Capítulo 21

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Nota da Adaptadora: Não recomendo ler isto no trabalho ou em um local público, se você já chorou em qualquer outro momento durante esta história.

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Sexta-feira, 05 de novembro ao meio-dia

Bati a porta da caminhonete fechada e esperei que Bruna chegasse ao meu lado antes de caminhar em direção à lanchonete. Eu podia ver Gabriel já parado lá dentro, esperando por nós duas. Puxei meu telefone para fora uma última vez para ver se a Rafa respondeu à minha mensagem. Eu tinha enviado uma mensagem para deixá-la saber que eu estava pensando nela - É sexta-feira ao meio-dia, sinto sua falta.

"Você pode colocar essa coisa para longe?" Bruna gritou, puxando meu braço enquanto ela se encaminhava para a porta da lanchonete. "Você verificou essa coisa um milhão de vezes nos últimos cinco minutos. Aposto que toca quando você recebe uma mensagem".

"É um novo telefone. Eu não sei se o configurei direito. Eu acho que acidentalmente o coloquei em modo silencioso." Eu menti, deslizando o telefone no meu bolso.

A distância entre a Rafa e eu não era apenas física esta semana. Eu tinha conversado com Ronaldo e Charlotte mais do que com ela. Ela era inconsistente em responder às minhas mensagens e, às vezes, meus telefonemas iam para o correio de voz.

Bruna revirou seus olhos. "O que quer que você diga, Bia. Esta rotina de cachorro perdido está ficando velha, no entanto. Só para você saber".

"Legal. Sua compaixão e compreensão são muito apreciadas".

Ela parou de andar e se virou para mim. Ela colocou uma mão em cada um dos meus ombros e me olhou nos olhos. "Você é mais resistente do que isso. Você sabe que é".

"Você não entende, e eu não consigo explicar".

"Você está certa. Eu não entendo, mas eu não tenho que entender para saber que você vai sobreviver ao que quer que aconteça entre você e o Sra. Bolsas de Dinheiro. Você precisa acreditar nisso".

"Isso é o que você não está entendendo. Não é comigo que eu estou preocupada". Estar em outra cidade tinha ajudado em alguns aspectos e piorado as coisas em outros.

Eu precisava desse tempo. Eu não queria vir para cá, mas fiquei feliz que eu tivesse vindo. Isso não significava que eu estava feliz por não estar com a Rafa. Eu sentia falta dela terrivelmente, mais do que quando ela tinha ido às viagens de negócios. Não saber o que ela estava fazendo com seu tempo livre era o mais difícil. Charlotte disse que ela passava as noites em seu escritório no apartamento. Ela comia o jantar, mas ela nunca a via ir para a cama. Eu só podia imaginar como ela estava se torturando. Mandei mensagens para ela no meio da noite algumas vezes, dizendo-lhe para ir para a cama e sonhar com as coisas que eu faria com ela quando eu chegasse em casa. Ela nunca respondeu essas. Ela provavelmente queria que eu acreditasse que ela estava dormindo. Eu sabia melhor.

"Você não pode controlar as coisas que você não pode controlar. Você tem que deixar isso ir." Bruna disse, deixando cair suas mãos e agarrando as minhas. Ela puxou-me para a porta. "Deixe isso ir e coma." Ela sorriu, esperando que eu sorrisse de volta. Ela fez uma cara de louca e eu soltei uma risadinha baixa.

"Finalmente!" Gabriel exclamou quando a campainha da porta soou atrás de nós. "Eu estava indo sentar no balcão e comer sem vocês se vocês me fizessem esperar muito mais tempo".

"Bruna teve que verificar seu cabelo um milhão de vezes e ficou me perguntando se ela deveria mudar sua camisa. Você a conhece. Ela é uma garota." Eu brinquei.

"Deus, você é tão hilária. Agora sua bunda desempregada pode pagar por si mesma." Bruna resmungou, golpeando a minha bunda com o cardápio que ela arrebatou de Cora. Ela nos levou a uma mesa na parte de trás.

Sextas-feiras - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora