Primeiras poesias que escrevi, espirituais e amorosas, desde minha adolescência, nos anos de 1990. Poesias místicas, de meditação, reflexão, intuição, despertar interior, dúvidas e o caminho solitário em contato com o Universo e o interior humano. C...
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Tenha em vista a tenra idade, se sentindo oprimido pelas necessidades intelectuais da escola e o vazio existencial de uma sociedade consumista e que só via as pessoas para a aparência, o jovem poeta que eu era mergulhou dentro de si mesmo através da arte.
Não havia ainda internet, e quando ela surgiu, em meados de 1994, ainda era incipiente, no final da década encontraria outros artistas e poetas online, com qual faria amizade, mas no começo o caminho era de mais completa solidão, enquanto ao redor todos pareciam querer curtir a vida, me sentia igual aos versos que Lao Tsé escreveu certa vez no Tao Te King, 'a aparente fracasso do homem espiritual': "todos andam circunspectos, cheios de iniciativa, só eu não sei o que fazer..."
Porém, buscando conhecer a mim mesmo, para enfrentar meus medos interiores e fraquezas, segui a trilha de contemplar a beleza da natureza e da meditação, afugentando os próprios fantasmas, de repente me vi no meio de um espetáculo de luzes e miríade de estrelas que é a Via Láctea e o Universo como um só, com todos os seres se irmanando na maravilhosa teia da vida, a rede cósmica de Indra que une tudo que é vivo e palpita.
Tenham paciência com esse jovem, que apenas busca ser feliz, e expressar essa beleza inaudita que, de repente, se refletiu dentro do agora límpido espelho de sua mente, mesmo que um breve e fugaz instante, como um lampejo de uma estrela cadente que cai...
