Ainda no sábado à noite, eu cheguei em casa e descombinei com Sasori no tinder, e agradeci por ele não saber onde minha casa ficava. Deus, aquele negócio era pequeno de mais até pras minhas pequenas mãos. Que desperdício, tão bonitinho e uma pegada tão boa… Triste. Aquela decepção tinha super me pego desprevenida porque, sejamos honestos, ninguém espera que um cara enorme daqueles tenha um pau milimétrico. Mas eu ainda não tinha desistido de tentar mais algumas vezes no tinder com outros caras. Kakashi foi a prova de que poderia mesmo existir coisa prestável naquele mar de gente com tesão. E, pelo amor de Deus, Sasori tinha sido uma segunda tentativa só, não o anúncio do fim dos caras gostosos. Ao menos eu espero que não.
Anko, a garota que tinha me dado um superlike, tinha combinado de nos encontrarmos pra café e uma conversa calma no domingo a tarde. Por ser um dia carregado de preguiça ou talvez por ela não ter uma rola como os demais do aplicativo, iríamos fazer uma coisa leve no primeiro encontro e, quem sabe, se rolasse química mesmo, a gente combinaria um encontro mais quente em outra ocasião.
Durante a manhã não fiz nada. Acordei relativamente cedo pra arrumar meu quarto, as estantes de livros, ver TV e tive uma chamada de quase duas horas com Ino onde rimos horrores do caso do Sasori e o seu mindinho entre as pernas.
Quando eram quase quatro da tarde fui me arrumar porque tinha combinado com Anko pras cinco e pouco. Iria simples com uma blusa de mangas longas, jeans e tênis. Meu cabelo não estava apresentável o suficiente pra ficar solto, então prendi-o, peguei minha bolsa e corri pra pegar um táxi antes que me atrasasse e metesse uma primeira impressão ruim na menina. Por que táxi, se eu tinha um carro? Bom, o carro estava com Ino. Pra variar.
Cheguei no café e sentei numa mesa mais para o fundo onde os ruídos das outras pessoas não me incomodava muito. Pedi um expresso bem forte, porque estava com um leve sono. Não gostava de esperar por muito tempo, e a moça estava quase dez minutos atrasada. E eu preocupada em chegar no horário, tá vendo?
– Sakura?
Ela havia chegado, e era bem bonita, devo dizer. O sorriso meio com terceiras intenções, mas sua voz e ações eram dóceis. Ela se vestia bem, até elegante. Digo porque ela se sentou com classe, e apoiou as mãos na mesa com delicadeza. Postura reta e movimentos graciosos. Essa moça é mesmo sapatão?
– Eu!
– Até porque não existem muitas moças que pintam o cabelo de rosa… – riu, fechando os olhos. Simpática, ela – Desculpa o atraso, demorei pra achar uma vaga…
– Tudo bem, não tem problema. Relaxa.
Anko pediu uma xícara de chá de ervas e depois de o terem trazido ela deu um gole, focando seu olhar sobre mim.
– Então, você é lésbica ou bi? – Foi direta. E nem me assustei.
– Meio que bi, saio mais com homens do que mulheres…
– Mulheres são melhores, eu acho. Já saí com alguns manés só pra ter certeza do que gosto, e está decidido! – Ela apontou pra o meio das suas pernas.
Diziam que o sexo oral de uma lésbica é algo que todas as mulheres deveriam provar, até porque uma mulher sabe onde tocar a outra. E por um momento, demorei pra responder porque imaginei como seria se Anko me chupasse.
– Entendo, e hm… Não vai pedir mais nada?
– Estava pensando em pedir você.
OK, Sakura. Se mantenha séria. Senti um leve arrepio que me levou a fechar as pernas de forma pouco brusca e ela percebeu, porque sorriu. Ela tinha uma energia sexual muito boa, estava me levando com poucos minutos de conversa.
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Tinder
FanfictionMais uma vez o namoro havia sido uma falha, mais frustração, mais dores de cabeça, mais motivos para esquecer aquilo. Sakura se obrigava a namorar pessoas mesmo que soubesse previamente que não daria certo. Após seu último término, que aconteceu por...