sorte.
A neta não sabia bem se acreditava naquela história, mas achava bonito demais quando ele dizia isso, porque a verdade era que aquela caneta tinha sido do mesmo modelo que ele usou para enviar cartas de amor para sua avó quando ainda eram jovens.
A sorte da caneta, para o senhor Grayskull, era motivada por conseguir conquistar o coração do amor da sua vida. E Adora não sabia bem o que era isso: a sensação de conquistar o coração de alguém e ter o seu completamente entregue também. No entanto, sabia que devia ser um sentimento precioso.
Assim, a mesma caneta que só usava para fazer provas, naquele dia, Adora a pegou e a usou no pequeno pedaço de papel amassado.
"Hey, Catra"
Mordeu a parte interna da bochecha, pensando no que poderia falar a mais, puxar assunto ou qualquer coisa que fizesse Catra querer continuar falando com ela.
Então, batendo um pouco a traseira da caneta na mesa, escreveu mais outra coisa.
"Em que posso ajudar?"
Soou péssimo depois que leu e releu. Mas já estava escrito com caneta, não tinha mais como apagar e Adora odiava riscar papéis. Por isso, deslizando a palma da mão pelo rosto, a loira amassou o papel de volta e arremessou na mesa bem atrás da sua, atraindo alguns olhares de alunos. Contudo, não sendo vista pela professora de costa escrevendo no quadro branco.
Adora não recebeu uma resposta durante o resto da aula, e não conseguiu prestar atenção em absolutamente nada do que a professora Angela estava dizendo, por mais que gostasse muito de matemática e dominasse ela.
Catra, por sua vez, estava focada em anotar tudo que a professora escrevia e prestar atenção nos menores detalhes da explicação, como se sua vida dependesse disso. Porque a verdade era que a vida acadêmica dependia ㅡ Catra era péssima com números.
Até se esqueceu do bilhete, o guardando no bolso da calça cargo.
A primeira aula se passou arrastada para Adora, que infelizmente não prestava tanta atenção assim. Contudo, a segunda aula de matemática no dia foi mais fluida, pois já estava conformada com a ideia de que talvez seu bilhete nem fosse respondido. E tudo bem.
Usava um fichário, que cuidava como se fosse seu filho. A letra de Adora era redonda, semelhante as fontes comuns de celular, e perfeitamente alinhada ㅡ Como todo o resto quando se tratava dela. O cabelo bem penteado, as lentes dos óculos sempre limpas, a roupa sempre passada e os cadaços amarrados.
Tudo nela era planejado, por mais desastrada que fosse. Sua rotina, sonhos e projetos. Tudo estava registrado em algum espaço da sua agenda pessoal ㅡ ou da agenda financeira, do ensino médio, curso... tinha uma para cada área.
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Hey Bebê - Catradora🏳️⚧️
Fanfiction[NÃO REVISADO] Catherine Williams, uma jovem totalmente introvertida e reservada ㅡ quase invisível na escola e na sua própria casa ㅡ tem todos seus planos disparados no ralo ao descobrir uma gravidez indesejada. Grávida de uma pessoa rica, influent...