La Villana

#LaVillana79 - Penúltimo capítulo

   O carro parou em frente a igreja que estava toda decorada. Os fotógrafos acompanhavam a chegada de Esmeralda.

— Precisamos ir pelos fundos, para que eles não me vejam vestida de noiva. — Esmeralda olhou para Gustavo.

— Não, não. Coloca o véu, a Manu está nos esperando na salinha aqui na frente da igreja. — Sorriu e saiu do carro e deu a volta e abriu a porta para ela e esticou a mão para ela.

Esmeralda colocou o véu cobrindo seu rosto e segurou o buque. Ela desceu do carro segurando a mão do irmão e logo segurou em seu braço e caminhou para dentro da igreja. Ao chegar próximo a porta principal, Hugo saiu arrumando o blazer e se aproximou dos filhos.

— Oi princesa. — Sorriu e tirou o véu dela — Está pronta?

— Pronta? — Esmeralda o olhou surpresa com os olhos marejados — O que está acontecendo?

— Esse é o seu casamento. — Beijou a testa dela.

— Encontro vocês lá dentro. — Gustavo sorriu e entrou na igreja e fez sinal para os músicos.

— Meu? É o meu casamento? Pai, o senhor está falando sério? — Sorriu com os olhos marejados. Seu coração estava acelerado e suas mãos suavam segurando o buque — Pai, não! Eu não posso, o pequeno.

— O pequeno só tem um pai, e ele se chama Augusto. — Sorriu a olhando e ouviu a marcha nupcial — É seu momento minha joia.

Esmeralda sorriu com os olhos marejados e o abraçou forte.

— Não vamos deixar o noivo muito tempo no altar. — Sorriu ofereceu o braço para ela — Vamos?

— Vamos! — Sorriu colocou o véu e segurou o braço do pai — O Augusto sabe?

— Digamos que a surpresa é apenas para os noivos. — Beijou a mão dela e viu a porta ser aberta.

Esmeralda segurou firme o braço do pai e viu todos da igreja se levantarem e olharem em direção a ela. Ao som da marcha nupcial, Esmeralda junto a Hugo caminharam em passos largos e lentos pelo corredor principal em direção ao altar. Augusto suspirou profundamente achando ser Manuela e abaixou a cabeça triste. Esmeralda sorria largamente indo em direção ao seu amor e suspirou olhando todos os conhecidos.

Ao chegar ao altar, Hugo tocou o ombro de Augusto e sorriu.

— Te entrego o meu bem mais precioso, a joia mais bela de todas. — Sorriu e apertou o ombro dele e beijou a mão da filha.

Em silêncio, Esmeralda se posicionou frente a frente a ele e sorriu notando-o confuso com as palavras de Hugo. Augusto sorriu para "Manuela" e tirou devagar o véu dela e arregalou os olhos surpreso, como todos os presentes.

— Esmeralda? Mas... — Sorriu com os olhos marejados — Amor...

— Eu não sei como e nem o porquê, mas... Está tudo bem e eu finalmente posso ser sua. — Sussurrou com os olhos marejados — Você me aceita como sua noiva?

— Se eu aceito? Tá brincando comigo? — Riu feliz e tocou o rosto dela com amor — Eu te quero para o resto da minha vida.

Norma sorriu ao lado do marido e viu Manuela sair da sacristia segurando a mão do filho, e indo em direção a Esmeralda e Augusto no altar.

— Me desculpa pela confusão. — Manuela sorriu — Acho que podemos ter os nossos felizes para sempre.

— Eu acho que sim. — Esmeralda segurou a mão dela e sorriu — Obrigada.

— De nada! — Pegou o buque da mão dela — Bom casamento.

— Manu, mas e o... — Foi interrompido por ela...

— Ele é seu filho. — Acariciou os cabelos do filho e sorriu — Vão se casar logo.

Esmeralda sorriu e olhou para Augusto.

