Acordei quase quatro horas depois no silêncio do quarto, ainda um pouco tonta da bebida, e comecei a dar beijos no pescoço de Sasuke, esfregando as mãos pelo seu peitoral. Ele despertou e, quando constatou que a festa lá embaixo tinha terminado, sugeriu que fossemos embora depressa. Eu ainda o aticei e a gente acabou transando mais uma vez. Só que foi lento e preguiçoso, eu me deitei virada de frente pra si, apoiei a perna na sua cintura e ele me fodeu tão devagar que chegava a agoniar, enquanto enfiava os dedos na minha boca. Voltei pra casa sozinha de ônibus porque o querido estava sem carro, e me joguei no sofá, sem nem tirar os sapatos, totalmente exausta.
A semana começou e jogaram um monte de coisas pra eu fazer no trabalho, inclusive visitar outras farmácias. Nos primeiros três dias, consegui me livrar da maioria das marcas no corpo mas ainda sentia que tinha sido devidamente fodida toda vez que me sentava ou quando me masturbava de noite.
O anal tinha sido tão bom que eu mesma passei a gostar de esfregar os dedos ali ao mesmo tempo que massageava o clitóris e rebolava na minha mão, com uma nova foto de Sasuke sem camisa aberta no tinder.
Na sexta acordei muito molhada e me masturbei, depois de gozar ainda mandei uma foto dos meus dedos melados pra ele e não disse mais nada. Tomei vácuo, obviamente.
Cheguei no trabalho um pouco atrasada e, minha colega Tenten, metida, começou a reclamar e mandar indiretas. Iria responder, mas meu celular vibrou e eu abri a notificação, que era do tinder, pra ver mensagem de Yahiko, um cara cheio de piercings e que Ino tinha achado bem esquisito, me dizendo pra dar desmatch imediato.
Era ruivo laranja e um daqueles loucos que cobre a maior parte do rosto com brincos, nas fotos estava sempre de roupas pretas longas e sério. Não que tivesse achado ele sexy, só era bonito, mas respondi na hora e começamos a conversar, até ele mencionar que queria sair e aceitei.
Não coloquei nenhuma expectativa naquela saída, mas ainda assim fui.
Voltei pra casa pra tomar banho e me troquei pra uma blusa simples, calça jeans e tênis, e fui até a lanchonete que a gente acordou em se encontrar.
Pensei em pedir pra Ino a independência do meu carro, mas já estava sentada no metrô mesmo, então esqueci um pouco a ideia.
Yahiko estava na entrada do restaurante sorrindo pra mim, bem mais simpático do que parecia nas fotos. Deu um beijo na minha bochecha quando me aproximei dele e senti o gelado dos piercings no seu nariz na minha bochecha. E eram muitos. Uma fila cheia deles cravados no nariz, dois no lábio inferior e mais nas duas orelhas, tinha as unhas curtinhas como se roesse e estranhamente pintadas de esmalte escuro. Pessoalmente era menos bruto do que nas fotos.
Ele segurou na minha mão e entramos, sentamos e ele teve a graça de pedir dois croissants quentes com queijo e café pra nós dois.
– Achei que viesse de carro. Se soubesse, iria te pegar de táxi na sua casa. – Ele disse, ajeitando o sobretudo preto cruzando as pernas.
– Oh, não foi nenhum sacrifício. Relaxa – sorri.
A voz dele era grossa, mas ao mesmo tempo doce. Falava devagar, com cuidado e vez ou outra lambia o lábio inferior, passando a língua por cima dos dois brincos de prata.
Realmente minha vontade de sair com carinhas do tinder estava evaporando. As coisas estavam rotineiras demais; mandar mensagem, combinar saída, fingir que vamos comer ou fazer outra coisa divertida enquanto os dois ansiamos por uma foda, sexo a mesma coisa repetitiva de sempre e eu voltava pra casa e continuava no meu vazio de sempre.
Com Naruto foi diferente porque, embora ele alegasse que não gostava de mim daquele jeito e sim de Hinata, que estava pensando em tornar as coisas mais sérias com ela, do tipo parar de comer outras meninas e passar da segunda base com ela, a gente ainda tinha fodido loucamente na festa.

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Tinder
Hayran KurguMais uma vez o namoro havia sido uma falha, mais frustração, mais dores de cabeça, mais motivos para esquecer aquilo. Sakura se obrigava a namorar pessoas mesmo que soubesse previamente que não daria certo. Após seu último término, que aconteceu por...