Capítulo 6

2.2K 330 27
                                    

Draco segurou sua varinha com mais força na escuridão e sussurrou. — Potter, e agora?

Lumos maximus, — disse Potter, e iluminou o espaço ao redor deles. — Vamos ficar de costas, não sabemos o que vai acontecer.

— Eu posso ver quase toda a sala agora. — Draco se esforçou para enxergar nos cantos escuros que não eram bem visíveis sob a luz do feitiço de Harry.

— É isso que me preocupa, — Harry acrescentou brevemente.

Draco se mexeu até que ele e Harry estivessem de costas um para o outro, e sentir o leve calor do corpo de Harry irradiando ao lado dele era reconfortante. Ele examinou a sala novamente.

— A porta está ali.

Os dois se moveram como uma unidade em direção à porta, Harry primeiro a observar a porta e Draco virado para trás, guardando-os por trás. Harry tentou abri-la, mas a maçaneta se recusou a girar.

Alohomora, — ele sussurrou, e a porta se abriu.

Enquanto eles passavam, a luz os seguia, mas era fácil ver que esta sala era muito maior que a anterior. A luz não lhes permitia ver nem mesmo a maior parte da sala.

— Você acha que nossa luz pode estar nos entregando? — Draco perguntou com uma voz suave.

— Se há alguma coisa lá fora, pode não necessariamente precisar de luz para nos encontrar, enquanto provavelmente precisamos de luz para encontrá-los. — Respondeu Harry, os olhos varrendo a escuridão.

— Se houver um mago lá fora-

— Lançaremos um Homenum revelio. — Harry instruiu e Draco o fez, sentindo-se bobo por ter esquecido.

— Nada. — Ele relatou, embora Harry pudesse ver por si mesmo os resultados.

Eles avançaram, embora nada da sala em que estavam revelasse sua posição. A porta de onde vieram já estava perdida no escuro.

— Dê-me um momento, — Draco ajoelhou, enquanto Harry ficava de guarda sobre ele. Ele rapidamente desenhou um símbolo vermelho brilhante no chão. Em seguida, estendendo a palma da mão, ele murmurou rapidamente o feitiço. — Point Me.

— Certo, vamos lá, — disse Harry, percebendo sem perguntar o que Draco estava fazendo. — Será que conseguiremos ver esse símbolo de longe?

— Ainda melhor, — Draco sorriu severamente. — Eu posso sentir isso. Vai desaparecer em uma hora. Se eu lançar outro, o sentimento do primeiro será diminuído. Dessa forma, podemos tentar manter o controle de onde já estivemos.

— Certo.

Eles andaram em silêncio por um tempo, dando passos uniformes e cautelosos. Tudo o que Draco podia ouvir por mais tempo eram seus próprios passos e a respiração de Harry ao lado dele. Então ele ouviu um barulho. Parecia uma respiração úmida e ruidosa.

— O que é isso? — Ele sussurrou para Harry, lutando contra o desejo de chegar ainda mais perto de Harry.

— Eu não sei. Homenum revelio. — Disse Harry.

Nada.

— Não é um humano. Ótimo. — Harry mordeu o lábio.

A próxima coisa que se tornou aparente foi um cheiro forte do fedor mais horrível que Draco conseguia se lembrar. Cheirava a carne podre. Não demorou muito para eles pudessem vê-lo, já que a criatura não podia se aproximar deles.

— Harry... — Draco sussurrou, avistando uma forma enorme surgindo da escuridão.

A coisa tinha cerca de três metros de altura, e a primeira coisa que Draco viu foram os enormes chifres curvados saindo do crânio da criatura. Ele tinha uma mandíbula longa cheia de dentes amarelos perversamente afiados e a cabeça estava coberta de cabelos longos e grossos. O resto era vagamente humanóide, embora seus membros fossem obscenamente longos e parecessem feitos de pele áspera esticada sobre osso, dando-lhe uma aparência esquelética. Seus braços terminavam em longas garras. À medida que avançava, a temperatura do lugar caiu drasticamente ao ponto de Draco ver sua respiração à sua frente.

Shackles | Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora