q u a t r o

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A CIDADE PASSAVA POR UMA INTENSA CHUVA DE VENTO, e foi com os pingos de água que a janela aberta trouxera, que Luna despertou

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A CIDADE PASSAVA POR UMA INTENSA CHUVA DE VENTO, e foi com os pingos de água que a janela aberta trouxera, que Luna despertou. Estava tão distraída, pensando no calor repentino que o seu corpo tomou, que entrou em seu quarto e simplesmente dormiu, como se aquilo fosse a resposta para todos os seus questionamentos, esquecendo de fechar a janela.

Diferentemente do estado térmico que o seu corpo se encontrava há horas atrás, o frio da noite se apossou da garota. Assim, ela foi em direção à janela, fechando-a e direcionando seus passos até a cozinha.

Quase dezessete anos morando em uma mesma casa, fez com que Luna não precisasse de sua visão para saber onde estava indo, pois então, encontrou o bebedouro tranquilamente. Enquanto o líquido gelado descia pela sua garganta, um toque de mãos em sua cintura, seguido por um raio de luz, causado por um trovão da tempestade, fez com que ela desse um leve pulo pelo susto, junto com um grito, que logo foi abafado por uma das mãos que tocaram sua cintura.

- Assim você vai acordar a casa inteira.

- Gilbert! O que faz aqui?

- A tempestade está muito forte, não consegui ir para casa. Não consegue dormir?

- Eu esqueci a janela aberta, e a água da chuva acabou me molhando.

- Como você esqueceu a janela aberta?

- Por que me olhou daquele jeito durante o jantar? - Sim, ela mudou todo o rumo do assunto, não queria admitir que pensara todo o tempo na calor que seu corpo havia tomado por culpa de Gilbert, e acabara esquecendo a janela aberta.

- Por que você aceitou namorar com ele?

- Podemos parar de fazer perguntas?

- Você acabou de fazer outra. - Gilbert sorri fraco. - Sempre em contradições, Luna Valquíria.

- Por que eu sinto que você não está falando apenas das perguntas?

- Quando éramos crianças, lembro que ficávamos horas assistindo seus desenhos de princesas favoritos, você sempre me puxava para assistir junto.

- E você sempre ia, mas, o que tem haver?

- Você disse que nunca namoraria alguém que não estivesse apaixonada, queria romances verdadeiros e recíprocos, iguais aos que a tela da TV lhe mostrava.

- Não vejo nenhuma contradição, já que eu estou apaixonada. - Luna se distancia de Gilbert, indo em direção ao armário, tentando não o olhar nos olhos.

- Não, você não está apaixonada por ele.

- Como você pode saber? Por acaso mora na minha mente?

- Tem certeza? - Ele se aproxima, deixando o espaço que havia entre eles, o mínimo possível, até que suas respirações se encontrem. - Tem certeza de que está realmente apaixonada por ele? - Gilbert leva sua mão até seus cachos soltos, colocando um deles atrás de sua orelha.

𝘗𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘢 𝘍𝘢𝘳𝘴𝘢 - 𝘎𝘪𝘭𝘣𝘦𝘳𝘵 𝘉𝘭𝘺𝘵𝘩𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora