Tiny

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Acordei no sábado com vestígios de ressaca moral que deixei de lado, porque havia sido uma ótima noite no fim das contas. Ino estava me bombardeando com mensagens querendo saber como havia sido, e eu fiquei de contar mais tarde, ela disse que breve estaria dentro de minha casa me enchendo o saco. Abri o aplicativo ainda na cama, e tinha mensagem do ruivo. Sasori, o nome dele. Olhei bem as fotos. Ele era bem fofo, mas parecia ser chiclete. E baixinho. Eu não gosto de caras baixinhos, sinceramente.

Eu poderia estar errada, há uma grande chance. O respondi e deixei o celular pra lá por um tempo, tinha que arrumar minha casa antes que Ino aparecesse por lá. Eu até tinha tomado um banho antes de dormir, mas ainda estava um total fiasco. Pelo menos havia conseguido gozar e tinha acordado bem mais feliz por conta disso. Um orgasmo realmente faz falta na vida das pessoas, como é certo dizer.

Tomei vergonha na cara e me coloquei a arrumar a casa. Eu havia feito um acordo com o dono da farmácia para não trabalhar aos finais de semana, e era maravilhoso. Havia trabalhado bastante no começo, mas agora tinha me livrado. Claro que parte do acordo envolvia trabalhar horas a mais na semana quando necessário e sem receber por isso, mas eu ainda estava na vantagem.

Mas não me livraria fácil de Ino. Ela já estava batendo na porta e me chamando como se não houvesse amanhã. Não tive escolha senão atender.

– Cara, você tá só o pó. Deu mesmo, então?

– Dei. No carro, e do nada. Você estava certa, eu estava realmente necessitada.

– E como era o professor?

– Ah, pra começar ele tinha 36 anos… Mas a experiência faz bem pras pessoas. Consegui gozar bem gostoso com ele.

– Mentira!

– Juro. No carro e toda torta, ele conseguiu me fazer gozar só com o pau... – alcancei uma lixa perto do meu criado e passei a lixar as unhas – Do caralho, ele. Depois fomos pra um bar.

– Vocês não inverteram?

– Foda-se, Ino. Dei e depois bebi, foi legal e não vamos repetir.

– Por quê?!

– Uma coisa que coloquei em mim como regra pra continuar saindo com estranhos sem me foder gostando de algum deles. Não vou repetir.

– Que bobagem, parece uma criança. Se bem que entendo a lógica. Vai funcionar até aparecer um cara que faça você ter orgasmos múltiplos, só aviso.

– Eu sequer acredito que isso exista. Tipo, é bom de mais pra existir.

– Eu tenho, claro que existe! Mas só o Gaara consegue fazer, a rola dele é o encaixe perfeito comigo, então… Por isso fico presa a ele por mais que fique querendo matá-lo pelo menos uma vez por dia.

– Aham. Claro.

– Mas e aí, me conta mais.

– Mais o que?

– Como ele é? Sei lá, me conta.

– Ele é velho e gostoso, e me comeu mais gostoso ainda. Feliz?

– Finalmente libertando a vadia que existe dentro de você, seja feliz! Cadê o celular? Vamos caçar uns gatos.

Peguei o celular e entreguei na mão dela. Ela começou a conversar com Sasori se passando por mim e marcou um encontro totalmente dispensável pra hoje à noite. Fiquei puta, mas não desmarcaria. Quem sabe ele poderia ser outro estranho que me daria um orgasmo bacana. Pelo visto não seria intenso como Kakashi, mas eu daria uma chance.

– Me devolve essa merda. – Tomei o celular e comecei a caçar mais pessoas – Eu escolho meus pratos no cardápio, obrigada.

– Você é hilária. Diz aí, o que tem pra comer?

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