Capítulo 6

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Quando acordei, olhei para o lado da minha cama e não havia ninguém lá. O Max já tinha ido embora.

Será que ele estava envergonhado pelo que aconteceu? Por ter sido legal comigo? O dia hoje seria uma real surpresa.

A qualificação aconteceria hoje e eu precisava ir antes para ver se estava tudo bem, se ele precisava de algo.

Me levantei e fui tomar um banho, lavar o cabelo, estava precisando daquilo depois do caos que aconteceu na noite de ontem.

Me vesti de uma maneira completamente confortável, precisava disso. Quando estava arrumando a bolsa ouvi alguém bater na porta do meu quarto, fui até lá e me surpreendi com o que estava na frente.

 Quando estava arrumando a bolsa ouvi alguém bater na porta do meu quarto, fui até lá e me surpreendi com o que estava na frente

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Não havia ninguém lá, apenas esse buquê. De primeira, achei que o Charles havia mandado, como um pedido de desculpas pelo comportamento, mas se surpreendi ao ler o cartão.

"Obrigada por ter me ajudado ontem, sei que não merecia isso vindo de você. Tentarei ser menos desagradável.
Max"

Aquilo realmente estava acontecendo? Recebi flores do Max Verstappen? A maneira como essa relação estava mudando rapidamente não me deixava confortável.

Coloquei as flores em um móvel onde sempre deixava minha bolsa e tirei uma foto, afinal era um belo buquê.

Acabei de arrumar minhas coisas e fui em direção ao circuito, fui andando já que era extremamente perto do hotel que estávamos hospedados.

Chegando na garagem da RBR, dei de cara logo com o Max. Não sabia o que fazer, eu cumprimentava? Perguntava se ele estava bem? Fingia que nada tinha acontecido ontem? Decidi esperar ele decidir.

Ele passou por mim e fingiu que eu simplesmente não estava lá. Mas logo em seguida sinto meu celular vibrar e fui ver se tinha acontecido algo.

Havia uma mensagem dele.

📲Verstappen: meu pai vai assistir essa corrida, por favor não fale com ele e nem comigo quando ele estiver por perto.

Sabia da fama que o pai dele tinha. Se o Max já não era muito querido pelas pessoas aqui, o pai dele era muito pior. Antes de conhecer todos já havia ouvido falar de coisas horríveis que o pai dele fez, inclusive com ele.

Não respondi a mensagem, mas agradeci mentalmente pelo aviso de que teria que me preocupar com o pai dele, seria pior se fosse inesperado.

Olhei para o Max e ele estava olhando para mim. Seu nariz esteja um pouco roxo, acho que ele não fez muita questão de esconder aquilo.

Fiquei tentando ajudar algumas pessoas na garagem para que tudo acontecesse tão bem quanto poderia acontecer. Me sentei junto com os mecânicos para assistir como o Max iria naquela largar amanhã.

Infelizmente ocorreu um problema durante a qualificação e o Max não conseguiu abrir volta rápida para retomar o primeiro lugar. Charles foi ganhou a pole aquele dia.

Jos Verstappen parecia furioso. Sinceramente não queria pensar no que aconteceria ali quando Max chegasse.

Preparei a mesma banheira para ajudar com o cansaço muscular e fui até a entrada principal da garagem para esperar por ele. Quando cheguei lá o clima parecia ainda pior.

O pai do Max estava gritando com o ele e com quem estava em volta deles. O max parecia imobilizado, ele não fazia nada. Não parecia o Max que eu conheci.

Aquela situação já estava começando a me irritar, toda aquela gritaria não ajudaria ninguém. A presença daquele homem só fazia com que as coisas dessem errado.

O Max tentou me ajudar ontem, do seu jeito totalmente maluco, mas tentou. Acho que devo isso a ele.

Comecei a caminhar em direção a onde eles estavam, mas Horner segurou meu braço.

– Você não quer se meter nisso, Carolina. Fique fora, por favor. – ele disse, como se me pedisse um favor, um favor que eu teria que não cumprir.

– Obrigada pelo aviso, mas eu não vou ficar quieta. — falei e voltei a me dirigir em direção aos dois. Chegando lá, olhei para Max que me olhava com uma cara de medo misturada com raiva — Max, precisamos ir, agora.

– Quem você pensa que é? Não vê que eu estou conversando com o meu filho? — Infelizmente Jos estava falando comigo, a voz dele já me causava náuseas.

– Eu sou fisioterapeuta do seu filho e isso não parece uma conversa, muito menos de pai e filho. Você só faz com que ele fique pior, então se eu puder afastá-lo de algo que vai prejudicá-lo é o que irei fazer, ele querendo ou não. – Falei olhando bem nos olhos daquele homem detestável, segurei Max pelo braço para que ele me acompanhasse

– Você não pode falar assim comigo, garota. Se eu estalar os dedos o seu emprego não é mais seu. – disse ele em um tom ainda mais arrogante do que o que o filho dele costumava usar.

– Pode tentar. – falei e puxei Max para sairmos do campo de vista do pai dele. – Você está bem?

– Você ficou louca? Eu literalmente te disse pra evitar o meu pai e você foi ao encontro dele – disse ele parecendo bravo

– Verstappen, eu já ouvi falar sobre o seu pai, coisas que eu realmente gostaria que fossem mentiras, mas duvido que sejam. Eu não fujo de ninguém e eu achava que você também não, por isso não aguentei te ver de cabeça baixa enquanto ele gritava com você e com todos que estavam a sua volta. – Falei, mais como um desabafo do que como uma justificativa

– Você não precisa me defender, ele é meu pai, não quer o meu mal, quer que eu seja o melhor sempre. – Acho que ele já repetiu tanto isso para si mesmo que realmente acredita.

– Eu trabalho na mesma equipe que você, especialmente com você. Eu quero que você seja o melhor sempre, mas um erro não te tira esse posto. Eu sei que você pode vencer amanhã, então eu estou aqui pra te ajudar a evitar lesões e para que você esteja bem amanhã. – falei, mesmo sabendo que era perda de tempo, ele não iria mudar de opinião por causa do que eu falei, mas eu precisava falar. – Vamos para a banheira logo, por favor

Ele também não fez questão de continuar o assunto anterior e foi comigo até a sala onde fizemos o mesmo procedimento na quinta.

– Obrigada pelas flores, tinha esquecido de te agradecer. – disse enquanto estava colocando o gelo na banheira

– Obrigado por ter cuidado de mim ontem e por me deixar dormir no seu quarto também – sorri em resposta ao que ele disse

Fizemos o procedimento por 15 minutos e eu estava prestes a ir embora quando ele falou algo

– Você já conversou com o Charles?

– Não – disse enquanto virava para olhar para ele novamente – Não sei se quero ver ele agora também.

Disse isso e então realmente fui embora. Precisava tomar um banho, descansar e pensar bem nas coisas. Tudo está acontecendo tão rápido que não estou conseguindo processar bem. Preciso aproveitar esse tempo.

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