— Ah, mas falta o meu presente principal. — Sorriu e viu Renata sair da sacristia segurando a mão de Ricardo.

— Tio... — Sorriu com os olhos marejados.

— Quem você achou que iria celebrar seu casamento? Eu não perderia isso por nada na minha vida. — Sorriu e entregou Renata para Norma e se aproximou da sobrinha — Vamos iniciar?

Manuela sorriu e saiu do altar segurando o buque e o filho e se colocou ao lado do irmão e de Adriana. Norma sorriu com os olhos marejados e segurou Renata no colo.

A cerimônia seguiu, linda e emocionante. Que momento. Que dia. Que casal. Todos sorriam felizes, a cada parte da celebração. As mulheres choravam emocionadas.

— Alianças por favor. — Ricardo sorriu.

Renata se aproximou segurando a caixinha com as alianças e entregou a eles com um sorriso sapeca. Augusto pegou a aliança e segurou a mão de Esmeralda e sorriu a olhando nos olhos.

— Augusto, seus votos. — Ricardo sorriu levemente.

Ele assentiu e respirou fundo a olhando com amor.

— Esmeralda Lacerda, você foi a mulher mais egoísta que eu conheci em toda a minha vida, metida, mimada e nariz em pé, mas ao mesmo tempo que você era egoísta, você era caridosa. Na mesma intensidade em que você era metida, você era a mulher mais simples do mundo. E com a mesma intensidade que você era mimada, você era a pessoa mais mimava os outros. — Sorriu a olhando nos olhos — Você é doce, você é meiga, você é tudo o que eu desejei em uma mulher. Forte e decidida são as palavras que mais combinam ao descrever. Eu te amo, com todos os seus defeitos e qualidades, te amo como ninguém nunca te amou ou vai te amar. Te amo na saúde, na doença, na alegria e na tristeza e principalmente, até que a morte nos separe. Eu prometo te respeitar, te amar e cuidar de você todos os dias da minha vida. — Colocou a aliança no dedo dela e beijou a mão da mesma.

— Esmeralda, sua vez. — Ricardo sorriu a olhando com amor.

— Vai ser muito difícil superar isso, mas — Pegou a aliança com a filha e beijou a testa dela com amor —Augusto Gutiérrez, meu doutor... Eu poderia parar aqui e dizer a quantidade de vezes que você me salvou, física e emocionalmente. Eu não era de acreditar muito em Deus, mas hoje eu acredito, ele escreveu minha vida certinho para encaixar na sua. Você é o sol nos meus dias cinzas, é o ar mais puro no meio de tanta poluição. Com você eu posso ser eu, com você eu sou tudo o que preciso ser e nada mais. Você é o meu cobertor nos dias frios, meu vento nos dias quentes. Todos queriam me transformar na vilã, mas você Augusto, viu em mim, algo que nem eu enxergava, viu nessa vilã um coração. Eu prometo te amar, te respeitar e cuidar de você todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe... — Colocou a aliança no dedo dele — Na saúde, na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe.

— Com a benção de Deus, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a sua vilã. — Ricardo sorriu olhando para Augusto.

Augusto riu e se aproximou e tocou o rosto dela com as pontas dos dedos e aproximou seu rosto do dela. Esmeralda o olhou nos olhos e sorriu segurando-o pela gravata e o puxou para um beijo. Eles conseguiam ouvir os aplausos, mas no fundo sentiam que estavam ali sozinhos, vivendo aquele amor que para muitos era incerto.

Esmeralda se afastou devagar dele e sorriu com os olhos marejados e olhou para todos na igreja e chamou sua filha com a mão. Renata correu segurando o buque para os braços da mãe que a pegou no colo e a encheu de beijinhos.

— Felizes para sempre? — Ele sussurrou no ouvido dela.

— E perder a melhor parte que é a lua de mel? — Riu o olhando — Nem pensar. Eu quero o casamento completo.

— Então você terá toda a experiência completa. — Sorriu e deu um selinho nela.