Capítulo 2

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A porta no final do corredor apareceu na frente deles, e Draco lutou contra a vontade de se virar e correr de volta pelo corredor em direção à segurança. Ele geralmente tentava evitar o perigo, quando possível. Para se manter vivo, não se costumava entrar em situações perigosas e tenta-se evitar ser notado a todo custo.

Mas Potter estava contando com ele para não ser um completo covarde.

Engolindo em seco, ele estendeu a mão e agarrou a maçaneta na porta. Com um grito, ele a soltou e dançou para trás, olhando para a mão em busca de machucados. Não havia nenhum, embora Draco jurasse que podia sentir sua mão queimando quando tocou a maçaneta. Potter estendeu a mão e cutucou a maçaneta com o nó do dedo, puxando apressadamente para trás quando ele também sentiu a sensação de queimação.

— Será que vai realmente queimar minha mão? — Perguntou Potter, encarando desafiadoramente a maçaneta.

— Parece que não, embora isso doa um pouco! — Draco olhou para o anel.

Logo provou que, mesmo que envolvessem as mãos em panos, ainda enviava rajadas de dor pelas mãos, como antes.

Potter desabotoou suas vestes de bruxo e puxou a camisa trouxa que ele tinha por baixo sobre a cabeça. Draco estava momentaneamente distraído enquanto quilômetros de pele lisa eram exibidos bem na frente dele. Potter torceu a camisa como se fosse uma corda e a enrolou na maçaneta da porta. Agarrando a camisa, ele a usou para abrir a porta, e os dois entraram. A porta pesada se fechou atrás deles.

Uma vez terminado, Potter lutou para vestir sua camisa, para grande decepção de Draco.

— Que diabo é isso? — Draco, que agora não estava distraído por Potter seminu, ele examinou a sala na frente deles.

— Parece uma pista de obstáculos.

— Eu sei disso, Potter! Por que está aqui?

Potter ficou em silêncio, e por isso, Draco ficou feliz. Ele já estava pensando em voltar por onde eles vieram. Eles estavam de pé em uma saliência acima de uma queda de dez metros, e na frente deles havia um conjunto de barras obviamente destinadas a serem balançadas. Ele olhou por cima da borda. Havia uma poça de água no fundo, mas isso não significava que ele queria cair nela. Potter estendeu a mão para tocar as barras. Lembrando-se da maçaneta da porta, Draco saltou para frente.

— Não, espere! — Ele agarrou a mão de Potter.

Potter congelou, olhando com os olhos arregalados para onde os dedos de Draco estavam enrolados sobre os seus. Draco tentou engolir o nó em sua garganta. Potter virou seus grandes olhos verdes para Draco, piscando interrogativamente para ele.

— O quê? — Ele perguntou.

— Eu só pensei que poderia ser como a porta! — Draco explicou, desviando o olhar.

— Você não queria que eu me machucasse? — Harry disse, o começo de um sorriso piscando nos cantos de sua boca.

— Ah, não importa! — Draco retrucou, estendendo a mão e agarrando a barra.

Não houve explosão de dor, e a barra permaneceu sólida. Draco suspirou de alívio, então fez uma careta ao lembrar que eles tinham que atravessar aquelas barras estúpidas com água dez metros abaixo dele. Claro, ninguém disse que ele tinha que imitar um macaco sangrento. Agarrando a barra, ele se virou de cabeça para baixo e enganchou os joelhos ao redor da barra acima de sua cabeça. Ele se puxou pela abertura nas barras, de modo que estava sentado em cima delas agora.

— Malfoy, o que você está fazendo? — Potter perguntou, olhando para ele. — Nós temos que atravessar!

— Oh, não me diga. — Draco se levantou, um pouco trêmulo, e começou a atravessar as barras, estendendo os braços para se equilibrar. — Isso é mais rápido de qualquer maneira, certo?

Shackles | Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora