Sextas-feiras - Rabia

Capítulo 9

Oi, vim antes hj pq tem drama! Muito drama!
Então assim, tem drama kkkk
Boa leitura :)

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Sexta-feira, 13 de agosto ao meio-dia

Sexta-feira 13 era geralmente um dia associado com má sorte, mas hoje eu estava me sentindo muito sortuda. A mais notável, minha mulher estava voltando de Londres hoje. Na realidade, ela provavelmente estava na cidade exatamente agora.

Infelizmente, ela havia cancelado sua reserva para o almoço por causa da sua viagem, e não havia nenhuma maneira no inferno que ela a daria para Ronaldo novamente.

Eu não falava com ela há alguns dias. Imaginei que, entre a massiva diferença de tempo e todas as coisas de trabalho com as quais ela estava lidando, ela simplesmente não tinha tido tempo de se conectar. Eu tinha estado ocupada esta semana também, o que ajudou com os sintomas de abstinência que eu estava sofrendo como uma viciada em Rafaela sem solução. Tive entrevistas com duas escolas diferentes essa semana. O Dr. Kalimann era um homem de palavra e tinha enviado meu currículo para a Sra. Di Wenzel, que me contatou imediatamente e me chamou para uma entrevista. Ela tinha uma vaga de licença à maternidade disponível no departamento de inglês do ensino médio. Ela só podia me garantir um ano, mas era mais do que eu tinha agora. Ela me ligou no dia seguinte para marcar uma segunda entrevista com o diretor e o Chefe de Departamento para a próxima segunda.

Estranhamente, também consegui uma entrevista em um colégio particular em Seattle chamado Colégio Prep*. Eu não me lembrava de ter enviado a elas o meu currículo, mas, novamente, eu havia enviado tantos no final do ano letivo passado que eu não poderia me lembrar se tinha ou não enviado. Obviamente eu tinha, ou elas não teriam me ligado. Acho que a entrevista foi bem; o diretor da escola, Sra. Amanda, pareceu estar trabalhando muito duro em me convencer a trabalhar lá do que eu a estava tentando convencer de que eu deveria ser contratada. Ela disse que me daria um retorno no fim da semana.

*University Prep: realmente existe. É uma organização independente, mista, não sectária, diurna que vai do 1º ao 7º ano (antigos pré-escola e 6ª série) oferecendo ensino preparatório para a faculdade.

Pela primeira vez nesse verão, eu estava me sentindo esperançosa de que não teria que trabalhar no Paris 6 pelo resto da minha vida. Houve momentos em que a oferta de Rafaela de uma mesada semanal, casa e alimentação pareceu terrivelmente boa, especialmente quando Marcela pegava no meu pé por tudo, ou quando os clientes eram particularmente irritantes. Eu nunca me arrependeria de aceitar este trabalho, no entanto. Trabalhar no Paris 6 foi a única razão pela qual conheci Rafaela. Se eu não trabalhasse, eu não podia imaginar como nossos caminhos teriam algum dia se cruzado. Era engraçado como as coisas funcionavam.

Meu celular zumbiu no meu bolso e eu corri para os fundos par atendê-lo, assim Marcela não me encontraria. Era a Sra. Amanda.

"Alô?" Respondi, um pouco acima de um sussurro.

"Senhorita Andrade? É Amanda, do Colégio Prep".

"Olá, Sar. Amanda".

"Vamos direto ao assunto, Senhorita Andrade. Nós a queremos para trabalhar no Colégio Prep. No momento nós podemos oferecer apenas um cargo de meio período, dando três aulas, mas estou seguro de que o tempo integral será disponibilizado para você em algum momento. Nós estamos te oferecendo 45 mil dólares para começar, obviamente, quando você passar para tempo integral, isso será incrementado. Benefícios estão sendo inseridos como incentivo".

Devo ter entendido mal. Ela não poderia ter dito que me pagaria 45mil para lecionar três aulas. Isso era incomensurável. Eu mal consegui 40 mil no último ano, trabalhando em tempo integral. Quem sabia que escolas particulares eram o caminho?