13. Lágrimas e acusações

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Ravi está online.
Alone está online.

Ravi: Bom dia. Quando você planeja conversar sobre o que aconteceu ontem?

Alone: O que não ficou claro para você?

Ravi: Basicamente tudo. Você me beijou do nada... E que beijo hein gatinha!? Eu não sabia que fazia seu tipo.

Alone: Agora você sabe.

Ravi: ;-) Bom saber... Quer que eu te busque de carro para irmos a escola? Para recompensar por aquele beijo maravilhoso que eu nem sabia que ia ganhar ontem.

Alone: Quero. Estou com dor hoje e não quero ir a pé.

Ravi: Ok, já estou indo bebê!

Alone: Não me chame de bebê!!!

Terminei de me arrumar e pouco tempo depois, alguém bateu na porta. Desci para abrir.

- Hey, gata. - ele se inclinou para me beijar, mas eu o empurrei levemente para trás e virei o rosto para o outro lado, então ele me beijou na bochecha, ao invés do que queria...

- Ah, não! É maldade me deixar passando vontade. Como eu vou me contentar com um beijinho na bochecha? Que maldade!

- Eu sou má. E além do mais, você terá que merecer. - declarei rindo. - Não será tão fácil assim.

Ele bufou.

- Mas eu já vim te buscar na porta da sua casa. Não mereço um beijinho sequer? -fez beicinho para tentar me fazer ficar com dó.

Sorri de canto - Se você me der a chave para que eu dirija, talvez eu repense meus conceitos. - falei estendendo a mão.

- Quê? Você quer a chave? Mas... - ele arqueava as sobrancelhas de um jeito estranho. Na hora, lembrei de como o Matias ficava fofo arqueando as sobrancelhas. Mas não deveria pensar nele agora...

- Eu odeio ser passageira. Não é óbvio? Eu sou independente! E porque quero dirigir esse carro lindo também. - era um Jeep Compass e não devia ser tão difíil assim.

- Tem certeza que você sabe? - me entregou a chave, exitante.

- Eu sei o que estou fazendo. Eu sei dirigir melhor que você provavelmente.

Ele me olhou, ofendido, como se fosse um grande insulto.

Comecei a andar até o outro lado do carro. Mas ele puxou minha mão. Não tive como não lembrar do Matias, esse era o nosso lance... Quantas vezes havíamos feito isso um com o outro.

- Agora eu mereço? - perguntou, fazendo uma voz que talvez funcionasse com as outras garotas.

- Não. Só quando chegarmos. - respondi e voltei a andar. Entramos no carro.

- Então, quanto ele tem de turbo? Tipo uns - pensei por um tempo. - 185 cv?

Ele me olhou, pasmo. - Como você sabe? Acertou em cheio. Isso é quase impossível.

Dei de ombros - Eu sei um pouco sobre carros.

- Então, vamos conversar sobre o quê? - indagou.

- Eu prefiro o silêncio. - respondi breve.

Fomos andando quietos por um tempo. Era interessante dirigir um carro daqueles, porém, não era tão empolgante como costumava ser com carros de corrida.

- Vai com calma Ale, não precisa correr como se fosse piloto de fórmula 1.

Cravei os olhos nele. - Desde quando eu te dei permissão para me chamar de 'Ale'?

Alone Por Alone Onde histórias criam vida. Descubra agora