Capítulo 23

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Depois do GP do Brasil, o Max pediu ao Horner para mudar nossas passagens. Ele queria ir conhecer minha mãe. Eu estava tão nervosa com aquilo.

O Horner falou que só poderia atrasar um dia então fomos rapidamente pegar um voo para Santa Catarina. Avisei a minha mãe que iríamos lá para eles se conhecerem, mas que não demoraríamos muito. Pegamos um voo para o aeroporto de Navegantes, minha mãe morava na Penha, então mesmo nosso voo sendo cedinho ainda tínhamos que pegar um carro até a cidade dela. Mas acho que ainda conseguiríamos passar na praia antes de irmos embora.

O nosso voo foi tranquilo e rápido. Nós estávamos apenas com uma mochila cada já que pedimos para a equipe levar as nossas malas já para a Itália, onde seria a próxima corrida.

Pegamos um carro até a casa da minha mãe, que foi bem rápido já que não havia trânsito. Chegamos lá no horário de almoço. Quando cheguei já toquei a campainha, não tinha colocado a minha chave de casa na mala já que não planejava vir até aqui.

Minha mãe logo veio atender a porta com o maior sorriso que eu já vi em seu rosto.

– Ainda bem que vocês chegaram, eu estava tão ansiosa para conhecer o meu genro – ela disse sorrindo para o Max

– Você poderia fingir que fica animada para me ver também, mãe. – eu falei rindo da cara dela para o Max. – Mãe, esse é o Max. – falei apontando para ele. – Max, essa é a minha mãe, Natália. – falei apontando para ela. – Agora podemos entrar, por favor? – falei isso já entrando em casa, mas o Max não me acompanhou, então eu parei e virei para observar eles dois

– Eu também estava muito ansioso para conhecer a minha sogrinha. – ele disse com um sorriso e abraçando ela. – A sua filha não tem paciência, a quem será que ela puxou? Você parece tão calma... – Max falou rindo

– Com certeza ao pai dela – minha mãe respondeu também em meio a risadas, mas o Max parou abruptamente e estava com uma expressão de assustado, minha mãe parou quando percebeu isso e tratou de acalmá-lo. – Não se preocupe, o pai dela está viajando. Hoje você só vai me conhecer. – ela disse dando caminho para ele que ao ouvir aquilo relaxou os ombros. – Mas eu não ficaria tão assustado, o pai dela ama ver você correndo.

Eu estava em choque com toda aquela situação, eles se deram tão bem tão rápido. Meu pai ama ver o Max correr? Porque ninguém me conta isso? O meu pai foi uma das pessoas que não queria que eu fosse trabalhar com o Max por achá-lo muito agressivo e agora ama ver o Max correr? Eu realmente precisava ficar por dentro do que estava acontecendo na minha família.

Fui com o Max até o meu quarto antigo para deixarmos nossas mochilas e irmos almoçar, mas na hora que abri a porta lembrei de algo que talvez ele não fosse gostar de ver. Em uma das paredes do meu quarto havia um pôster da vitória do Daniel Ricciardo em Mônaco.

A cara do Max ao ver aquilo não era das melhores, mas o que eu podia fazer? O Daniel é alguém cativante, a animação dele é tão admirável. Eu sempre fui muito fã dele, mas ainda não tinha compartilhado isso com o Max.

– Então quer dizer que você tem um pôster do Daniel na parede do seu quarto? – Max falou virando para mim.

– O que foi, lindo? – falei indo abraçar ele. – Você está com ciúmes do Daniel? – falei rindo do bico que ele estava fazendo.

– Quem sabe... Talvez. – ele disse mantendo bico e se fazendo de díficil, mas logo parou com isso e falou. – Da próxima vez que viermos aqui espero ver um pôster meu de campeão do mundo ou algum de um dos nossos beijos pós vitória no lugar desse ai – ele disse rindo e me deu um selinho

– Eu vou pensar se você merece estar na parede do meu quarto. – falei rindo e pegando a mão dele para irmos até a sala de jantar. – Mas vamos andando porque se o almoço esfriar a minha mãe vai me matar.

Fomos até a sala e minha mãe já estava lá, mas ela estava falando no celular. Quando ela percebeu que estávamos entrando tratou de se despedir e desligar.

– Era o seu pai. – ela disse logo porque sabia que eu iria perguntar. – Ele queria saber se o namorado da filhinha dele era bom o suficiente para ela. – ela falou imitando o meu pai e rindo.

– Mas você não disse que ele ama o Max? – falei enquanto me sentava porque o Max puxou a cadeira para mim e sentou-se ao meu lado.

– Sim, ele ama o atleta, não o namorado da filha dele. – ela disse sentando-se a nossa frente.

– Se o Max conquistá-lo tão rápido quanto conquistou você... – eu ri e ela semicerrou os olhos para mim. – Você olhou nos olhos dele e já estava encantada. – continuei falando em meio a risadas. – Sei que ele tem olhos lindos, mas nem eu fui conquistada tão rápido assim. – falei e ela riu também

– É que você tem um coração de pedra. – ela disse rindo e apontou para o Max. – Como que você não se apaixonou na primeira vez que viu esses olhos?

– Eu estou ficando sem graça com esses elogios. – o Max disse rindo também, ele estava um pouco vermelho.

Almoçamos mantendo esse clima extremamente agradável. Minha mãe tinha feito comida italiana que é a minha favorita e a do Max também.

– Você sabia que é o primeiro rapaz que a Carolina apresenta pra família? – minha mãe falou, me deixando totalmente constrangida. – Ela realmente deve gostar muito de você

– Será? Acho que fui a segunda opção dela. – ele disse com uma voz fingida triste e a minha mãe olhou para ele esperando que ele completasse a frase. – Ela tem um pôster do meu amigo na parede do quarto dela, eu não sou nem o papel de parede do celular. – ele me fazendo rir e fazendo com que a minha mãe risse também.

– Olha o drama... – falei ainda em meio a risadas.

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