19. Pipoca e confusão

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- Ale, eu já estou chegando. - Matias falou por ligação. Ele estava andando na rua. Como uma boa observadora eu sempre percebia coisas irrelevantes, como por exemplo - o barulho do tênis ollie surrado dele batendo no concreto da calçada, respiração ofegante, entre outros... - mostrando que ele estava na rua, vindo pra cá.

Comecei a preparar a pipoca para nós. Não tem como fazer uma tarde de filmes sem pipoca, certo?!

Assim que o milho começou a estourar no meio da manteiga derretida, ouvi o som de batidas na porta.

- Olá - disse empurrando a porta com o pé.

- Oi Ale - me cumprimentou com beijinhos na bochecha.

- Eu vou ali terminar de fazer a pipoca para nós. - exclamei já voltando à cozinha.

- É impressão minha ou sua casa está mais clara hoje? - indagou, observando os cômodos.

Virei para ele para responder mas sem querer bati meu dedo na parte quente da panela e gritei pela dor.

- Você está bem? - ele gritou junto comigo. Obviamente tendo levado um susto pelo meu susto.

- Merda! Queimei meu dedo. - Abanei a mão tentando aliviar a dor.

- Deixa eu ver - pegou delicadamente minha mão. - É, tá meio vermelho... - ele puxou minha mão até seus lábios e deu um selinho. - Isso ajuda?

Puxei minha mão de volta e o empurrei de leve. - Você parece uma criança. Eu vou pegar gelo.

Ele riu. - Ok, eu termino a pipoca.

Sentamos no sofá e eu liguei a televisão. Ficamos em silêncio por um tempo, só assistindo o filme, quando de repente surgiu uma pergunta na minha cabeça.

- Quem foi sua primeira namorada? - questionei, pegando minha garrafa de energético para tomar mais um gole.

Ele até engasgou com a pipoca.

- A não me diga que você é bv? - berrei, incrédula.

Ele assentiu, com as bochechas enrubescidas.

- Então você é um bebê ainda. - falei apertando uma de suas bochechas.

Bufou - Para Ale. Eu tô esperando o momento certo, com a menina certa. - explicou, de um jeito fofinho.

- E quem é a menina certa? - perguntei automaticamente. Realmente curiosa com sua resposta.

- Ham... ela é secreta. Se eu te contar perde a graça. - ficou misterioso e escondeu um sorriso que ameaçava aparecer.

Assenti com a cabeça, meio contrariada, já listando nomes de possíveis pretendentes.

Ficamos assistindo o filme por mais um tempo, eu ainda estava pensando nisso, quando ele retornou a falar:

- Ale, obrigada por... compartilhar comigo quem você é. Eu sempre soube que você não era ruim como as pessoas falavam. Mas agora, realmente te conhecendo, eu pude ter certeza do que eu sempre acreditei... Do que eu sempre quis acreditar.

Apoiei minha cabeça em seu ombro, que pareceu surpreso com o meu gesto de afeto, mas logo em seguida colocou seu braço em volta de mim e acariciou meu cabelo.

Suspirei sem perceber, eu estava gostando tanto daquele pequeno momento... até sermos interrompidos pelo barulho da porta se abrindo.

Era minha mãe. O que ela estava fazendo aqui a essa hora?

- O-oi mãe... - gaguejei, meio envergonhada por saber o que ela estava pensando daquela cena.

- Decidi tirar um dia de folga para passar com a minha filha. Mas acho que ela já está muito bem acompanhada, não é? - sorriu de canto, deixando o Matias ainda mais corado. Será que ela não podia falar algo que não o deixasse tão constrangido?

- O-oi, senhora Kendaw. - falou, tentando não gaguejar. Eu podia perceber seu esforço pra tentar causar uma boa impressão.

- Você é o namorado da Clara? - cochichou, como se não quisesse que eu ouvisse.

- Mãe, nós não namoramos! Ele é só meu amigo! - senti minhas bochechas queimarem. - E eu já te disse que meu nome é Alone! Clara morreu há muito tempo!

- Hum... mas poderiam facilmente fazer um belo casal. Os dois são muito bonitos. - ignorou a minha última frase, como sempre fazia quando eu implorava para que não me chamasse daquele jeito.

- Está bem, mãe. - interrompi antes que nos deixasse ainda mais sem graça. - Não é o caso.

- Ainda... - olhou fixamente para o Matias, que tentou dizer algo mas sua voz falhou.

- Eu vou deixar vocês a sós, vou tomar um banho... podem continuar o que estavam fazendo - tentou disfarçar o sorrisinho.

Revirei os olhos, impaciente - Ela é tão irritante!

- Relaxa, Ale, tá tudo bem. Ela não me conhecia, não tinha como saber quem eu sou. - balançou os ombros, tentando me acalmar.

Respirei fundo - É, você tá certo. Eu vou aproveitar essa tal folga dela para esclarecer algumas coisas que pelo jeito não estão claras...

Ele riu, mas eu sabia que ainda estava constrangido pois suas bochechas ainda não tinham aliviado o tom avermelhado de antes.

Olhei para a TV e vi que o filme já havia acabado e estava passando os créditos na tela.

- Como o filme acabou e sua mãe está aí, eu acho que já vou indo, Ale... Te vejo amanhã? - falou já se direcionando até a porta.

Assenti com a cabeça, meio decepcionada, e abri a porta para ele. Antes que pudesse sair por completo, sussurrei em seu ouvido:

- Não se apresse. A menina certa pra você vai chegar quando menos esperar. Talvez esteja demorando para acontecer porque não é qualquer uma que é digna de você. Matias Wilians.

Ele riu baixinho. - Eu vou esperar por ela, o quanto for necessário. - disse no mesmo tom.

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Oi meu povo!!! Como vocês estão??? 💐 Gnt, o que acharam desse capítulo?? Deixem suas opiniões sobre a Menina Certa aí!! Ksksks

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Oi meu povo!!! Como vocês estão??? 💐 Gnt, o que acharam desse capítulo?? Deixem suas opiniões sobre a Menina Certa aí!! Ksksks.
Até o próximo capítulo bbyss! ❤️

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