Com certeza você já ouviu a frase "Coisas boas acontecem em momentos errados". Sempre surge algo assim em nossa vida e, aquela coisa que deveria ser boa, acaba se tornando um peso difícil de ser carregado sozinho.
Na vida de Kim Taehyung não seria...
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Eu não sei há quanto tempo estou sentado chorando por cima da mesa, as lágrimas continuam escorrendo impiedosamente enquanto a dor se torna ainda pior no meu peito. Minha cabeça está apoiada na mesa e eu não tenho coragem de levantar e ver o carrinho vazio da minha filha, na verdade não sei se consigo me mover porque nunca me senti tão fraco. Eu sou tão idiota e irresponsável, como pude achar que não aconteceria nada se eu deixasse minha pequena sozinha por pouquinhos minutos?
O sino da porta toca mas nem me dou o trabalho de olhar pra ver quem está aqui, passos apressados podem ser ouvidos em minha direção e logo o perfume da minha irmã invade minhas narinas.
– Tae, meu amor, o que aconteceu? Jungkook não conseguiu me explicar porque não parava de chorar, só consegui entender que era pra te encontrar aqui e agora estou apavorada por te ver nesse estado. – Ela pergunta e meu peito aperta ainda mais por imaginar Jungkook chorando. Não consigo responder, apenas aponto para onde está o carrinho e sinto ela se afastar. – Ai meu Deus, onde está a Sang?
– E-eu não sei, Hee. – Respondo e levanto a cabeça para contar a ela o que aconteceu. – Não tinha ninguém aqui, então fui pegar as coisas pra começar a limpar enquanto não chegava outro cliente, acabei me atrapalhando com as coisas e ouvi o sino da porta mas não consegui sair rápido, o sino tocou de novo e eu saí tropeçando nas coisas mas não tinha ninguém quando saí, aí olhei no carrinho e a Sang não estava mais ali, foi tão rápido, eu saí correndo e não tinha ninguém na rua, Hee. – Explico soluçando algumas vezes durante as frases e minha irmã apenas me abraça.
– Tae, fica calmo, nós vamos encontrar ela. – Concordo com a cabeça e cubro o rosto com as mãos. – Não foi culpa sua, não tinha como adivinhar que alguém roubaria um bebê em, sei lá, um minuto? E isso está muito estranho, foi tão rápido e você não viu ninguém na rua, parece que estava planejado.
– Hee, quem iria querer roubar um bebê? Eu voltei trabalhar hoje, então não faz sentido alguém ter planejado, além do mais, quem faria isso? – Pergunto confuso.
– Não sei, o Koo é jovem, bonito, rico e um ótimo jogador então tem ganhado muitas fãs, será que alguma delas não fez isso para ser notada por ele ou algo do tipo? Todo mundo te conhece e sabe que vocês acabaram de ter uma filha, então é uma teoria. – Explica e olhando por esse lado faz um pouco de sentido.
– Talvez você esteja certa, eu não sei o que pensar, só quero minha filha de volta, Hee. – Abraço minha irmã e choro contra seu ombro.
– Nós vamos achar ela, eu vou ligar para a polícia e chamar os meninos aqui, tudo bem? – Pergunta e concordo com a cabeça.
Minha irmã se afasta um pouco e eu volto a pensar na minha pequena. Parece que tem um buraco aberto no meu peito, um vazio toma conta do meu corpo e eu não sinto mais nada além de dor e desespero. Dois minutos de descuido e tiraram minha filha de mim, dois fodidos minutos foram o suficiente para conseguirem acabar com a minha vida.
