Um brilho no Crepúsculo

Capítulo 10. Imprinting

Hope e Edward não pararam até que o urso estivesse completamente seco, se sentindo saciadas após isso.

- Você está melhor?- Hope perguntou ofegando.

- Estou sim!- Edward suspirou discretamente tentando desviar os seus olhos do corpo nu da garota.

- Preciso ir para casa colocar uma roupa, - ela comentou em tom risonho cruzando os braços sobre o peito vendo o corpo de Edward se contrair e ele virar o rosto- Acha que sua família tem algo a mais pra me dizer?

- Acho que não mas...- ele queria inventar uma desculpa para que eles continuassem a caminhada mas ele estava sem ideias e com um sincero medo de perder o controle de seu corpo se continuar vendo a ruiva daquele jeito.

- Até mais tarde então!- Hope sorriu se transformando em lobo e correndo pela floresta.

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Nada é melhor do que o conforto do lar, uma casa pequena de dois andares, quente, aconchegante e irritantemente vazia.

Ela chegou em casa pouco tempo depois de se alimentar junto com Edward e estava irritantemente entediada desde então.

Os livros de feitiços avançados eram desinteressantes, Netflix tinha sempre as mesmas coisas e ela tinha uma pulsa atrás da orelha dizendo que algo de errado não estava certo...

Andando até o pequeno deque da casa, Hope se depara com um lobo marrom muito familiar lhe encarando do meio da mata.

Hope imediatamente subiu para o seu quarto, voltando segundos depois com um conjunto de roupas masculinas, sorrindo de canto quando viu que o Lobo ainda estava lá.

- Vista e vamos conversar. - Hope falou quase como uma ordem e se virou voltando para dentro.

O lobo observou as roupas antes de voltar ao corpo humano. Se vestiu em uma velocidade rápida para o desgosto de Hope que se divertiu vendo o corpo malhado e bronzeado do homem.

- Entre!- ela disse para o lobo marrom, agora um homem lindo. Ela não tinha certeza se lobos precisavam de convite para entrar mas não quis arriscar.

Seven observava Hope na mesma intensidade que a garota fazia. Ela sempre viu um lobo grande e marrom, aquela imagem era nova.

Seven era alto, corpo magro mas musculoso e bronzeado. Com um cabelo castanho escuro e olhos cor de mel, semelhantes aos de Edward. Ele era lindo.

- Por que está aqui?- Hope perguntou quando decidiu de parar de encarar.

- Você me convidou- Seven respondeu e sorriu vendo a garota revirar os olhos.

- Você tá me seguindo!- ela disse por fim.

Seven suspirou. Era verdade, até um cego veria isso, mas como ele explicaria para ela que por culpa do seu lobo, ele não conseguia viver em paz sem ela? Que eles estavam destinados a ficarem juntos e serem felizes e blá blá blá. Como ele falaria isso sem que Hope saísse correndo achando que ele é um louco pervertido?

- Somos criaturas - ele começou suspirando - a maioria das crianças nascem com um parceiro predestinado e...

- Pera - Hope cortou a explicação olhando Seven com uma raiva latente -  É por isso que você está me seguindo? Você acha que eu sou uma alma gêmea ou algo do tipo?

Seven se mecheu desconfortavelmente, era óbvio essa reação, o que ele esperava? Ele deu um passo na direção da garota com as mãos pra cima em redenção.

- Desde aquele dia em que eu vi você pela primeira vez eu me senti diferente - Ele explicou calmamente - Vai dizer que seu lobo interior não sentiu nada?

Hope balançou a cabeça. Ela sentiu, óbvio que sentiu. Mas também teve reações estranhas ao redor de Edward. Duas almas gêmeas era demais para a cabeça dela aguentar.

Seven deu um passo na direção de Hope e tocou levemente o seu braço sentindo um choque e seu corpo vibrar. Os olhos de Hope brilharam levemente em amarelo e seu corpo amoleceu no toque. Foi algo breve, um leve toque no braço mas foi o suficiente para convencer Hope.

- Isso se chama imprinting, acho que demorou para firmar por que você é meio vampira - Seven disse se afastando levemente - Mas é impossível você olhar nos meus olhos e dizer que não sentiu isso!

Ela queria perguntar do que exatamente ele estava falando. Se ele se referia da sensação de paz e pertencimento, como se ela estivesse correndo por horas e finalmente estivesse em casa, Hope sentiu, óbvio que sentiu e queria sentir mais.

Por um impulso primitivo, Hope se inclinou e beijou Seven. Não foi nada mais que um leve selar de lábios, foi o suficiente para enviar uma corrente elétrica no corpo de ambos, mas não o suficiente para suprimir o desejo de toque. Seven tirou uma mecha do cabelo de Hope antes de beija-la dignamente  firmando ainda mais a ligação de ambos.

Hope se deleirou na sensação, abraçando o pescoço de Seven e aprofundando o beijo. Se sentia realizada, como se fosse o melhor beijo que já recebeu na vida.

- Atrapalho?