#LaVillana - 46

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     Esmeralda caminhava por aquele hospital, e não encontrava por ninguém ,se sentou cansada,as pernas pesadas e se escorou na primeira parede .Olhou em volta e não achou ninguém conhecido.Respirou fundo e continuou a andar,bem devagar ,a cirurgia era recente,e ainda estava se acostumando a andar novamente. Em uma virada ela esbarra com alguém que a segura para não deixá-la cair...

- Filha? - A olhou -

- Pai! - O abraçou forte - Até que fim, eu não estava achando ninguém. Como ela está?

- Seu irmão não te contou?Você veio sozinha? - A olhou preocupado - Filha,você está recém - operada,não pode fazer muito esforço

- Eu não ligo,ninguém me disse nada,bom...a Fran me disse que ela estava aqui com você e o Augusto, o que ela tem? - Perguntou Esme o olhando -

- Vem comigo - Segurou a mão dela -

   Ela foi andando devagar ao lado do pai,e mandou um pouco.

- Olha só...- Hugo olhou para ela,e olhou para os lado - Enfermeira, por favor...

    Ela foi até eles.

- Me poderia emprestar uma cadeira de rodas ?Minha filha está recém operada e não pode se locomover muito - Disse Hugo olhando a jovem -

- Sim senhor,já lhes trago - Disse a enfermeira sorrindo -

- Eu não vou sentar nessas cadeiras pai - Olhou para a enfermeira que já havia saído - Não gosto disso

- Aqui está senhor - Trouxe a cadeira até eles -

- Muito obrigada!  - Sorriu e ela se foi - Sente- se aí mocinha

    Esmeralda bufou,e respirou fundo e se sentou,ajeitando as pernas no apoio,não quis assumir, mas aquilo foi um grande alívio.

- Aonde vamos? - Perguntou olhando para frente -

- Já vai saber,pequena curiosa - Beijou a cabeça da folha e começou a andar -

       Ao virarem em vários corredores, ela dá de cara com uma placa que fez seus sentidos congelarem por instantes,sua respiração foi cortada e ela simplesmente se levantou da cadeira e olhou para o pai assustada.

- Oncologia?  - Perguntou assustada -

- Sim!  - Disse afastando a cadeira - Infelizmente sua mãe

- Não!  - Se encostou na parede assustada -

     De todo mal que ela poderia ter desejado para a mãe na hora da raiva,havia se transformado em algo muito pior.Câncer!

- Sua mãe está com leucemia - Disse com pesar -

- Mas ,tem...tem tratamento, eu sei que tem - Diese Esmeralda o olhando -

   Augusto e Gustavo saíram do consultório do oncologista e deram de cara com Esmeralda e Hugo.Gustavo foi até ela e a abraçou.

- Nossa mãe...- A abraçou forte - Ela...ela vai

- Não,ela não vai morrer...o que os médicos disseram ? -Olhou para Augusto -

- Vão estudar o caso dela, saber em qual estágio ela está - Disse Augusto triste - Mas ela ficará bem.

- Sim. - Disse abraçada com o irmão - Calma Gus,pai,eu quero vê -la,eu posso?

- Eu não sei preciosa...eu também queria vê -lá - Disse Hugo à olhando com carinho -

- Esme,vem comigo,posso tentar colocar você lá dentro por alguns minutos,nada mais que isso - Disse Augusto - Tudo bem por você?

- Sim,por favor...- Disse Esmeralda o olhando - eu quero vê -la...

- Mas senta na cadeira ,por favor - Pediu educado -

   Ela se afastou do irmão e beijou o rosto do mesmo. O olhou nos olhos e suspirou,em seguida se sentou na cadeira de rodas e Augusto a empurrou.

- O que vamos fazer? - Gustavo estava destroçado -

- Calma meu filho,tudo vai ficar bem,sua mãe é forte...E vamos ajudar ela a passar por isso - Hugo o abraçou -

     Apesar de ser o mais velho,Gustavo era uma criança todavia, chorava por tudo ,e sempre precisava dos pais.

    Em outra ala do hospital, Esmeralda e Augusto estavam se preparando para entrar no quarto de Norma.

- Pronta? - À olhou -

- Vamos logo! - Disse nervosa -

    Augusto abriu a porta e empurrou a cadeira de rodas para entrar.Assim que Esmeralda olhou sua mãe, pálida e deitada naquela cama,sentiu o coração se partir em dois.

- Não pode ficar muito tempo,quer ficar sozinha com ela? - Augusto perguntou à olhando -

- Sim, por favor - Disse olhando para a mãe -

    Augusto beijou os cabelos dela,e saiu a deixando sozinha com a mãe. Norma despertou sentindo dor pelo corpo e olhou por todo o lugar,e encontrou os olhos de sua filha,sorriu fraco é suspirou.

- Você está aqui...- Sussurrou sorrindo - Na cadeira de rodas?O que houve? Você está bem?

   Ficou agitada e nervosa.

- Eu estou bem...tranquila - Se levantou e foi até ela - Como se sente?

- Meu corpo dói bastante - Disse à olhando - Cadê seu pai?O que o médico disse?

- Meu pai está lá fora com o Gus e o Augusto - Disse Esmeralda à olhando - Você vai ficar bem.

- Sim, mas eu quero saber o que eu tenho,é grave? - Perguntou olhando para a filha com carinho -

    Esmeralda se calou e olhou para o lado.

- Você tem que descansar, eu ainda não sei ao certo  a gravidade da sua situação, mas vamos resolver e você vai ficar bem...ok? - À olhou e sorriu -

- O que houve com você? Esteve chorando? - À olhou com atenção, os olhos estavam inchados -

- Eu não choro! - Mentiu à olhando - não mais...Eu estou bem!

- Eu gosto de te ter perto de mim,assim como você ficava quando era pequena - Sorriu à olhando - Minha pequena curiosa.

- Sim, eu era muito grudada em você, até você me afastar e amar de forma doentia à sua queridinha - Disse com rancor -

- Eu errei ,e acho que estou pagando muito caro por isso - Disse com os olhos marejados - Mas você está aqui comigo meu amor...

     Norma segurou a mão dela e beijou.

- Eu te amo,e errei,mas sempre te amei,talvez não nos davamos muito bem,pois você e eu nos parecemos mais do que pensamos,você e eu temos fortes personalidades. - Sorriu à olhando - Seu pai sempre me disse isso.

- Sim. Ele sempre diz isso...- Abaixou o olhar - Eu tenho que ir,descansa.

- Você vai voltar? - Perguntou à olhando -

- Depois que eu resolver um grande problema, eu volto. - Beijou a testa da mãe e saiu -

      Esmeralda tirou o celular do bolso da calça e discou um número.

- Boa noite...Sei que é tarde - Olhou em volta - Preciso de um grande favor...sim, eu quero um lugar ,afastado de tudo e de todos,e dois homens.

     Esperou a resposta e sorriu.

- Sim,para amanhã, eu sabia que podia contar com você. Obrigada! - Desligou e sorriu -  A vingança é um prato que se come frio...Amanhã será apenas eu e você,frente à frente.



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