Capítulo 11. Dois? Jura??

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Edward voltou para casa depois que Hope saiu. Sua cabeça martelando pelos acontecimentos vividos.

Algo em Hope o fazia se sentir estranho, como se seu coração congelado voltasse a bater quando ela estivesse por perto. Como se ela fosse a razão de anos de existência.

Mas não fazia sentido. Quem tem imprinting são lobisomens, e Edward sabia que a garota era alma gêmea de Seven, uma vez que sondou minuciosamente os pensamentos do lobo sobre ela.

Mas mesmo assim, estar perto de Hope era se sentir vivo, era uma excitação incomoda e ao mesmo tempo insaciável.

Pensou nisso o caminho todo, de forma que só percebeu estar em casa quando Alice o abordou na porta da frente.

- Tá tudo bem? - ela perguntou vendo a expressão perturbada do irmão - Cadê a Hope?

- Ela se transformou em lobisomem e depois foi para casa se trocar. - Edward respondeu ainda avoado encobrindo alguns detalhes - Ela disse que podemos conversar outro dia.

Alice arqueou a sombrancelha e Edward simplesmente deu de ombros e subiu as escadas em direção ao seu quarto.

As coisas estavam lentamente perdendo o sentido para Edward. Ele não acreditava em amor a primeira vista, parecia mais uma desculpa para gente emocionada dizer que está amando alguém. Mas estar com Hope mudava esses conceitos seus.

O cheio que Hope transmitia era inebriante, lhe excitava e também dava uma sensação de paz e pertencimento. Ter estado tão perto de Hope fez essa sensação aumentar e esse turbilhão de pensamentos estava deixando Edward a beira da loucura.

Enquanto Edward se contorcia para tentar entender seus sentimentos, Alice trabalhava para entender seu passado.

Todo mundo sabia de onde vinha, por que tinha sido transformado, que os transformou, mas Alice não.

O passado dela era um borrão. Ela apenas lembra do momento em que teve a primeira visão, que por acaso foi a de Carlisle. Mas aquelas perguntas eram latentes.

O fato de Hope lhe causar um sentimento de nostalgia deixava Alice incomodada. O que a levou pesquisar sobre as bruxas e os vampiros antigos, principalmente um nome específico: Mikaelson.

→→♪♪•♪♪←←

Edward suspirou. Após anos de existência, ele gostaria de poder ter o prazer de adormecer novamente.

Sua cabeça não parou um segundo, eram tudo sobre a Hope. Os olhos azuis gelidos, o cabelo ruivo ondulado, o rosto redondo, os lábios desenhados em formato de coração deliciosamente vermelhos...

Seu corpo estremeceu ao lembrar dos acontecimentos anteriores. O súbito ciúmes que sentiu, a sede, o sangue, a Hope nua na sua frente ...

Edward sentiu seu corpo reagir, e tentou pensar em outra coisa. Não precisou passar muito tempo na biblioteca de sua casa para descobrir que vampiros antigos geralmente tem um parceiro para compartilhar a força e o poder. Hope era uma tribida, seu pai era o primeiro vampiro e híbrido da história, sua mãe uma lobisomem de linhagem real e sua avó a maior bruxa que já existiu, se parar para pensar isso fazia muito sentido e Edward estava mais do que convencido de que o que sentia ao redor de Hope não era normal.

Usando seu oufato, Edward rastreou a casa de Hope, sentindo o cheiro adoecidado e cítrico da ruiva mas também um outro aroma, mais terroso como grama molhada. A mistura dos dois cheiros fez o vampiro se arrepiar e suspirar, poderia existir apenas respirando aquele cheiro.

Ele travou ao passar silenciosamente pela porta entreaberta, Hope estava em casa, Seven estava com ela e os dois estavam num beijo muito profundo. Por mais que a cena devesse incomodar Edward, a reação que ele teve foi o total oposto. Era incrivelmente excitante assistir aqueles dois.

- Atrapalho?- ele perguntou com um sorriso cínico no rosto e viu os dois se afastarem de maneira quase brusca.

Hope se arrepiou e Seven inesperadamente sorriu, era bom que Edward estivesse ali, tanto ele quanto seu lobo interior sabiam que ele não era o único que o destino resolveu laçar.

- Na verdade não!- o moreno disse também sorrindo cinicamente - Eu estava apenas explicando algumas coisas para Hope.

- É mesmo?- Edward perguntou arquenado a sua sombrancelha, em uma situação normal, ele teria sondado os pensamentos de Seven, mas sua mente era um borrão - Permita-me explicar algumas coisas pra ela também!

Edward se movimentou num piscar de olhos, virando Hope, que observava a cena atordoada, contra o peito de Seven e lhe beijou.

Demorou 1 segundo para a ruiva perceber o que estava acontecendo, mas novamente seu corpo se amoleceu e ela resistiu a vontade de gemer quando Seven lhe abraçar por trás.

O beijo se estendeu por bastante tempo, o oxigênio não sendo realmente uma necessidade para ambos, mas os toques de Edward começaram a ser mais ousado e Hope se afastou.

- Você também?- ela perguntou um tanto arfante e Edward deu de ombros - Eu devo ter jogado uma pedra na cruz, não é possível!- Hope murmurou dramaticamente e ouviu os dois homens que lhe abraçavam, rirem.

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