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Não precisava ao menos se virar para reconhecer quem estava atrás dela

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Não precisava ao menos se virar para reconhecer quem estava atrás dela. Era como se suas almas fossem interligadas. E também, apenas ele é quem era capaz de lhe retornar o calor. Quando sua mão tocou em seu braço, Luna hesitou antes de virar seu corpo, não queria sentir aquela rejeição que ele havia obtido por ela nos últimos dias. Mas, mesmo lutando contra toda vontade de pisar em seu pé, lhe bater e sair correndo, seus instintos lhe traíram.

- Oi, Luna.

- Oi, Gilbert.

- Feliz aniversário.

Não, ela não deixaria aquilo barato. Não agiria normalmente, como se nada tivesse acontecido. Se ele conseguia fazer aquilo, uma pena, pois ela não conseguia.

- Agora você vai falar comigo? Passou os últimos dias me evitando, agindo como se eu não existisse. Nós éramos amigos, Gilbert!

- E ainda somos. Eu não me afastei de você, só...

- Só o quê? Respeitando meu namoro? Isso é ridículo. Uma amizade não tem que acabar por causa de um namoro. É claro que tem que ser respeitado, mas não fazemos nada de errado. A nossa amizade é completamente saudável. Não é como se ameaçasse meu namoro.

Ela poderia jurar que o ouviu engolir em seco.

- Você não pretende me sequestrar, certo?

- Se você quiser.

- Está vendo? Você e suas gracinhas, como se nada tivesse acontecido.

- Me perdoa, Luna, de verdade. Eu fiz o que achei que fosse melhor pra você.

- Eu acho que eu sei o que é melhor pra mim.

Gilbert não sabia se aquilo o deixava apreensivo ou aliviado, mas com certeza, o deixou com um pingo de felicidade. Ela sentia falta dele, ela se importava com ele. E mesmo indo contra o seu plano inicial, era um dia importante pra ela, e ele não iria estragar.

- Eu quero aproveitar o máximo de tempo com você.

- Credo! Você fala como se algum de nós fosse morrer.

- Não. - Ele sorri. - Mas sempre é bom aproveitarmos o máximo. Então, o que acha de fugir comigo? Só por algumas horas.

- Gilbert...

- Qual é, Luna? Ainda são 14h da tarde, te trago antes das 18h.

- Se alguém reclamar comigo, eu jogo toca a culpa pra você.

Ele sorriu, ele apenas sorriu, e a guiou até a garagem.

Enquanto sentia o vento arrepiar os pelos do seu braço, Luna se agarrava mais à Gilbert, e pensava no quanto sentia falta daquilo, daquele contato entre eles, de como se sentia segura com ele. Quase o xingou quando ele parou a moto, indicando que ela deveria descer e acabar com aquela proximidade.

𝘗𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘢 𝘍𝘢𝘳𝘴𝘢 - 𝘎𝘪𝘭𝘣𝘦𝘳𝘵 𝘉𝘭𝘺𝘵𝘩𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora