Um certo dia
num incerto lugar
ou seja
numa rua movimentada
com seres insensíveis
e distantes
vagos
e frios
numa selva de pedra
de aço
aconteceu
o fracasso
de caminhar e não ter destino algum.
De olhar como medo e precaução
numa rua movimentada
caminham e não chegam a lugar nenhum
se alguém cai, ninguém o levanta
são como formigas numa trilha
queria ser sua mais suave
mas não a como.
São demônios de uma cidade
de concreto maldito
de canibais
cheia de opressão
e de strass
vão sem rumo
perdidos
sem compaixão
insensíveis
são como robôs
distantes
dominados como marionetes
pelos seus próprios diabos
e assim vão
todos os dias
em todas as vidas
caminhando
e indo a lugar nenhum.
junho/1993
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Poética do Íntimo - poesia
PoesiaPrimeiras poesias que escrevi, espirituais e amorosas, desde minha adolescência, nos anos de 1990. Poesias místicas, de meditação, reflexão, intuição, despertar interior, dúvidas e o caminho solitário em contato com o Universo e o interior humano. C...