³¹2️⃣Bᴀᴛғᴀᴍɪʟɪᴀ - Sᴇǫᴜᴇsᴛʀᴏ

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— Não, por favor. Me solta. — Você geme e se move desesperadamente. — Não me leve, por favor.

— Querida, querida, acorde, é só um sonho.

Você acorda sem ar, com o peito saltando, suor escorrendo de sua testa, e sua mãe ajoelhada ao seu lado da cama.

— Eu não entendo, sempre esse mesmo sonho, esse maldito sonho. — Você tira a coberta de seu corpo e se levanta da cama. — Eu não quero dormir mais.

— É só um sonho bobo, vem eu fiz café da manhã para nós duas.

— E o papai? — Você a segue até a cozinha.

— Saiu mais cedo hoje, mas disse que tem uma surpresa para nós durante o jantar.

Você se sentou a mesa e foi servindo sua caneca com sua bebida quente favorita, sua mãe encara as torradas pensativa. 13 anos, fazia 13 anos que você tinha esse mesmo sonho, você tentava falar sobre com seus pais, mas eles desconversaram, eles te diziam que era melhor ignorar, você embora ficasse muito frustrada não tocava mais tanto no assunto.

Desde que eles te trouxeram para casa, eles fizeram uma limpa em sua mente, tentaram colocar novas memórias, novas informações, tudo para que você esquecesse do seu passado e do período traumático que viveu, tudo agora não passava de lampejos, de memórias reprimidas, que você revivia em pesadelos, em quase todas as noites.

{...}

— Elizabeth, não acredito que não está pronta ainda. — Sua mãe para na porta de seu quarto. — Vamos nos atrasar assim.

— Pronto, pronto, já vou. — Você sai do quarto colocando sua pulseira. — O que deve ser essa surpresa? Espero que seja um carro.

— Você é muito nova ainda para ter um carro.

— Mãe, eu tenho 16 anos, todas as minhas amigas já dirigem e eu...

— Chega Elizabeth, eu disse que está nova demais! — Ela te corta.

— Desculpa, mamãe. — Você entra no carona e ela no banco do motorista.

— Desculpa querida, é só que, eu me preocupo tanto com você, só de pensar em você dirigindo um carro, já me dá um aperto no coração, perder você seria a pior coisa do mundo para mim.

Você apenas dá a ela um sorriso fraco. Toda vez que ela era super protetora, você se martirizava pensando que era uma filha ruim, afinal sua mãe deve saber o que é melhor para você, então você se sentia culpada por sentir raiva, você não podia sair com seus amigos, não podia viver sua vida no auge de sua adolescência, porque ela tinha esse medo de que você fosse esvair entre os dedos. Era difícil compreender que para ela aquilo era o seu bem, mas você só queria se divertir.

— Minhas lindas mulheres da minha vida. — Seu pai se levanta da mesa para receber vocês duas. — Sentem-se, eu pedi vinho.

— Posso beber também?

IᗰᗩGIᘉᕮS ᗞᑕ ᕮ ᗰᗩᖇᐯᕮᒪ ⁽ˡᶦᵛʳᵒ ²⁾Onde histórias criam vida. Descubra agora