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Quinta meta de verão, estando logo abaixo de escalar a árvore de Hinata - e cara, ele tinha que planejar isso logo. E logo acima de riscar um bigode em Daichi e voltar em segurança para casa com Tanaka :

Fazer Asahi amar praia tanto quanto o líbero ama.

E isso era muito mais do que um desejo egoísta por seu Senpai gostar de algo que o próprio Nishinoya gostava, apenas por capricho. Ele queria que Asahi não tivesse vergonha de mostrar seu corpo para qualquer arrombado que o olhasse torto (o qual ele se asseguraria de arrebentar no soco, se fosse o caso).
Era uma questão de confiança, que faltava em montes no mais velho. E ele estava determinado a da-lo.

"Você sequer tem uma roupa de banho?"

"Achei que tinha do oitavo ano, mas não sei ao certo se ainda cabe. Eu tive um surto de crescimento muito estranho."

Nishinoya bufa uma risadinha. Ele teria que concordar com o surto muito injusto de crescimento do mais velho. Ele ainda esperava o seu. Iria acontecer. Apenas espere.

"Certo, vamos conseguir uma pra você."

"Vamos?"

"Claro, Asahi-san."

Asahi diz um 'oh' bem baixo.

"Você sabe, as lojas de roupas mais próximas de Miyagi ficam à vinte quilômetros."

"Fique tranquilo sobre isso. Verei os horários de ônibus e iremos hoje a tarde mesmo."

"Tão cedo?" Nishinoya bufa.

"Claro, Asahi-San!"

"Certo. Mas, hum, você não precisa me acompanhar apenas pra comprar uma roupa de banho. Você sabe, não é? Não que eu não queira sua companhia! Mas não me parece justo você..."

"Eu quero ir. " Ele interrompe. "Assim a gente pode conversar e pôr o papo em dia." Porque eles não faziam isso desde ontem a noite, boa Noya. Asahi não diz nada sobre isso, mas dá uma risada curta.

"Te vejo lá, então."

[...]

Agarrando o pouco do dinheiro que tinha, sua jaqueta de couro, e algumas notas de dinheiro soltas, que poderiam ser da suas irmãs, pela casa - onde ele encontra uma quantia razoável para alguma  parada para o lanche- Noya se dirige à caminho da casa Azumane.
Ele bate algumas vezes na porta, mas a casa parecia completamente deserta se não fosse pelo próprio Asahi que a habitava. Ele abre a porta, saudando Noya com seu belo sorriso.

"Olha, você não está atrasado."

"Certo, Asahi. Você está começando a me machucar com esta presunção."

Asahi nem faz questão de esconder sua risada, ele apenas abre espaço para Noya entrar.
O líbero observa a casa, que sendo sincero, não lembrava muito á Asahi. Era um pouco tradicional demais, quase monótona.
Asahi já havia mencionado que ele morava com seu pai e irmão mais velho (que Noya não tinha certeza se continuava morando ali) então imaginava que seu pai era uma pessoa tão tradicional quanto a casa. Algo sobre a casa ser o espelho da pessoa ou algo assim, não é?
Seja o que for, não era a pessoa de Asahi.

"Você aceita alguma coisa pra beber? Eu posso fazer um chá." Asahi pergunta, já caminhando em direção a cozinha.

"Claro. Um chá cairia bem." Ele se joga no sofá, que com certeza não era o mais macio que já sentou, mas tinha o cheiro reconfortante de Asahi nele. Ele confere o dinheiro, reservando tudo para a passagem, comida e um extra caso surgisse alguma 'distração'. 

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⏰ Última atualização: Jun 04, 2022 ⏰

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