Capítulo 2. Corre.

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Hope correu até um pequeno espaço aberto na floresta. Confusa sobre o que tinha visto a pouco.

Em anos nunca viu um lobo tão grande, e sabia muito bem o que se escondia embaixo do pelo de animal.

Felizmente conseguiu carne e sangue o suficiente por um tempinho, não que sangue de animal fosse 100% satisfatório. Sinceramente como Stephan se mantinha com isso?

Hope foi marchando a passos de lobo até a sua casa, que ficava a beira da floresta, algo bem prático de sua nova casa.

Voltando dolorosamente a forma humana, Hope se jogou na janela e entrou no seu quarto, doida para tirar a terra e o sangue de seu corpo.

Após o banho, a garota se jogou na cama para um nescessário descanso. E se permitiu pensar um pouco sobre seu dia.

Estava tudo normal. Bom, o mais normal possível na vida de uma tríbida. Acordar cedo, arrumar a casa, terminar a papelada... Mas desde que se mudou para Forks, havia algo de estranho com o seu lobo. Estava o tempo todo inquieto o que deixava a garota do mesmo jeito. Achou que uma caçada cairia bem.

Realmente, a caçada lhe fez bem até encontrar aquele lobo.

Era um lobisomem, a garota não tinha dúvida, mas ela nunca tinha visto um tão grande, nem mesmo sua mãe era assim. Além disso, algo naquele lobisomem a deixou levemente desestabilizada.

Não sabia o que era, apenas que estava extremamente intrigada com ele.

Passou um tempo pensando sobre antes de adormecer, nem ao menos se lembrava do que estava pensando, mas com certeza não tinha nada ver com o sonho que veio a ter.

Estava de volta a Mystic Falls, a academia. Novamente suas mãos estavam cheias de sangue, novamente recebeu o olhar desaprovador do homem que considerou como um pai, o olhar de horror nós olhos da garota que lhe odiou por anos. Todos a chamando de monstro, todos a comparando com seu pai...

Hope acordou num susto, em um salto com os olhos cheios de veias negras e a garganta queimando. O que aconteceu para estar com tanta cede?

Aos poucos, a garota foi se acalmando e seus olhos voltaram ao azul normal mas ainda tinha cede.

Novamente, a garota saiu para caçar, mas na forma humana dessa vez, se transformar requeria um esforço que seu corpo preguiçoso não estava disposto a ter.

A melhor decisão que teve desde que fugiu foi uma casa na beira da floresta. Se estava com fome era apenas pular a janela e correr.

O anel de proteção não era tão importante em Forks, ficava em casa na maior parte do tempo e na cidade chovia a cada meia hora. Principalmente agora de noite. Hope se sentiu confiante o suficiente para sair e deixar o anal lacrado magicamente.

Na caçada, Hope lutou internamente entre atacar um cervo e esperar por algo maior, sua garganta queimava tanto que tinha certeza que não iria se satisfazer com uma pequena presa.

Mas, cansada de esperar, ela se preparou para atacar, parando imediatamente ao ouvir sons de paços. Paços velozes e praticamente silenciosos.

Curiosa demais para sair da floresta, a garota usou um feitiço de camuflagem simples antes de se encostar em uma árvore.

- Tem um aqui! - disse uma voz masculina.

Os passos foram se aproximando. 2 pessoas no máximo.

Duas pessoas apareceram no campo de visão da garota, mesmo não identificando ninguém, ela os observou. Mais por curiosidade do que qualquer outra coisa.

Uma garota baixinha de cabelos negros curtos e rebeldes e o garoto era alto e extremamente forte. Mas a coisa pela qual Hope prestou mais atenção foi os olhos negros, bem parecidos com os seus quando estava com sede.

Maravilha, pensou com sarcasmo, um lobisomens e agora vampiros. O que mais vem agora?

Os dois conversavam com uma calma engraçada. Pareciam irmãos travessos bolando um plano.

- Você sabe que esse cervo é pequeno para nós dois certo?- a garota perguntou de braços cruzados.

- Eu sei Alice, mas estamos correndo faz um tempinho, não tem algo maior aqui pra comer!- o garoto resmungou pelo olhar severo da mais baixa.

Hope estava considerando partir, mas parou ao ouvir sobre caçar nas montanhas. Parecia que tinha coisas melhores, e como aquele cervo já havia fugido, não viu outra escolha.

Quando os dois saíram, Hope saiu da camuflagem e seguiu o rastro dos outros dois vampiros.

A corrida foi chata e cansativa para alguém que estava morrendo de cede, mas finalmente chegaram nas tais montanhas.

Um lugar pequeno e coberto de neve. Provavelmente o ponto mais alta daquela cidadezinha.

Hope seguiu cautelosamente os dois vampiros.

- Nós separamos? Essa área tá cheia mesmo...

Não importava quem havia falado. Hope apenas correu na direção oposta, dando a volta até achar algum animal que curasse a sua fome.

Após longos minutos, ela encontrou um puma, na mesma posição de caça que estava horas atrás. Não perdeu tempo e saltou sobre o animal paralisando-o imediatamente para facilitar o processo antes de fincar as pressas na fera.

O animal gritou mas ela mal se importou. Ter sangue em seus lábios era maravilhoso. Não tanto quanto o de...

Seus pensamentos foram interrompidos por um som de surpresa. A garota olhou para a direção do som e viu a baixinha, Alice se não estava enganada a olhando com olhos brilhando. Não sabia se era pelo sangue ou por a situação inteira, mas Hope não ligou, terminou o pouco sangue que restava e se transformar em lobo para facilitar a fuga.

O olhar de surpresa em Alice rapidamente se tornou horror e confusão. Acompanhando o lobo branco antes do mesmo fugir de seu campo de visão.

- O que foi Alic...-Emmett começou mas parou ao ver o cadáver esquelético do que antes era um puma- Você realmente estava com fome né?

- Não fui eu...- ela murmurou antes de correr pra outra direção.

Emmett pensou em segui-la mas foi só esperar alguns minutos que Alice voltou limpando a boca, os olhos clareando lentamente.

- Vamos pra casa. Agora!

Emmett obedeceu. Obviamente a voz de Alice não tinha aberturas para recusas.

Quando se aproximavam da casa de Carlisle, Edward já os esperavam na porta da casa com olhar sério de sempre.

- O que houve Alice?- ele perguntou, e na costumeira troca de olhares, Edward mudou a expressão pra surpresa - Quando isso?

- Agora pouco. Eu não senti o cheiro dela, nem vi ela na floresta. - Alice respondeu agitada.

- Alguém pode me esclarecer?- Emmett disse cruzando os braços e Edward apontou para a porta.

- Temos que falar para Carlisle.

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