• [𝙵𝚊𝚗𝚝𝚊𝚜𝚒𝚊] • [𝚁𝚘𝚖𝚊𝚗𝚌𝚎] • [𝚂𝚞𝚜𝚙𝚎𝚗𝚜𝚎] • [𝚃𝚎𝚛𝚛𝚘𝚛] • [𝙼𝙿𝚁𝙴𝙶] •
Edwin O'Brien está em seu último ano na faculdade, e está prestes a conseguir aquilo que mais almejou desde que ingressou na universidade de Pallos Frans:...
N/A: Desculpem pela demora, acabei me distraindo um pouco, mas aqui estou. Espero que gostem e relevem o capítulo curto, isso estava parado nos rascunhos a quase 1 semana.
Uma boa leitura ❣️
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Fazia pelo menos umas 2 horas desde que Rowan tinha acordado e feito as obrigações dentro de casa, 2 horas que esperava por Edwin, que pendia na beirada do sofá preto. Uma pequena poça de saliva se formava ao lado do seu rosto, o treinador o encarava com aqueles olhos verdes cheios de aros dourados, indiferença brilhava ali.
Suspirou e deixou a xícara já sem chá sobre a estante que mantinha a Tevê. Ele se abaixou, quase apoiando-se no chão coberto por um carpete branco. As mãos pousaram sobre o calor corpóreo de Edwin, a pele tão macia que chegava a formigar sob as palmas de Rowan.
ㅡ Acorda! ㅡ mandou Rowan, balançando-o bruscamente. Edwin gemeu. ㅡ Vai se atrasar.
ㅡ Me deixa dormir ㅡ ralhou Edwin manhoso, virando o rosto para o outro lado.
Impaciente e quase jogando para o alto o seu bom senso, Rowan andou até a cozinha, no cômodo ao lado, e encheu um copo de água. Ele voltou quase marchando, preparado para molhar o seu sofá.
Quando o moreno com a cara amarrada entrou na sala pronto para jogar água na cara de Edwin, o mesmo já estava sentado no sofá. A blusa branca quase amarela grudada ao corpo. Os olhos faiscando ódio encarou Rowan em desafio.
Edwin sorriu cínico. O sono ainda dominava o rosto amassado.
ㅡ Que doce.
ㅡ Você não acordou por nada ㅡ justificou o treinador, alternando o peso do corpo de uma perna para a outra.
Edwin parou de respirar conforme os olhos pousaram sobre as calças e a jaqueta que estavam jogadas no chão da sala. Rowan se sentiu incomodado com o jeito espantoso que o universitário via as roupas largadas. Algo rugiu sob a pele e a cara neutra que Rowan mantia.
ㅡ O que aconteceu?
ㅡ Não é óbvio? ㅡ Rowan arqueou as sobrancelhas. Edwin fez biquinho, esfregando o rosto. ㅡ Não transamos se é isso que o atormenta.
Só então Edwin voltara a respirar normalmente.
ㅡ Graças a Deus.
ㅡ Graças a mim ㅡ retrucou Rowan trincando os dentes. ㅡ Você estava quase implorando pelo meu pau, garoto.
O mais velho enrugou o nariz, indignação maciça esboçada no rosto duro.
ㅡ Olha como você fala comigo!
Edwin estalou a língua e não se impôs ao berro que Rowan lhe deu. O jovem encarou-o igualmente irritado, raiva serpenteando na ponta da língua.
ㅡ Eu falo como eu bem entender.
ㅡ Ogro! ㅡ resmungou Edwin, e começou a catar a jaqueta e as calças que estavam jogadas ao chão.
ㅡ Onde pensa que vai, Fedelho? ㅡ gritou Rowan indo atrás de Edwin, esbarrando em alguma móveis pelo caminho. ㅡ Você nem sabe em que parte da cidade nós estamos.
Edwin parou diante da porta e olhou para trás sobre o ombro, os olhos reluzindo ódio, o nariz dilatando-se como um boi bravo prestes a correr.
ㅡ Eu encontro o caminho.
ㅡ Garoto ㅡ começou Rowan, mas a chave girou e Edwin sumiu porta afora.
Rowan encarou a cena estático no meio do cômodo, os olhos buscando qualquer indício de que o que acabara de acontecer não tivesse passado de um devaneio muito realista. Mas os minutos se passaram e o treinador permanecia ali, nada de Edwin ou de qualquer outra pessoa. Rowan riu baixinho, sentindo o cheiro de Edwin que ainda estava por todos os lados.
•∆•
Depois de perder quase todas as disciplinas do dia, Edwin tinha ido à cantina buscar algo minimamente decente para comer, ou qualquer coisa que fosse fácil de engolir. Ele estava pegando a bandeja de ferro com o almoço quando avistou Margot se aproximando. Estava explícito na cara dela que ela queria conversar.
ㅡ Não ㅡ Edwin interrompeu antes dela começar a falar.
Margot mordeu o lábio inferior olhando para Edwin com ternura.
ㅡ Desculpa por ontem à noite.
Ele bufou erguendo o queixo fino.
ㅡ Não, eu não desculpo ㅡ ralhou Edwin, caminhando para longe de Margot, mas ela o seguiu. ㅡ Não quero conversar com você, Margot.
ㅡ Eu pisei na bola, eu sei, mas será que não podemos tentar… Ser amigos?
ㅡ Amigos não arrastam os outros pra uma roubada ㅡ pontuou Edwin, sentando-se à mesa. Ele deixou a bandeja prateada sobre o móvel e encarou a ruiva irritado. ㅡ Sabe quantos quilômetros eu corri do apartamento do Rowan até o campus?
Margot ponderou por um ou dois segundos antes de manear a cabeça e balançá-la.
ㅡ Não.
Edwin quase rosnou.
ㅡ É! ㅡ grunhiu ele. ㅡ Eu também não sei, mas os calos nos meus pés dizem que foram muitos.
ㅡ Como posso te compensar? ㅡ perguntou Margot sentando-se mesa, de frente para o castanho.
ㅡ Se você fizesse a Aisha afogar no próprio vômito eu faria uma orgia em seu nome.
ㅡ Jura? ㅡ perguntou Margot esperançosa.
Um frio passou pelos calcanhares de Edwin e ele arregalou os olhos, logo depois semicerrou na direção dela. Buscava por uma feição que mostrasse a ele quem ela verdadeiramente era.
ㅡ Está mesmo cogitando essa loucura.
Como uma brisa repentina, ela balançou a cabeça jogando as mãos ao alto. Sorria constrangida e as bochechas queimavam.
ㅡ Desculpa, as vezes sou mais literal do que gostaria.
Edwin deu de ombros.
ㅡ Ainda que fosse divertido ㅡ começou Edwin desviando a atenção do pão duro ao lado da sopa gordurosa para a loura rodeada de vadias de cabelo loiro. ㅡ não seria bom para a minha bússola moral, o que particularmente é um saco.
ㅡ A Aisha não seria tão complacente.
ㅡ Conheço esse jogo!
Um sorriso malicioso surgiu nos lábios de Margot, sob a grossa camada de gloss sabor morango. Os olhos verdes-açafrão brilhavam com as possibilidades.
ㅡ Mesmo?
Enquanto comia o almoço, Edwin tinha que escutar e conversar com Margot. Sempre tendo que controlar a vontade de revirar os olhos, não porque a ruiva falava demais ou falava besteira, mas sim porque ele estava faminto. A corrida do subúrbio de Pallos Frans até a faculdade tinha exaurido ele e a fome infinita comia a pouca paciência que ainda tinha.