035

11.6K 1.1K 344
                                        

CHIPRE WOODS

Bato forte a porta do apartamento, totalmente irritada com a situação. Tiro os saltos altos e jogo em um canto qualquer, escuto a porta sendo aberta, porém não dou bola. Vou andando em direção ao nosso quarto, caçando o zíper do vestido nas minhas costas. Sinto os dedos dele arrodearem meu braço e apertarem forte minha pele. Me viro em sua direção, com os olhos soltando faíscas de raiva. Toda vez é assim, saímos para nos divertirmos com nossos poucos amigos e brigamos, sei que nossos amigos já estão de saco cheio disso e daqui a pouco vão parar de convidar nós.

- Você está me machucando - digo tentando desvencilhar meu braço de sua mão - me larga, Jason!

- Eu vi você dando mole para aquele cara - o moreno me acusa, apertando mais forte seus dedos, provavelmente ficarei com marcas - você é uma puta.

- Você é maluco - rio sem humor, dando um leve empurro nele.

- Maluco? - seus olhos estão vermelhos por conta do álcool que percorre suas veias - eu vi com meus próprios olhos você se oferecendo para aquele cara, Chipre.

- Não me ofereci coisa nenhuma - retruco com a voz séria - eu estava dançando para você!

- Estava nada - reviro meus olhos e consigo soltar meu braço dele, vou até nosso quarto e pego a primeira bolsa que vejo pela frente - onde você pensa que vai?

- Vou dormir na casa da Eloise - informo sem olhar na sua cara - não vou ficar aqui com você nesse estado.

Assim que viro meu corpo em sua direção, vejo sua grande mão voando no ar, atingindo o lado esquerdo do meu rosto. Meu primeiro instinto é gritar, o segundo, é tentar correr do local. Suas mãos agarram meus cabelos, me puxando para trás, acabo caindo no chão, sentindo o impacto dos meus ossos ao sofrerem o contato com o piso. Lágrimas já rolam pelo meu rosto, pois já sei o que estará por vir, não é a primeira vez e sei que não será a última, porque não irei conseguir me livrar de Jason e do nosso relacionamento. Ele é a única pessoa que me restou no mundo, dependo dele, mas além disso, eu o amo tanto e quem saiba, possa fazê-lo mudar.

- Você acha que sou burro? - ele grita dando um chute na lateral do meu corpo - você vai é ir dar para aquele cara, sua puta.

- Jason, por favor - suplico pondo meus braços na frente do rosto, para proteger a região.

- Você é tão feia Chipre, deveria me agradecer por estar com você - segundo chute - você é sem graça, não tem nada de bonita, eu faço um favor em comer você - terceiro chute - sua cadela, vagabunda - quarto chute.

O ar já não entra mais pelos meus pulmões, minha visão vai ficando embasada. Então Jason para, fecho meus olhos e tento captar todo oxigênio que consigo, mas por conta da dor que estou sentido, não consigo respirar direito. Suas mãos seguram minha cintura, me tirando do chão e jogando-me na cama. Vejo o moreno tirar a camisa e abrir o cinto, mordo meu lábio, já sabendo o que ele irá fazer. Volto a fechar meus olhos, contando mentalmente até cem, esperando passar o sexo forçado e os diversos tapas e socos que ele distribui pelo meu corpo.

Quando abro meus olhos, um grito escapa dos meus lábios, meu corpo inteiro está tremendo e consigo sentir as dores nos locais que Jason geralmente me batia. Encaro o teto do quarto, apenas para certificar que estou em Palm Beach, na Flórida, não em Oregon, não no apartamento de Jason, mas sim na minha casa, onde moro com a minha família.

Uma troca de favores Onde histórias criam vida. Descubra agora