Entraram em uma pequena sala de cimento, e no meio havia um pedestal. Draco tinha lido histórias de aventuras de bruxos o suficiente para saber que esse cenário nunca previa coisas boas.
— O que é aquilo? — Ele perguntou, apontando para o vaso que estava no pedestal.
— É uma penseira, — Potter respondeu, aproximando-se lentamente. — E olhe.
O outro bruxo ergueu um frasco que Draco não havia notado antes.
— Instruções? — Ele arriscou um palpite.
— Memórias, — Potter confirmou, abrindo o frasco e despejando o líquido prateado na penseira. — Acho que, se quisermos continuar, temos que observá-las.
Draco engoliu em seco e parou ao lado de Potter.
— Bem, — ele disse suavemente. — Vamos lá.
Em eles mergulharam.
Um quarto tomou forma ao redor deles, e Draco o reconheceu como um necrotério. Havia três pessoas em pé ao redor de um corpo estendido sobre uma mesa. Draco se aproximou, curioso, e ouviu Potter o seguindo de perto. Era uma jovem, coberta até o pescoço por um lençol. Espalhados ao lado dela havia um conjunto de roupões.
— Esse é Kingsley! — Potter ofegou, olhando para o rosto de um bruxo alto em vestes de auror. — E Olho-Tonto também.
Draco o ignorou e se aproximou do corpo. Ele olhou para o rosto dela, então olhou para as vestes. Não demorou muito para descobrir alguns pequenos detalhes.
— Mestre de Poções. — Ele anunciou para Potter. — Trabalhou para o Ministério.
Potter abandonou os dois aurores e se aproximou dele. — Ok, as roupas são do Ministério. Acho que elas pertencem a ela. Como você sabe que ela é um Mestre de Poções?
— Manchas na frente, vincos de enrolar as mangas até o cotovelo. Chamuscar em uma manga de trabalhar com as chamas do caldeirão. Vamos, Potter. Você via Snape todos os dias em Hogwarts.
— Então por que o rosto e o cabelo dela não estão oleosos? — Perguntou Potter. — Ela parece bastante jovem, também.
— Uma aprendiz, talvez? — Draco caminhou até o corpo, assim que a memória finalmente começou a tocar.
Memória-Kingsley puxou a folha e disse: — Melissa Harburrow, encontrada esta manhã no necrotério. Alguém trouxe este corpo para baixo e o colocou aqui. Ontem à noite, ela ainda estava no laboratório de Poções às nove e meia, quando seu último colega de trabalho foi para casa à noite.
— Quem tem acesso a este lugar? — Exigiu Moody, pegando uma de suas mãos para examiná-la. — Ela não desceu aqui sozinha.
— Já tínhamos uma equipe procurando no laboratório, — Relatou a terceira pessoa, uma mulher de túnica branca. — Não há sinal de que o assassinato tenha ocorrido no laboratório. As proteções foram desmontadas por volta das 2 da manhã e recolocadas às 3. A única razão pela qual a encontramos antes de seu corpo ser cremado foi porque um dos assistentes de laboratório abriu o compartimento errado.
— Isso é escama de cobra, — Draco disse, olhando para a mão que Moody estava examinando. — Grudadas sob as unhas dela. Mas que tipo?
— Ela estava no laboratório de Poções às 9:30 da noite passada. Então, quando ela morreu? — Kingsley perguntou, franzindo a testa.
— O relatório da autópsia está distorcido. A temperatura do corpo dela esfriou muito mais rápido do que normalmente estaria no necrotério. Nosso melhor palpite é entre 12 e 2.
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Shackles | Drarry
Hayran KurguDraco e Harry chegam a uma masmorra sem idéia de como chegaram lá. Eles terão que trabalhar juntos para encontrar uma saída, mas a questão é: eles podem?