Capítulo 14

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Olhei pra o lado e ele ainda estava dormindo, então eu me levantei e fui logo tomar um banho. Depois eu respondia as mensagens que tinham mandado.

Vesti uma roupa confortável e fui até o quarto que ele havia alugado para a Tata. Bati na porta e esperei ela aparecer. A porta abriu alguns segundos depois.

Ela me olhou com um sorrisinho de satisfação.

– Todo mundo está comentando sobre o você e o Max. – ela disse saindo da frente para que eu pudesse entrar.

– Bom dia pra você também. – falei com um sorriso forçado. – Você viu o que ele postou?

– É claro que eu vi, foi tão fofo, pareceu tão real. – ela disse entusiasmada

– Exatamente, pareceu real até pra mim. Aquela música é a minha favorita e ele usou ela. – falei sentando na cama.

– Mas você tá gostando dele, mesmo que não queira admitir, se ele estiver gostando de você vai possibilitar que a minha fanfic se torne real – ela falou sentando ao meu lado

– Eu acho que nós dois juntos seríamos uma mistura química explosiva – falei encarando o chão

– Você não pode sempre querer prever as coisas, Carolina. – ela disse olhando pra mim. – Deixa acontecer, o cara saiu da Europa pra vir pra o Brasil ver se você estava bem, ele topou fingir que namora com você mesmo sabendo que isso iria impedir ele de algumas coisas. Eu estou voltando pra São Paulo hoje, quero que você fique com ele.

– Você vai me deixar sozinha? – falei com um tom dramático

– Você já está mais do que bem acompanhada. – ela disse sorrindo. – Quando o namoro virar real eu quero ser a primeira a saber.

Ela disse isso e começou a arrumar as malas, eu ajudei a arrumar algumas coisas, a escolher a roupa que ela iria viajar, até que o Max veio até o quarto e me chamou para irmos tomar café juntos.

– Você realmente se esforça pra fugir de mim, não é? – disse ele puxando a cadeira para eu sentar

– É um dom, eu comecei a treinar depois daquela nossa reunião. – falei rindo

– Eu ainda preciso me desculpar por ela, mas acho que você ficou satisfeita com o tapa que meu deu – falou com um sorriso falso no rosto

– Você insinuou que eu só melhoraria o físico de alguém com sexo, queria que eu fizesse o que? Ficasse ouvindo você falar essas coisas absurdas? – falei lembrando do que aconteceu aquele dia

– Eu sabia que não conseguiria ficar tanto tempo com você e não sentir nada, tentei te assustar antes para que isso não acontecesse, mas você é mais teimosa que eu – ele disse, em um tom sério

– Então você realmente sente algo por mim? – ignorei todo o resto que ele falou, na realidade só ouvi a primeira frase.

– Achei que você saberia pelo jeito que eu te beijei aquela noite – falou enquanto encarava a minha boca. – Acho que você deve se sentir atraída por mim também, pelo jeito que ficou me encarando antes de recebermos a notícia.

– Eu não sei o que sinto por você. – falei sendo bem sincera. – As vezes não quero te ver de maneira alguma na minha frente, mas algumas vezes acho tão agradável estar com você. Gosto das provocações e das brincadeiras. – encarei ele por um momento e então baixei o olhar – Acho que meu medo é gostar apenas dessa parte da conquista, se tivermos algo e toda essa coisa entre nós dois acabar?

– Carolina, entre nós dois nada nunca perderia a graça. – ele disse e continuou me encarando

– Eu nem sei como passamos das provocações pra um assunto assim e muito menos como você está tratando isso como algo sério. – falei olhando o cardápio do hotel.

– Tudo bem, não precisamos continuar falando disso. – falou ele com um meio sorriso pra mim. – Você quer sair hoje à noite? Poderia me levar em alguma balada né? Já ouvi falar do jeito que vocês brasileiras dançam... – ele disse com um sorriso malicioso

– Podemos sair sim, quer ir em um lugar que toque funk? Isso não é nada a sua cara – falei com uma cara de surpresa.

– Para tudo tem uma primeira vez – falou mantendo o mesmo sorrisinho.

Pedimos nosso café e o resto da refeição foi agradável. Depois subimos para o quarto e ficamos deitados na cama, cada um mexendo no seu celular.

– A foto que você postou realmente tá me dando trabalho – falei virando a cabeça pra olhar pra ele.

– Você gostou? – falou enquanto também virava a cabeça pra olhar pra mim.

– Achei muito fofa, até estranhei – ri um pouco.

– Estou sendo perturbado pela minha família até agora por causa dessa foto – falou ele suspirando

– Cara, eu acordei com milhões de notificações no celular sem saber o motivo, só depois que eu vi o que você tinha postado – falei rindo

– Minha mãe e minha irmã querem te conhecer – falou olhando pra mim esperando pra saber se eu aceitaria

– Tudo bem, a minha mãe também quer te conhecer – falei com um sorriso falso

– Esse namoro falso tá dando tanto trabalho quanto um namoro de verdade – falou ele rindo

– Nem me fale. – ri também. – Seus fãs estão me seguindo no Instagram e pedindo pra eu fazer stories mostrando mais sobre você, principalmente seus fãs brasileiros

– A gente pode negociar um cachê pra eu aparecer nos seus stories – falou ele rindo

– Mas sério, você deveria mostrar mais dessa sua personalidade pra o mundo, você não é tão ruim quanto aparenta ser – falei esse final para evitar entrarmos em uma conversa séria novamente

– Isso é o máximo de esforço que você consegue fazer pra me elogiar? – falou ele em tom dramático. – Precisa começar a treinar pra falar em frente às câmeras.

– Por favor, não me lembre disso. – falei e na hora meu celular tocou.

Era a minha mãe. Ela queria conhecer o Max, mas nós ainda nem tínhamos combinado o que fazer na frente das pessoas, o que dizer de como tudo isso começou.

Fico um tempo segurando o celular sem conseguir decidir se atendo ou não, até que ele pega o celular da minha mão e atende a chamada de vídeo.

– Oi sogrinha. – falou ele sorrindo pra minha mãe.

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