Capítulo 5

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Preferi me manter quieta durante todo o percurso da festa até o hotel em que estávamos hospedados. Quando estacionei o carro percebi que ele estava dormindo, aquele realmente não era o meu dia.

Tirei o meu cinto de segurança e logo em seguida destravei o dele também. Me inclinei para tentar acordar ele.

– Max? Max! – disse enquanto tentava mexer nele de alguma forma que o fizesse acordar. – Vamos Max, não consigo te levar até lá em cima sozinha. – mexi um pouco rosto dele e ele finalmente acordou.

– Que foi? Eu não posso nem descansar em paz. – ele já acordou simpático como sempre.

– Garoto, eu estou te fazendo um favor, se você não precisa da minha ajuda então já vou indo – disse enquanto estava abrindo a porta.

– Não, por favor, Carolina. Preciso de ajuda com o meu nariz, por favor – a forma com que ele falou pareceu tão vulnerável, realmente não era o que eu esperava ver dele essa noite.

– Tudo bem, mas você precisa colaborar comigo – disse enquanto tirava o salto para ver se ficava mais fácil equilibrar o peso dele junto comigo.

Saímos do carro e eu o levei até o meu quarto, não sabia qual era o número do quarto dele e não correria o risco de ir em um quarto onde as pessoas pudessem estar dormindo.

— Senta nessa poltrona que eu vou pegar algumas coisas pra limpar o sangue. – disse enquanto ia até o banheiro pegar a minha bolsa que estava com os materiais de primeiros socorros.

Cheguei a conclusão que ele era muito mais agradável sangrando e alcoolizado. Pelo menos assim ele me obedecia sem questionar.

Fui até ele com o álcool e algodão para limpar o sangue do rosto dele, avisei que poderia arder um pouco, mas ele parecia um bebê enquanto eu tentava limpar.

– Você é a pessoa mais mimada que eu já vi em toda minha vida, Max Verstappen. – disse rindo da cara dele

– Não foi você que levou um soco por tentar ajudar. E parece estar se divertindo demais com o meu sofrimento. – ele disse com a cara de emburrado de sempre.

– Posso fazer as coisas direito e ainda sim achar engraçado a maneira com que você se comporta com um pouco de álcool. – disse dando um sorriso sarcástico para ele

– Você é má, Carolina. – disse ele, igual uma criança

– E você é um anjo, Max – eu disse em meio a risadas.

Acabei de limpar e fui pegar uma compressa gelada no frigobar. Quando voltei ele não estava mais sentado na poltrona, mas sim deitado na minha cama. Que moleque folgado.

– Ah não, Max. – disse dando alguns tapinhas no braço dele – você estava com outras mulheres na festa, bebendo e agora deita na minha cama sem tomar um banho? Eu vou te matar

– Eu tô cansado, Carolina – disse ele e não mostrava sinal algum de que levantaria dali, então sentei na cama para aplicar a compressa daquele jeito mesmo. – Você se arrepende?

Não entendi muito bem sobre o que ele estava falando ou onde ele estava querendo chegar. Quando nos conhecemos ele não queria que eu trabalhasse com ele e agora estava deitado na minha cama e puxando assunto comigo, vai entender.

— Não entendi, me arrependo de que? – perguntei enquanto deitava na cama também

– De vir trabalhar comigo – disse ele como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Por que você está me perguntando isso? – Realmente não era esse o Max alcoolizado que eu imaginava.

– Eu não facilitei as coisas pra você desde o primeiro dia e agora fiz você sair de uma das melhores festas para ficar cuidando de mim. – O tom de voz dele transparecia culpa, não esperava por isso mesmo.

Então ele tinha noção de todas as coisas que fazia comigo e se sentia culpado por isso?

– Max, por mais desagradável que você possa ser durante a convivência, você é um ótimo piloto, trabalhar com você não é a coisa mais fácil do mundo, mas vai elevar a minha carreira. — fui sincera, eu esperava que isso acontecesse

– Eu posso ficar aqui hoje? – cada palavra dele essa noite me mostrou uma personalidade que eu não conhecia

– Pode, Max. – disse enquanto me virava para o outro lado, acho que seria estranho dormir olhando para ele. – Inclusive, boa noite!

Falei e tentei dormir. Aquele vestido de festa e o cheiro de bebida não tornavam aquilo fácil, mas alguma hora eu consegui cair no sono.

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